Minha querida Babá (Degustação)

Deu Match

Harry

Pontualmente Ryan chegou pela manhã na minha mansão, eu tinha ficado até umas quatro da madrugada na boate de stripper, bebi tantos drinques que parei de contar quando já comecei a ficar animado e raciocinando pouco, só assim para eu finalmente ceder as investidas da dançarina que se esfregava em mim o tempo todo, a levei para uma das cabines e finalmente dei o que ela estava querendo de mim. Estava com uma dor de cabeça irritante e minha boca tinha um gosto amargo e ruim, estava mais irritado ainda por ter marcado com Ryan de manhã, eram sete horas da manhã da porra de um sábado e ele estava lá desempenhando o seu trabalho, mas a culpa era minha que tinha marcado, talvez meu mal humor piore pela manhã, principalmente estando de ressaca.

-Acho bom ter alguma notícia boa para me dá. - Uma das minhas funcionárias me serve uma xícara de café, agradeço a ela pela cafeína e a mesma sai me deixando a sós com Ryan na mesa com o café da manhã posta.

-São ótimas notícias! -Ele diz empolgado, fala sério ele estava de terno, como a pessoa em sã consciência usa um terno em pleno sábado de manhã.

-Pois desembuche logo de uma vez. - Dou um gole do meu café, ah sim, cafeína, era tudo que eu precisava para diminuir aquela ressaca miserável.

-Encontrei uma babá, quer dizer não é bem uma babá, mas foi a única que eu conseguir encontrar. - Olhei para ele ainda tentando raciocinar o que ele tinha acabado de falar.

-Como assim não é uma babá? Não quero ninguém sem experiência tomando conta dos meus filhos Ryan.

-Calma lá chefe, eu disse que ela não é bem uma babá por que eu conseguir uma Au pair.

-E o que seria uma Au pair? - Espero realmente que Ryan não esteja querendo empurrar uma maluca pra cuidar dos meus filhos.

-São garotas que vem de outros países para tomar conta de crianças em troca de salário e moradia. - Já tinha ouvido falar sobre isso, depois da breve explicação dele.

-E são licenciadas, ou estão de forma ilegal?

-Licenciadas. O programa de Au pair é um intercâmbio aprovado pelo governo.

-Isso quer dizer que a pessoa são antecedentes criminais?

-Exato, esse programa é algo certo nos padrões da lei, eles escolhem as pessoas certas para trabalhar. Conseguir entrar em contato com uma dessas agências de Au pair e disse que precisávamos de uma pessoa com urgência. Não foi fácil já que o processo demanda tempo, mas eles por sorte tinham uma garota disponível, sendo assim não precisamos prolongar o processo.

-Quando ela chega?

-Acho que no máximo na segunda. Preciso organizar toda a papelada antes, você quer saber sobre ela? Tenho aqui os dados da garota. - Ele puxa uns papeis de sua pasta. - Ela vem do Brasil, tem 25 anos e passou um ano tomando conta de duas crianças, daqui de Chigado, o que já nos dá um ponto como experiência.

-Ótimo, providencie tudo e quando a garota chegar eu vejo se ela é apta ou não para o trabalho. - Bocejo ainda sentindo os reflexos da noite mal dormida. - Preciso ligar pras crianças, saber como estão.

-Eu vou terminar de resolver as burocráticas com a agência de Au pair, quando mais rápido eu terminar, mais rápido a garota chega.

Ryan sai me deixando sozinho para que eu tivesse mais privacidade na mesa de café da manhã e também pra que eu pudesse falar com as crianças. Liguei para o celular de Kate, a essa hora eu sabia que estavam todos de pé na casa dos avós. Na segunda chamada Kate atendeu, às vezes eu me assustava com a semelhança dela com a mãe, os cabelos ruivos naturais da mesma tonalidade do de Margot, os mesmos olhos, a diferença era que minha filha tinha um tom de verde nos olhos, dos quatro Kate era a que mais se parecia com a mãe.