Casa da árvore na sala de estar

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oioioi!! eu demorei um pouquinho com esse capítulo pq a quarentena ta comendo o meu senso de tempo, que já não era lá aquelas coisas

eu achei que o capítulo ficou grande apesar de acontecer poucas coisas (e era pra ser maior, mas decidi deixar alguns detalhes pro próximo), enfim espero que gostem!!

atélá embaixo e boa leitura!!!


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Já faziam nove dias.

Nove dias infernais desde que Wanyin se apaixonou pelo melhor amigo.

Provavelmente em uma situação normal não teria nenhum problema já que Jiang Cheng era um homem reservado e discreto, mas aquela não era uma situação normal e ele fez questão de deixar isso bem claro.

O Jiang simplesmente não parava um minuto de falar sobre Nie Huaisang. Era Huaisang isso, Huaisang aquilo. O tempo todo.

Quando ia tomar café da manhã ele falava "será que Huaisang já comeu?".

Quando ia assistir televisão, "o Sang gosta desse programa".

Quando ia fechar a janela para não entrar nenhuma corrente de ar frio, "Wuxian, olhe aquele pássaro lá no jardim, Huaisang me disse que essa espécie migra para cá apenas no verão. Você sabia disso? Ele é muito inteligente, não é? Você não viu nem metade! Ele também me disse que as doninhas são...".

Wei Ying estava enlouquecendo. Será que era isso o que o irmão passava com ele falando de Lan Wangji?

O pior foi que, desses nove dias, eles se viram apenas nos dois primeiros. Então os outros sete foram carregados não só de amor e devoção, mas de saudade também. Cheng ligava para o Nie todas as noites e ficava horas no telefone, o que, aliás, é bem curioso. Veja bem:

No dia em que ele bebeu a poção, a ligação com o pobre coitado Nie durou apenas alguns segundos. No dia seguinte, cerca de cinco minutos, e foi aumentando um pouco mais cada dia até atingirem o recorde de quarenta e três minutos.

Não que Wuxian contasse o tempo. Ele não tinha paz nem nesse momento, já que Jiang Cheng fazia o favor de ficar andando pela casa enquanto conversava no telefone. Além de rir alto e falar coisas melosas que o irmão já estava cansado de ouvir.

Toda vez que ele dizia coisas como "boa noite, meu mel" ou "só consigo dormir depois que ouço sua voz"  Wuxian tinha — além da vontade de vomitar — mais pressa para encontrar o fabricante da poção. O pior era que, a julgar pelo tanto de vezes que Cheng repetia aquilo durante as chamadas, Huaisang gostava bastante de ser chamado de "meu mel".

Ou Wanyin era apenas muito, mas muito, insistente.

Achar o tal de Xiao Xingchen realmente fora difícil. Isso porque a primeira ideia de Wuxian foi procurar o garoto nas redes sociais; podiam existir cem mil Xiaos Xingchens no mundo, mas na sua pequena cidade era praticamente impossível ter mais de dois.

Porém o garoto não tinha Facebook, nem Instagram, quem dirá Twitter. Procurá-lo no Tinder, então, era praticamente suicídio (não que Wei Ying realmente tivesse uma conta lá...).

No dia em que já estava cansado de procurar, Wuxian não resistiu a vontade de expressar seu fracasso em alto e bom tom: gemeu frustrado e praticamente jogou o celular em cima da mesa da lanchonete em que estava.

A culpa foi da limonadaOnde histórias criam vida. Descubra agora