15_ RBD

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Ja faziam mais ou menos duas horas que eu e Diarra estávamos na mesma posição.

Minha cabeça estava em seu colo e a mesma estava acariciando meu cabelo.

Eu acho que o universo é tão contra mim que só porque estávamos assim, minha dor de cabeca passou bem mais rápido do que ontem.

Eu fiquei puto de raiva com isso.

Minha dor passou tem uns 40 minutos, mas eu não disse nada, não queria sair dela bracos dela.

Talvez tenha sido egoísmo da minha parte, mas eu não estava disposto a me levantar.

-Diarra? Filha? - A mãe de Diarra apareceu na porta do quarto dela.- Eu vou dar uma volta com seu pai. Se demorarmos, faz o jantar, ok?

-Tudo bem, mãe.- Ela respondeu calmamente. Será que ela estava cansada de ficar ali comigo?

-Ele ta dormindo? - A ouvi perguntar.

-Acho que sim.- Senti Diarra se inclinando e permaneci de olhos fechados.- Esta. Eu não posso sair daqui agora, nó quero acordar ele. Ele disse que foi dormir essa noite de madrugada por conta da dor de cabeça.

-Isso não é nada bom. Ele precisa ir no hospital ver isso.

-Eu sei. Mas ele é que nem o papai, pode ta morrendo, mas o pé no hospital não coloca.- Eu quis rir quando a ouvi falar, mas me segurei.

-Cuida dele, ta? Se ele piorar, pode me ligar que a gente volta.

-Ta bom, mãe.

-Tchau, te amo.

-Também te amo.- A mãe dela saiu do quarto.

O quarto estava num perfeito silêncio, a única coisa que Ouvíamos era a respiração um do outro, e eu gostava. Por mim, ficaria ali pelo resto do dia.

- Ai Noah...- Diarra quebrou o silêncio.- Se você soubesse a confusão que está causando na minha cabeça noa últimos dias... Com certeza ficaria se achando.- Ela falou baixo. Eu soube que aquilo não era para eh ter escutado, ela achou que eu estava dormindo.

Eu tentei ao maximo não rir com aquilo que eu tinha escutado.

Será que ela também esta sentindo as mesma coisas que eu depois do beijo.

Eu fiquei me perguntando isso por um tempo até que notei que ela estava com dor, a posição já não estava mais confortável pra ela, a mesma não parava de tentar se mexer, mas parecia não querer me acordar.

Resolvi "acordar" para que a mesma pudesse sair dali, por maus que eu não quisesse.

-Diarra? - A chamei forçando uma voz de sono de voz e levantei minha cabeça devagar olhando de um lado para o outro.

-Oi Noah! Acordou? - Ela olhou pra mim e eu me sentei. Assim que fiz isso, ela impulsionou seu corpo para frente com as mãos nas costas.

-Eu dormi demais? - Perguntei coçando minha cabeça.

-Não. Você estava cansado.- ela sorriu. Era mentira. Eu estava em seus braços a tempo demais, mas ela não quis falar.- Sua dor passou?

-Passou.- Assenti.

Diarra se levantou da cama e foi em direção a janela. A mesma abriu a cortina e depois se virou pra mim.

Ela estava do coque no cabelo desde que eu cheguei, mas naquele momento que ela se virou, seu cabelo se soltou e caiu sobre seus ombros.

Eu devo ter ficado com uma tremenda cara de idiota olhando pra ela. Ela estava linda e eu não soube disfarçar.

Diarra logo notou que eu a estava encarando e percebi que suas bochechas começaram a ficar um pouco rosadas, coisa que me fez rir.

- Por que ta me olhando assim? - Ela perguntou caminhando rapidamente até a porta do quarto e saindo dali.

Eu sorri mais com aquilo e me levantei de sua cama indo trás da mesma.

- Você ta bonita hoje.- Me encostei na porta de seu quarto e coloquei as mãos no bolso da bermuda que eu estava usando.

Ela olhou pra mim depois de pegar uma garrafa d'agua em sua geladeira.

- o que disse?

- Você ta bonita.- Sorri para a mesma e caminhei até a mesa que nos separava.- Fez algo de Diferente?

- Não.- Ela falou colocando uma mecha que deu cabelo atrás da orelha. Ela estava nitidamente tímida, como eu nunca havia visto comigo.

- Tem certeza? Porque você ta muito linda hoje.- Me sentei em uma das cadeiras de forma largada e a olhei com um sorriso ladino.

Eu não sabia o porquê de eu estar agindo daquela forma, eu acho que o fato de ela ter dito que eu a estava causando uma confusão na cabeça, assim como ela estava na minha, me deu uma certa coragem.

Bem, eu podia não conta-la sobre o que eu sentia, mas podia trata-la da forma que eu queria.

-Noah, você ta bem? - Ela perguntou rindo.- Acho que a sua cabeça não esta muito boa não.- Diarra riu e abriu a geladeira novamente. A mesma pegou meus últimos danoninhos e colocou na mesa a minha frente.

-Também acho que não, eu nunca senti dor de cabeça assim.- Abri um doa danones e ela se sentou a minha frente.

-Você não acha melhor ir no hospital não? Pode ser algo sério, Noah.- Ela me olhou preocupada.

- Como também pode não ser nada e eu perder o meu tempo atoa.- Dei de ombros e Diarra esticou sua mão tocando na minha.

- Noah? - Ela me chamou e eu a encarei.- Me promete que se você sentir isso de novo, você vai no hospital? Por favor? - Ela segurou a minha mãos e eu me senti totalmente contrariado. Eu não queria e nem pretendia ir no hospital, mas eu não negaria nada à ela.- Promete?

- Prometo.- Respondi e ela sorriu.

Diarra permaneceu sentada a minha frente até que olhou para o relógio de parede.

-Nossa, ja vai dar 17h da tarde? - Ela perguntou espantada.- A minha mãe pediu pra fazer o jantar.- A mesma se levantou.

- Quer ajuda? - Perguntei me levantando.

- Quero.- Ela sorriu pra mim, sorriso que me fez sorrir automaticamente.

Antes de ir até a mesma, eu corri até seu quarto e peguei seu celular e sua caixa de som.

Voltei a cozinha já ligando a caixa e desbloqueado o celular dela, sim, eu tinha a senha do celular dela e ela tinha a senha do meu.

- O que ta fazendo?- Ela perguntou rindo mexendo em um dos armários.

- Cozinhar com musica é muito mais divertido.- Conectei o celular com a caixa de som e ela me encarou.

Coloquei a playlist dela no aleatório e a primeira música que tocou foi uma da banda RBD. Diarra adorava as músicas deles.

A música começava as meninas  cantando e depois os meninos.

Quando a Roberta começou a cantar, eu corri para a Sala enquanto Diarra cantarolava junto com ela.

- Lo vi llegar, jamás vi un niño tan más cuero...- Ela controlou todas as partes das meninas e quando o Diego começou a cantar eu apareci na cozinha fazendo uma pose.

- La vi llegar, como una diosa entre la gente...- Comecei a cantar com uma das mãos fechadas na frente da boca fingindo um microfone e a outra mão apontando para Diarra que ria olhando pra mim.

Nos cantamos a música enquanto dançava perto dela e a mesma ria.

[•••]

Continua....

•Meu melhor amigo• |•Adaptação•|Onde histórias criam vida. Descubra agora