Ordo Veritatos_Arquivo 4: Montoqueiros

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Ordo Veritatis Arquivo 4.

Motoqueiros

Arthur podia sentir a tensão pesada no ar, estava a frente de Rafael que parecia se divertir com aquela situação problemática, a que de fato era costumeiro naquele bar. 

A gangue de arrombados, era conhecida como "mesters ofe ivil…" com todos os erros a disposição. Eles gostavam daquelas bandas pela falta de fiscalização e a mata escassa onde faziam sabe-se lá o quê. Eram um bando nojento que tinha chegado ao bar da Ivete e causado várias dores de cabeça em Arthur, porém nem mesmo Ivete podia negar que eles foram eles que lhe deram praticamente o microondas que Arthur insistia que Ivete deveria usar menos vezes, e fazer comida por conta própria, ao em vez de fazer tanta comida instantânea.

Era muito torturante e desgostoso que isso fosse como um reflexo do passado, que tudo o que tinha ocorrido

- Não é saudável Ivete - Argumentava

- Não esqueça que eu já vivi mais décadas que você Arthur - Dizia enquanto limpava as cadeiras de madeira envernizada

Era frustrante ter viajado quilômetros para criar uma nova vida e tudo se repetir como um carrossel, muitos naquele mesmo bar se sentiam assim, mas como tinha dito uma vez Ivete.

- Parece que sempre há arrombados aonde quer que vá.

Os outros enjaquetados naquele bar dividido entre duas partes singulares e terríveis eram os membros da outra gangue fiel ao bar da Ivete, se chamavam de  os "Purpurinados", a única esperança de Ivete das próximas gerações de gangues motoqueiros (ou quase). Eram em si uma família, o que dava a Arthur e a Ivete uma sensação de nostalgia e calor.

Os mais velhos o Douglas e o João foram os primeiros Purpurinados, dois criados amigos de infância, o Marquinhos entrou logo depois de conhecer o bar da Ivete e os dois caras maneiros de jaqueta de couro com um dragão roxo e rosa cheio de glitter e mostrando o dedo do meio. Os dois Irmãos Sara e Marcelo eram os mais novos membros dentro daquela família bem animada, e como um charme a mais, Ivete teve a disposição de bordar os dois corações do jeito pedido pelos irmãos.

- Parecem que vão se matar só com as suas próprias presenças - comentou Rafael  acenando de leve para a outra mesa.

- Mas é claro, se você continuar provocando eles - disse em um tom bem emburrado, não queria perder a viagem de avião marcada para essa noite. 

Claro que as passagens podiam ser utilizadas mais tarde no dia seguinte, mas se fazia necessário que eles corressem contra o tempo e as pistas não se desfizessem.

Mas até a cabeça oca de Rafael podia perceber que a mulher estava bem tensa e cansada, e isso até que o sensibilizou um pouco, mas não seria algo que quitasse o preço da sua diversão. Ele estava exatamente de costas para a outra mesa, conseguia ouvir o comentarios maldosos e nojentos, o ar nas suas costas era tão grudento e com um cheiro tão forte de álcool que a sensação se resumia a um arrepio reverso.

- Mas ela era gostosa pa caralho porra, quando foi sentar disse que era grande demais e que não ia caber… - (NA: vocês não tem noção do sentimento de escrever essa desgraça)

GOTCHA! Rafael teve uma ideia.

Enquanto Arthur segurava seu braço (F) que formiga levemente para o coldre, onde estava a sua arma, ele percebeu uma leve movimentação a sua frente. Rafael estava com um brilho sacana nos olhos, mas não percebido por Arthur que já se levantava pelo reflexo de anos de Ordem, alguma coisa não ia fazer bem.

- Sabe eu não entendo certos tipos de cara - falou Rafael para a garota ao seu lado subitamente e em um tom bem audível - Sabe aquele tipo de cara que vive falando que é grande mas quando vai pra cama é um treco minúsculo e eles ainda se acham.

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⏰ Última atualização: Sep 24, 2020 ⏰

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