Guerra Cívil - 1

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Londres - Inglaterra

Astrid

3 meses depois

Paz, tudo o que eu sempre quis a minha vida inteira. Poderia até ser apenas um dia, sem nada para fazer, apenas existindo neste universo! Pelo menos, algumas horas necessárias de sono, seria perfeitamente perfeito.

Mas não consigo dormir, parar ou ter paz! As vozes em minha mente se tornaram mais constantes e fortes, meus pesadelos mais reais, meus poderes mais incontroláveis e os medos... Mais normais do que nunca.

Há três eu ajudei os Vingadores, há três meses entrei em contato com um poder inigualável no universo. E há três meses, estou completamente instável! Não pertenço mais à quem eu sou, ou quem eu fui. Pertenço às memórias, as dores, ao meu poder que está maior do que sempre fui acostumada. E tudo isso, devido à joia... Aquela maldita joia do infinito.

A cada dia que passa eu luto contra esse poder que está dentro de mim. As vezes cometo coisas... Coisas que fariam todos me odiarem, se soubessem que fui eu quem fez. Alucino, acordo fora de mim e vomitando qualquer coisa que tenho comido. Quebro coisas se apenas às encaro. E se, mesmo eu lutando contra esse desencontrole, não adianta de nada... O que será deste mundo o dia que eu desistir de lutar?

Mas isso não era algo para se pensar de toda forma. Não agora!

Giro a chave dentro da fechadura, empurrando levemente a porta do quarto de hotel. Não é luxuoso, nem ao menos grande. Era pequeno, com uma cama de casal, um banheiro, uma televisão de 32 polegadas em frente à cama e um frigobar. O suficiente para eu passar umas noites tentando me acalmar.

Fecho a porta atrás de mim e jogo minha bolsa na cama, enquanto caminho até a janela para encarar o lado de fora. Londres tem um clima frio e chuvoso, como sempre, sem nenhum sinal de algum raio solar. Mas, mesmo assim, a luminosidade é o suficiente para minha pele começar a esquentar, então cubro a janela com as cortinas, tomando uma lufada de ar e fechando os olhos.

Inspire, segure e solte.

Inspire, segure e solte.

Inspire, segure e solte.

Faço isso mais três vezes, começando a sentir o gostoso frio que Londres proporciona. Mas, quando abro os olhos, vejo perfeitamente meu reflexo no vidro da janela... Olhos de chamas vivas, como se trasnparecessem minha alma.

─ Sabe, eles fazem isso de qualquer forma.

Me assusto com a voz grossa e calma que ouço, me virando rapidamente para trás, pronta oara atacar. Mas, assim que encaro aqueles olhos dourados, eu paro, não capaz de respirar.

─ Heimdall?! ─ minha voz não é mais do que um sussurro

─ Astrid, Neta de Odin. ─ ele sorri pequeno ─ Aquela que não posso ver.

Engulo seco perante a figura, ainda incapaz de me mover.

─ O que aconteceu? ─ é a única coisa que saí de minha boca

─ Sabe, não estamos em bons tempos. Passado, presente... Futuro. ─ começou a andar em minha direção ─ Sabe o que estamos enfrentando?

A Filha de ThorOnde histórias criam vida. Descubra agora