Para sempre

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Vocês pediram, então eu trouxe um pequenininho extra para vocês!

Beijocas e boa leitura <3



Tine estava exausto por isso teve de ir para o banho se arrastando quando chegou em seu quarto finalmente.

Bailes da OMMP eram longos e embora divertidos, lhe deixavam sempre com a sensação que não iria levantar da cama no dia seguinte. E isso era porque era o seu segundo baile, não sabia se teria energia para um terceiro mesmo ele sendo só no ano que vem.

Praticamente caiu na cama como um zumbi e de toalha mesmo, Wat que lhe perdoasse... Ouviu os passos do seu dono entrando no quarto, mas já estava caindo de sono e tudo que foi capaz de sentir antes de apagar, foi um boa noite suave dito ao seu ouvido.


Sarawat achava a coisa mais fofa do mundo ele fazer aqueles sonzinhos de quando estava em sono profundo e mesmo assim parecia querer falar, por isso mesmo gostava de assistir Tine dormir. Sempre dormia bem depois dele e acordava antes, porque para si os melhores momentos do seu dia eram aqueles em que ele via seu adorável quase pet em sono fofinho.

A conversa com a sua irmã retornou a sua mente enquanto ele vestia Tine com o pijama e de forma cuidadosa para não acordá-lo. Ela tinha dito que eles eram extremamente permissivos, ele com Tine e ela com os novos pets que tinha encontrado e que ele via a força do vínculo deles crescer dia a dia em passos largos.

Sua irmã enfrentou os pais dos pets de igual para igual e ele sabia bem que ela não cederia um só milímetro. Não estava no sangue da sua família ceder. Se eles queriam, eles iam até as últimas consequências e para além delas.

Ele fez isso com o Tine e ela estava fazendo o mesmo com os cinco pets que agora sua irmã era praticamente devota.

A verdade era que eles eram muito mais do que permissivos, eles eram apaixonados e a paixão em seu sangue também era algo extrapolador. Se eles amavam, amavam e era fiéis, cuidadosos e claro... Completamente permissivos.

A família tradicional OMMP ficaria chocada no que Wat já fez pelo seu amado consorte e ainda faria.

Sua irmã chamava os pets dela de pingos de gente e embora Tine não fosse baixinho como os quíntuplos, ele tinha adorado o apelido e queria usar também.

Ele amava chamar seu pet/anexo de coisas fofas e carinhosas. Ele era seu gatinho rueiro e mordível.

Fechou os olhos abraçado como sempre ao menor e quando estava quase sonolento, sentiu ele estremecer e abrir os olhos. Tine parecia perturbado e por isso Sarawat o abraçou mais e beijou a testa alva:

— O que foi, amor?

— Eu tive um sonho ruim...

— Foi só um sonho, hun? Eu estou aqui e você estava exausto, deve ser por isso.

— Eu não quero mais dormir.

Ele resmungou e Wat assentiu, beijando a bochecha e o puxando para seus braços até que ele estivesse deitado em seu peito. Aquela era uma das suas posições favoritas. Tine sobre seu peito, aconchegado:

— O que quer fazer?

— Bem... – Ele não se moveu muito então significava que ele ainda estava com sono e cansado. Wat acariciou as costas com suavidade e esperou. Não demorou muito para Tine formular seus pensamentos – Ano que vem, nessa mesma data, vamos estar na praia não é? A casa parece estar em estágio avançado de construção...

— Provavelmente em três meses já estejamos nos mudando então sim, nessa data ano que vem estaremos lá.

— Bom... Vamos ter menos oportunidades de ir de moto para a praia já que vamos morar na beira da praia.

Wat o olhou curioso. Onde ele queria chegar?

— Se você quiser podemos ir de moto para outras praias, bebê. Se for isso que esteja lhe preocupando.

— Eu sonhei que tínhamos caído da moto e você tinha se machucado. Não quero mais andar de moto, Wat.

Então era isso.

Wat acabou sorrindo embora soubesse que se Tine visse, ficaria bravo.

— Eu piloto muito bem, Tine e jamais cairia para correr o risco de te machucar.

— Ainda assim acho que devemos andar mais de carro agora, por segurança.

— Como você quiser, não se preocupe, hun?

— Wat?

E ele ergueu a cabeça para poder olhar em seus olhos e Wat viu preocupação ali, o que lhe fez quase suspirar. Sabia que Tine era completamente preocupado consigo, e a noite em que os quíntuplos invadiram a casa foi o maior exemplo daquilo.

Ele era o pet, ainda que oficialmente ele estivesse registrado como Anexo, mas entrou na sua frente na primeira oportunidade com receio de que os invasores pudessem lhe raptar ou algo assim. Seu Tine era corajoso, valoroso e fiel ao extremo.

Ele era a razão que nunca mais fazia hora extras, voltava para almoçar em casa e ficava por horas velando o sono do seu pingo de gente grande.

Tine vivia preocupado com ele quando não havia a menor razão para isso, e sinceramente as vezes ficava muito preocupado pois não sabia mais como convencê-lo de que nada ia acontecer.

— Fale, bebê.

Disse por fim quando viu que ele esperava por si.

— Aquele dia em que ama noona estava toda de branco, me deu uma sensação ruim, as vezes eu penso que iria enlouquecer se te perdesse, sabe. Eu... Não posso te perder, Wat.

— Você não vai, eu prometo que envelheceremos juntinhos, nós dois, aonde e como você quiser.

Ele finalmente sorriu e assentiu:

— Só nós dois? Tem certeza de que você não vai querer no futuro outro pet ou anexo?

— Quanta possessividade...

Provocou sabendo que iria irritá-lo e dito e feito. Ele espremeu os lábios e Wat riu o beijando de forma suave e então prometendo pela zilhonéssima vez:

— Só nós dois.

— A ama noona agora tem cinco pets.

— Sua ama noona é uma mulher difícil como você sempre dizia, eu sou uma pessoa fácil, só preciso do meu Tine comigo, só ele.

— Estão ok.

Ele finalmente sorriu e Wat cutucou a barriga macia que ele adorava beijar:

— Pare de se preocupar com essas coisas, bebê. Eu não vou a nenhum lugar onde você não esteja, não vou viajar sem você, fazer nada sem você. Nós vamos morar mais perto da praia que é algo que você adora, mas se quiser ir para outro lugar é só pedir, você sabe que pode me pedir qualquer coisa, não sabe?

— Hurummm...

— Então estamos acertados – Piscou de leve e deu um último beijinho nos lábios lindos e cheios que tinha verdadeira adoração – Volte a dormir, eu vou de abraçar bem quentinho.

— 'Tá bom.

Ele se aninhou melhor em seus braços e logo estava dormindo de novo.

Sarawat ainda ficou um longo tempo acariciando as costas dele e pensando na sorte que teve na vida de encontrá-lo a tempo o suficiente.

Tine era seu coração e sua vida.

E seria para todo o sempre.

S&TOnde histórias criam vida. Descubra agora