Destinada

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Oi gente linda,tive alguns problemas pessoais e não tive tempo de me dedicar as histórias,mas estou voltando e está aqui já mais um capítulo de destinada.
deem uma conferida nas minhas outras histórias e aproveitem este capítulo novinho em folha.
😘  votem e comentem.
bjs

Deixei à mansão logo após o almoço,estacionei diante do prédio de Liv e lhe mandei uma mensagem,não demorou muito para ela sair da construção de tijolinhos,localizada no coração do Brooklyn.
Liv era minha melhor amiga desde o jardim de infância , minha melhor amiga,próxima o bastante para que eu tivesse contado muitos anos atrás que minha família integrava a máfia.
Eu sabia que ela jamais diria aquilo para ninguém,na época,ficara com medo de perder sua amizade,mas a verdade só fortalecera o elo entre nós .
Eu costumava dizer que ela minha alma gêmea.
Era uma garota baixinha e curvilínea,a pele negra sempre parecia brilhar quando tocada pelo sol e seu sorriso era o mais genuíno que eu já vira.
Ela entrou no lado do passageiro e eu logo dei partida:
-Obrigada por me salvar de um domingo entediante,ouvindo mamãe e seu mais novo namorado treparem no quarto ao lado.
Fiz uma careta .
-Ela podia ir pra um motel com esse cara,você não precisa passar por isso.
Liv deu de ombros.
-Segundo ela eu não tenho o direito de reclamar,já que vivo de favor sob seu teto.
-Você é menor de idade e não pediu pra nascer e ainda ajuda com as contas.
-Parece que isso não é o suficiente.
-vaca.
exclamo irritada.
-Desculpas Liv, é sua mãe,mas...
-É uma vaca- ela completa -Eu sei,mas eu realmente não tenho pra onde ir no momento,então coloco os fones e finjo que ela não transa com um cara diferente por semana.

Suspirei apertando o volante, Se pudesse levaria Liv para minha casa,mas meu pai fazia sua mãe parecer a  fada madrinha da cinderela.
A mãe dela era alcoólatra ,viviada em jogos de azar e meu pai era um filho da puta assassino que comandava uma mafia.
-Vou conseguir uma apartamento e você vem morar comigo -Falei ,reforçando o que já havia prometido- Meu pai não vê a hora de se livrar de mim,só não o fez por aparência , e por felippa ,mas agora...
- O que tem agora?
-Felippa vai se casar.
Liv me olhou boquiaberta.
-Casar?! sua irmã é so uma criança.
-Minha família não acha,tanto que a prometeram ao chefe da organização de Washington.
A imagem de Dante veio a minha mente , o jeito como se inclinou para mim,seu cheiro pareceu invadir minhas narinas novamente, fechei os olhos rapidamente e tratei de afastar a lembrança.
Liv parecia genuinamente chocada com o evidente casamento da minha irmã.
-Seu pai é um doente.
falou enojada.
-Ele é.
concordei.
-Mas podemos não falar deles hoje?
a olhei suplicante , de forma teatral ,ela riu e se inclinou ligando o som.
—Sem pais hoje.
decretou.
-Perfeito.
Concordei e fomos todo o caminho até o shopping fazendo coro as musicas do Conan Grey.

Já passava das duas da manhã quando voltei,Liv e eu  havíamos visto um filme agua com açúcar,nos entupido de pipocas e mms e depois passado algumas horas em uma festa na casa de um conhecido dela.
Cheguei em casa,com gosto de cerveja barata na boca e com meus cabelos e roupas cheirando a maconha que haviam fumado perto de mim,minha sorte era que todos já deviam estar dormindo e meus pais não se importavam se eu saísse ou demorasse,desconfiava que nem notassem,mas  estamos recebendo o grupo de Washington e tenho certeza que ficariam putos se eu os envergonhasse.

     Passei pelos portões e acenei para os seguranças, estacionei o jeep e entrei em casa ,estava silenciosa,todos já em seis quartos.
Ao invés de subir para o  meu,fui até a cozinha,o cômodo imenso era equipado com modernidade e ,o branco e o azul dominavam a decoração.
Fui até a geledeira imensa e peguei suco,bebi direto do gargalo.
Mamãe ficaria horrorizada,e faria um discurso de o porque de eu ser tudo ,menos uma dama digna de integrar a famiglia.
- Como se eu me importasse com essa merda de famiglia.
falei em voz alta.
  Me voltei sorrindo com a cena em minha cabeça e sufoquei um palavrão.
  Dei de cara com um peitoral largo,coberto por uma camiseta branca , Meu corpo roçou no do homem diante de mim  e rapidamente dei um passo para trás e levantei os olhos ,Dante Guerra me encarava de volta,seus olhos exibiam irritação.
Os cabelos estavam bagunçados de um jeito charmoso,como se ele tivesse passado os dedos muitas vezes pelos fios claros,estava usando apenas calças de moletom e camiseta,parecia muito jovem sem os ternos de grife e o penteado perfeito.
Senti um arrepio passar por meu corpo e se instalar entre as minha pernas , que meio que bambearam , talvez eu tivesse bebido um pouco a mais,não me lembrava de alguém me causar aquelas sensações antes.
- Você me assustou.
Consegui dizer.
Eu nem o vira se aproximar,como era possível alguém ser tão silencioso...
-Este não é o horário da filha de um capô chegar em casa,não acha?
Ele deu uma olhada rápida para o relógio luxuoso que era a única coisa do Dante " chefão da máfia", que ainda usava , e que não combinava em nada com o Dante " jovial e despenteado "  diante dela.
- Você tem o costume de sair sozinha e voltar para casa no meio da madrugada?
-Eu não estava sozinha.
Mordi o lábio ,eu não devia explicações para aquele sujeito,ele iria se casar com Felippa e ela estava muito bem protegida em seu quarto ,como sempre.
-Com quem você estava ,Francesca?
Outro arrepio, Seu nome dito pela voz baixa e rouca dele soava como algo proibido.
Proibido.
Ela se agarrou naquela palavra.
-Acho que isso nao é da sua conta.
falo irritada,tentando passar,mas seu corpo me mantem presa entre o balcão e a geladeira .
- Seu pai  costuma autorizar essas suas saídas?
soltou um riso cinico.
- Ele não dá a minima e você devia seguir o exemplo.
   Tento passar novamente, e engulo um arquejo quando as mãos dele vão para meu cabelo , Sem cerimônia ele pega uma mexa e cheira.
cheira e ....
Rosna,ele realmente rosna,como um lobo ameaçador.
-Você está cheirando a maconha barata.
fala com rispidez.
Empurro sua mão.
- Não me toque,quem você pensa que é?
Passo por ele,que saí graciosamente da minha frente .
Me afasto rapidamente,ele acompanha meus movimentos com olhar velado.
-Falei com seu pai, decidimos que nas proximas vezes que você sair,um de seus homem de confiança  vai te acompanhar .
Me viro imediatamente,chocada ,ele continua imóvel,como um rei em seu maldito pedestal.
- E suas saídas noturnas vão ser proibidas.
Abro a boca ,mas não consigo formular uma frase coerente, meu pai nunca se importara que eu tivesse escolta, ou que passasse as noites fora.
Ter que andar com seguranças e isso ser obra de um homem que conhecera a menos de dois dias era absurdo.
  -Ele ira lhe comunicar pela manhã.
A autoridade em sua voz  me leva ao limite,a bebida que ingeri colabora para me dar coragem,avanço para ele ,parando a centímetros o dedo em riste apontado seu rosto arrogânte.
O homem é terrivelmente alto,uns bons dez centímetros a mais que eu , mas não me intimido.
- Você não manda em mim,é apenas o "noivo" de minha irmã, eu não estou incluida no pacote que voce negóciou com meu pai,nunca mais se meta na minha vida.

Digo tudo num único fôlego, Dante apenas me observa , seus olhos passeiam pelo meu cabelo ,olhos,se demoram na minha boca, a umedeço com a língua,num gesto maquinal e o olhar dele parece incendiar,suas pupilas dilatam escurecendo seu olhos .
Um calor desconhecido se espalha pelo meu corpo , me assustando com a intensidade,quero correr dali ,mas minhas pernas não obedecem.
Dante é quem quebra nosso contato visual, sua expressão se esvazia , e penso que posso ter imaginado a forma que seu olhar me queimou segundos antes.
- Boa noite ,Francesa.
Apenas isso,ele diz isso friamente e sai.
   Horas depois eu ainda estou me revirando na cama pensando em Dante Guerra e me amaldiçoo por isso.
  Eu o odeio.
Como ele ousa se meter na minha vida,eu vou mostrar que sou dona de minhas decisões.
- Eu o odeio.
Repito ,agora em voz alta para meu quarto vazio.

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