Ops...

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Ligação...
- Oi 'miga, vamos sair hoje?
Mari diz do outro lado da ligação.
- Ai, não dei não. Meu dia não tem sido muito bom.
Digo desanimada.
- Então, é mais um motivo 'pra sairmos.
Ela diz tentando me convencer.
- Ou é uma mensagem do destino tentando me dizer para ficar em casa.
Falo irônica e dando um pequeno sorriso forçado, mesmo sabendo que ela não o veria.
- Ah vai S/n, tem tempos que não saímos...
Ela fala tentando me convencendo.
- Tá bem. Vou ver se minha mãe precisará de algo.
Digo convencida - eu gosto desse jeito da Mari, ela consegue me animar quando ninguém mais consegue, ela sabe quando penso em algo, quando tenho uma ideia, e só pelo meu tom de voz ou pela maneira que eu mando mensagem que algo está acontecendo
- Ok. Me manda mensagem quando for se arrumar, estarei aí às 18:00.
Ela diz e a animação em sua voz é claramente evidente.
- Tá bem 'miga.
Digo e encerramos a ligação.
Me apresso em levantar e me direciono a sala, minha mãe estava ainda a ver televisão, da porta do corredor mesmo pergunto se ela precisaria de algo ou quisesse que eu fizesse alguma coisa.
- Mãe, eu vou sair com a Mari. Quer que eu faça alguma coisa ou lhe traga algo?
Pergunto da porta do corredor a encarando.
- Não, está tudo bem filha. Só não volte muito tarde.
Ela diz olhando para mim e logo volta a olhar a televisão.
- Às 23:00, pode ser?
Digo dando um sorriso em forma de suplício.
- Tudo bem.
Ela diz me olhando com aquele olhar de "mas só dessa vez".
Eu fui para o meu quarto me arrumar, mandei mensagem para a Mari dizendo que a esperaria às 18:00. Fitei o relógio e já eram 17:00, eu tinha apenas uma hora para me aprontar, corri para tomar um banho, coloquei um vestido preto que ia até o meio de minhas coxas e um tênis, peguei minha bolsa e coloquei tudo que eu precisaria dentro. Durante todo o tempo a única coisa que conseguia pensar era que nada desse errado, porque se eu fosse repassar meu dia mentalmente nada ocorreu muito com o planejado. Pego meu telefone para ligar para Mari, AF não já são 18:10 e ela nem deu um sinal de vida, mas por um acaso o telefone toca antes mesmo que eu tivesse tempo de telefona-la.

>>Ligação...
- Oi, já está pronta? Estou em frente a sua casa.
Mari diz e é possível ouvir o som de seu carro ligado ao fundo.
- Já estou saindo.
Digo desligando e pegando minha bolsa, saio em direção a porta principal da casa, dou um beijo em minha mãe. Tranco a porta antes de me direcionar ao carro de Mari que estava estacionado com a porta do carona exatamente e milimetricamente na minha calçada.
- Desde quando se tornou tão pontual?
Digo sarcástica ao entrar no carro.
- Ah não começa, só me atrasei um pouquinho.
Diz ela não se deixando abalar pelo meu comentário brincalhão.
- Pelo menos dessa vez foram apenas dez minutos, antes você se atrasava quase uma hora.
Eu falo e nós duas rimos.
- Tá, certinha, já entendi. Agora podemos ir?
Ela diz dando intonação na palavra "certinha" e me encara.
- Sim! E onde vamos? Você não me disse.
Eu pergunto enquanto ela dá a partida no veículo.
- Vamos no shopping ué, onde mais?
Ela fala como se fosse óbvio e nós rimos.
- Sua maníaca de shopping!
Digo e nós rimos.
- Sou mesmo e não nego.
Rimos de novo após sua fala.
Ao chegar no shopping Mari estaciona o carro e fomos em busca das lojas, eram tantas e Mari queria entrar e ver tudo em cada uma delas. A pedido dela entramos em diversas lojas e compramos um monte de coisa. Foi definitivamente o que eu mais precisava, sair com a Mari, nós nos divertimos muito, rimos e conversamos muito também. Sempre é demasiadamente divertido sair com ela, não é atoa que ela é minha melhor amiga desde a infância, o jeito que a gente se entende, que a gente está sempre disposta a passar por tudo se for uma pela outra.
Claro que algo na nossa noite teria que sair um pouco como o planejado. Enquanto andávamos pelo shopping encontramos um antigo colega de classe, mas aparentemente ele não nos reconheceu, ao menos era o que achávamos. Ficamos passeando pelo shopping olhando as vitrines e entrando em diversas lojas, sempre acabamos nos encontrando ou víamos nosso antigo colega, não era do nosso jeito no momento que ele nos reconhecesse, e acredite, temos motivo para isso, seria uma situação embaraçosa e vergonhosa, principalmente para mim.
Quando nós estávamos no ensino médio, eu como todo adolescente tive minha paixão, meu primeiro amor de verdade, eu era apaixonada por esse colega de classe, já Mari não ia muito com a cara dele, porque ele sempre andava com seu grupinho, não eram populares, mas também não eram invisíveis, igualmente a Mari e eu, não sei até hoje o real motivo de Mari não gostar muito dele desde sempre, talvez não haja nem um motivo certo pra isso.
Na época Mari havia mudado de número de celular, e resolveu me passar seu número, mas ela sempre foi meio enrolada, avoada, vivendo no mundo da lua, em momentos monótonos tudo lhe distraia. Claro que ela tinha que me passar o número errado, mas só fui descobrir o inconveniente quando já era tarde.

De Volta Em Um Amor   | TaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora