Tudo o que possa ocorrer mal, ocorrerá mal.Isn't it lovely, all alone?
Heart made of glass, my mind of stone
Tear me to pieces, skin to bone
Hello, welcome home.Lovely- Billie Elish
Katherine Cold
Um alguém uma vez me disse que eu via o mundo de um jeito diferente de todos os outros. Não sabia o quanto isso faria sentido no futuro, mas sabia que era verdade.
Eu percebia aquilo.
Desde muito nova eu soube o que eu seria. Dificilmente uma criança tem certezas sobre seu futuro, mas eu fiz questão de planejar ele inteirinho.
Eu nasci para estar aqui, fui criada para isso. Era a minha responsabilidade.
Tinha cada passo meticulosamente programado, nada saia do meu domínio, e simplesmente odiava imprevistos. Mesmo assim, apesar de achar que poderia estar preparada para tudo, tinha uma coisa com a qual eu não estava nenhum um pouco familiarizada:
A derrota.
Eu me sentia derrotada.
Quando me ligaram naquela semana, e me
informaram que Richard Cold tinha sofrido um acidente, e que estava em estado grave, não tive reação, literalmente.Não conseguia acreditar, eu não queria acreditar.
Meu cérebro tentava me dizer que ele, o meu pai, estava em coma induzido sem previsão para acordar, e eu não conseguia entender isso.
Me sentia assombrosamente derrotada. O gosto da derrota descia amargamente pela minha garganta sem que eu pudesse fazer nada para mudar isso.
Impotente, me sentia completamente impotente.
Mas não podia cair. Minha família precisava de mim, e eu não podia falhar.
Por ele.
Eu tinha que mostrar que eu não o decepcionaria. Era a minha responsabilidade.
Por mais que eu já estivesse no comando das Indústrias Cold, eu sempre tive o meu pai para me auxiliar.
Ele era muito respeitado no mundo dos negócios, e todos sempre o exaltavam. Eu principalmente. Eu era sua maior fã, e ele a minha grande inspiração. Sua história era emocionante, e extremamente motivadora.
Tudo o que eu era, era graças a ele.
E agora tudo o que eu sentia era vazio.
Me sentia oca por dentro.
"E se ele não acordar?"
A sensação angustiante, agora tão habitual, reaparecia e de repente o silêncio já não era mais presente, eu já podia voltar a escutar aquele zumbido infernal retornar. Meu corpo que antes estava quente, devido ao calor excessivo natural de Los Angeles, passou a esfriar, e o ar-condicionado do ambiente agora me parecia gelado demais. Mesmo assim eu conseguia sentir gotículas de suor se criando e escorrendo pela minha testa, e ramo da mandíbula.
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BEM ME QUER, MAL ME QUER?
RomanceAos 27 anos, Katherine Cold é uma jovem completamente comprometida ao seu trabalho e não pensa em nenhum tipo de relacionamento, a não ser que seja com a sua empresa. Uma CEO que claramente pode entrar para a definição: "fria e calculista". Mas logo...