Prólogo

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A morte nunca esteve tão próxima. Às vezes me vejo conversando com ela e me perguntando: Porque dela estar sendo tão cruel comigo? Porque tem me rejeitado todas as vezes que vou ao seu encontro? Milhares de pessoas estão morrendo neste exato momento e ela ignora quem mais a deseja. Às vezes a comparo com um adolescente, jovem ou adulto, que ao seu lado está quem ele mais deseja, mas prefere escolher quem irá aborrecê-lo. 

 Eu já deveria ter me acostumado com a rejeição da morte, mas não é fácil quando você procura um fim para o drama que você vive. É difícil demais aceitar a vida que fui imposta a viver. Nunca pedi nada disso. Afinal tudo que eu queria é o silêncio e não ter de me preocupar com nada que me foi obrigado viver. 

Algumas pessoas me acham ingrata, mas me pergunto: Por que sou ingrata se não pedi nada disso? Por que eu seria ingrata? Eu não quero ser hipócrita aceitando tudo de ruim que me é exposto e aos outros, ficando calada e não podendo fazer nada. Para quê viver se não posso ajudar? Se tudo que eu fizer for em vão? Não é isso que eu quero e sinto muito por querer abandonar e não querer atrapalhar.

Jurias de um destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora