Almas de Sangue | taekook

Três

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O som alto de batidas na minha porta me desperta. Abro meus olhos lentamente e a luz da janela ofusca minha vista. É, pelo visto, fiquei desmaiado a noite toda.

Me sento na cama de forma lenta, e as pancadas parecem ficar ainda mais fortes.

— Eu já vou! — grito, lutando contra a vertigem ao me levantar, e caminho até a porta bufando, pois a pessoa do lado de fora parece ainda mais insistente. — Merda, eu falei que estou indo!

Quando subitamente abro a porta, o punho de Jimin vem em direção a minha cabeça e eu seguro antes que ele me acerte.

— Caralho, por que tava batendo na porta com tanta força? — pergunto quando solto seu braço.

O garoto me olha assustado e em seguida sua expressão demonstra raiva.

— Como você tem a cara de pau de me perguntar isso? Sabe o quão louco eu estive atrás de você? — ele grita e eu trinco os dentes.

Eu odeio que gritem comigo.

— Primeiro, abaixa seu tom. — suspiro — Segundo, eu acho que desmaiei depois da mordida. Foi bem estranho, Minnie...

— Como assim desmaiou, Taehyung?

— Eu não sei bem. — me aproximo dele e falo baixo — Eu não senti dor, na verdade foi... Foi a melhor sensação que já tive na vida. Depois disso, tudo ficou preto até eu acordar agora.

— Taehyung, você não está entendendo. Eu estive aqui, fiquei na frente de sua porta por horas, ninguém atendeu, não tem como você não ter me ouvido bater.

Meu amigo me encara confuso, assim como eu.

— Mas...

— Se você dormiu naquela noite... Então você estava desmaiado por três dias.

Solto uma risada nervosa.

— C-como?

— Taehyung, hoje é sexta-feira.

[...]

Encaro a entrada da faculdade e, ao meu lado, Jimin parece mais nervoso que eu.

— Tudo bem. Digo, não tem com o que se preocupar, certo? Você estava precisando do dinheiro, então fez o necessário e agora está livre. Ponto final.

Concordo com a cabeça e suspiro antes de sorrir para meu amigo.

— Não precisamos nos preocupar, Hyung. Você não disse que ele também tem faltado?

— Sim. Não pareceu desde aquele dia.

— Com sorte, meu sangue foi ruim suficiente para matá-lo.

Park ri e me empurra levemente.

— Vamos, seu idiota, agora é a aula daquele velho chato.

Reviro os olhos e sigo ao seu lado em direção à minha classe.