Só podia ser uma piada de mal gosto, não havia outra explicação plausível. Eu aceitei ficar, mesmo sabendo o que preciso sair daqui e viver minha vida. Mas Stark... Tinha razão, por mais que me doa dizer. Querendo ou não, eu ainda vivo neste mundo, e preciso dele inteiro para poder ter uma casa um dia. Fora que existiam pessoas ─ mesmo poucas delas ─ que não mereciam isso. Pessoas que podiam se redimir, ou então crianças que precisavam crescer. E não custaria eu ajudar. Poderia lidar com Ultron, ou mesmo com os aprimorados. E depois, eles me deixariam em paz, e eu não precisaria aparecer para salvar o mundo nunca mais. Simples assim.Tony me seguiu para dentro da casa outra vez, e alguns olhares estavam em mim em primeiro momento. Mas logo todos desviaram, provavelmente com medo da minha reação. Fury também percebeu, pois logo prosseguiu o que falava.
─ E mesmo que ele não admita, a intenção dele é destruição global. ─ trocou um olhar com Tony e depois o voltou para mim ─ Seria o fim de tudo isso aqui. Então levantem-se e acabem com o safado de platina!
─ O Steve não gosta desse linguajar. ─ Natasha falou divertida, e foi impossível segurar um sorrisinho de lado
Ele era fofo.
─ Sério mesmo Romanoff?! - Steve pareceu bravo, o que fez ele ficar mais fofo ainda
─ O que ele quer afinal? ─ perguntou Fury, claramente irritado
─ Ser melhor, melhor do que nós. ─ respondeu Steve ─Ele fica construindo um corpo.
─ Corpos humanóides. ─ o corrigi
─ A forma humana não é eficiente. Biologicamente falando, estamos ultrapassados. Mas ele insiste nela. ─ acrescentou Tony
─ Quando vocês o programaram para proteger a raça humana, falharam feio! ─ disse Natasha, olhando para Stark e Banner
Mas então, tudo à minha volta parou. As vozes deles sumiram, o lugar sumiu... E eu também. Mas eu via tudo! De cima, eu conseguia enxergar cada canto da Terra... Ou o que era para ser a Terra.
O planeta não tinha mais vida, era apocalíptico. Não havia humanos, não havia ecossistema, havia apenas caos e destruição e... Robôs! E lá estava ele, evoluído e forte, andando em linha de frente perante à legiões de milhares de humanoides, todos eles com pedras em sua cabeça, cada uma de uma cor. E ao lado deles... Ultron. Ele me viu, e sorriu, logo esticando uma mão robótica para cima, apontando. Segui a direção e então meu coração parou.
Elas caiam em legiões. As Valquírias estavam mortas, todas elas. E ao meu redor havia fogo e luz, como se eu fosse feita disso... Eu era! Eu sou a Fênix, e isso é o que eu causo... Caos! Mas eu não queria, eu não podia controlar quando ela se manifestava, era muito forte! E agora ela matava todas as Valquírias, e eu só assitia uma a uma caindo. E no meio delas a mãe de minha mãe. Que apenas aceitou e se jogou no fogo, se recusando a lutar, se recusando à ir contra a divindade que Odin criou.
Mas então tudo escureceu, e uma dor muito forte me atingiu na cabeça, me fazendo fechar os olhos com força e me levantar... Levantar. Abri os olhos outra vez e vi que todos me encaravam preocupados, e Thor agora estava ao meu lado, pronto para me segurar se necessário.
─ Astrid? ─ ele parecia preocupado, assim como Fury que me encarava à um passo de vir até mim
─ Ultron está evoluindo. ─ foi a única que saiu da minha garganta, enquanto eu ainda processava o que vi
E eu sabia o que era. Sabia o que essa divindade presa em mim significava.
─ Como? ─ não fui capaz de responder a pergunta de Steve, não conseguia processar nada
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A Filha de Thor
Fiksi PenggemarDurante a guerra entre os Vingadores e Ultron, o Andróide cita um nome no qual fez Fury ficar sem saída. A anos o diretor vem escondendo um tesouro, muito valioso no universo. Astrid! A Deusa do Sol, a Fênix. Filha de Thor, o Deus do Trovão! A algu...