Os Demônios Da Lua Azul

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       Eu ainda tava enrolando para não acordar quando escutei - Acorda!!! Tá na hora, vem irmão acorda. Cris nunca deixou passar um aniversário sem me encher o saco me acordando cedo, ele ainda me chacoalhava até que eu me virei e disse com minha voz preguiçosa - se você me chamar mais uma vez eu te mato. - mas... Antes que ele terminasse minha mãe entrou no quanto e com uma voz fria e firme disse - você tem visita, vista - se e desça agora. E se retirou, nunca vi ela seria assim, só sei que Cris saiu junto com ela.
        Eu me levantei, escovei os dentes, lavei o rosto e coloquei uma roupa sempre me fazendo a mesma pergunta: quem seria? Bem eu só saberia se fosse e assim fiz, ao descer as escadas eu não pude conter a cara de surpresa quando vi sentado a mesa um cavaleiro, mas não qualquer um... Aquele foi o homem quem me salvou naquele dia, mas o que ele queria? apesar de curioso com isso outra coisa me chamava atenção, avia um baú em cima da mesa que fracamente estava com uma aparência bem tenebrosa...- bom dia Klaus, feliz aniversário, eu lhe trouxe um presente. Disse ele enquanto tirava uma pequena caixa embrulhada de sua mochila, eu peguei e agradeci mas ainda estava confuso, hora olhava para minha mãe mandando sinais sutis de ajuda para entender a situação e hora olhando para o baú em cima da mesa - desculpa mas... O que o que um cavaleiro faz a qui e aonde está o Cris? - tenha mais respeito Klaus!! Esse homem veio a qui para vê -lo, comporte - se . Ele riu - calma Mary está tudo bem, aproposito seu irmão saiu para nós da privacidade mas por favor Klaus sente - se temos muito o que conversar...
           Mary? Como ele conseguia chamar minha mãe com tanta intimidade assim? Quem ele pensa que é? Mas apesar do mar de confusões  eu e minha mãe nos sentamos, o clima ficou sério por um tempo até que ele finalmente falou - meu nome é Kailos eu era um amigo de seu pai. A quela frase mexeu comigo, eu abaixei a cabeça sem saber o que dizer ele deve ter percebido pois parou de falar minha mãe foi quem quebrou o clima quando falou - ele é seu padrinho Klaus. Meus olhos se abriram por completo, eu estava espantado, meu padrinho? Como? Eu nem conheço ele... - foi por isso que me ajudou naquele dia? - que dia ?! Perguntou minha mãe, mas como não obteve resposta não insistiu - não... Eu ainda estava te procurando não fazia ideia de quem era você. Minha expressão só continuou mais confusa mas mesmo assim perguntei - como você é meu padrinho se nem me conhece? Como um cavaleiro poderia ser meu padrinho? - eu servi com seu pai no exército, lá eu o conheci e ele me fez um pedido eu aceitei em respeito a ele.
         " Em respeito a ele" essas palavras eram cômicas eu forcei uma risada - quem em sã consciência respeitaria um louco? Sendo quem é você sabe o que ele fez não é? Então me diga... Como você respeita ele? - vire a boca para falar de seu pai garoto ele foi um homem honrado apesar de tudo não vou permitir que insulte ele na minha frente. A convicção na voz dele me fez perceber que ele falava a verdade, ele realmente o respeitava, mas porque...? - eu não posso entrar em detalhes mas saiba que as histórias sobre ele são falsas, ele foi um herói. Meu corpo arrepiou nesse momento, meu pai era um herói? - então por que?! Por que ele tem essa fama de traidor? O que ele fez? - Klaus eu sei que deve estar cheio de perguntas mas por favor escute, eu não posso responder suas perguntas agora então eu preciso que guarde - as para mais tarde, consegue fazer isso? Eu só queira acertar ele por isso, quem é que solta uma dessas e depois fala que não pode responder? Mas eu olhei pra minha mãe e vi os olhos tristes em sua cabeça baixa, não queria ver ela assim... Então assenti com a cabeça.
         - Ótimo, gora creio que já tenha visto o baú. Novamente assenti com a cabeça baixa - muito bem esse foi um outro pedido do seu pai. Outro? Fala sério quantos tem? - ele pediu para que no seu 15° aniversário eu lhe entregasse esse baú, nele está escrito todos a história de vida de seu pai, junto com um presente que ele deixou para essa data . Eram muitas emoções para uma pessoa só, primeiro descubro que tenho um padrinho, depois meu pai... O homem chamado de louco traidor por todos na verdade era um herói... E toda as histórias e perguntas que sempre tive estão prestas a ser respondidas abrindo uma caixa? - a caixa foi selada com magia para que só você abrisse ela, eu se sua mãe vms te dar privacidade caso queira abrir agora... - não... Eu quero que estejam aqui, se você é meu padrinho vou precisar de ajuda, e minha mãe também merece saber o que aconteceu. Disse dessa vez com um olhar firme e com a voz confiante, ambos assentiram .
           - E então? Como eu abro o baú? - sangue, uma gota de seu sangue na fechadura deve ser o suficiente. - só uma gosta né? Ele assentiu em resposta, eu suspirei fundo e com uma faca que ele sacou e colocou na mesa eu fiz um furo em meu dedo e coloquei na fechadura, assim que o sangue pingou as linhas negras no baú ficaram vermelhas, um vermelho vivo e então um barulho, o baú se abriu... Eu estava doido pra saber o que tinha dentro esperando várias escrituras e papéis importantes mas ... Tudo o que tinha era um pequeno livro com a capa feita de um couro negro e bem no seu centro havia uma gema vermelha como sangue, aquela pedra deveria ser o suficiente para comprar a rua toda mas o que realmente chamava atenção eram os desenhos em forma de raios que rodeavam uma espada e umas escrituras que para ser sincero não fazia ideia do que significavam mas será que significava aquilo? Por que meu pai tinha algo assim? Quando olhei para Kailos seu olho estava esbugalhado de espanto e minha mãe com as mãos na boca também assutada, mas ... Por que?