💜Capítulo 20💜

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Boa leituraa!!
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Giovanni Ribeiro

Esse pesadelo estava demorando demais para acabar.

A cada minuto que se passava com mais medo eu ficava, ainda mais depois de ver uma mulher apanhar por ter respondido um dos assaltantes.

O garotinho em meu colo fungava e tremia de medo. O coitado deve ter se perdido da mãe em meio a toda essa confusão, o que me intriga é o fato de não ser um shopping grande e tem no máximo umas cem pessoas aqui e nenhuma mulher está atrás de uma criança.

- Ei pequeno, está tudo bem? Aquele homem te machucou? – pergunto baixinho no ouvido dele para não o assustá-lo. - Qual seu nome?

- Davi se chama Davi, a mamãe que tá com dodói e moiada de molinho de mamate. – ele também fala baixinho, dizendo o próprio nome em terceira pessoa, tento entender a última palavra mas nada se passa por minha mente.

- Como assim molinho de mamate meu amor? – enrolo o dedo em um cachinho do cabelo do pequeno.

- Acho que ele quis dizer molho de tomate, Giovanni. – Maria Helena fala me fazendo arregalar os olhos com a possibilidade que se passou por minha mente.

- E seu pai meu bem? – engulo em seco mesmo sem saber a resposta.

- Davi num tem papai igual as ota crianças. – meu Deus essa situação está pior do que imaginei.

- Vamo para com a porra desse cochicho ai ou eu mesmo calo a boca de vocês na bala. – escutamos um grito alto de um dos ladrões fazendo Davi se encolher contra mim.

A dor em meu estômago não passava de forma alguma e começava a ficar insuportável.

- Vai ficar tudo bem meu amor, quando tudo isso acabar vamos achar a sua mãe tá bem? – sussurro para Davi mesmo não sabendo o que aconteceu com a mãe dele.

Ele somente concorda com a cabeça e se aconchega em meus braços, deitando a pequena cabeça em meu peito enquanto tremia.

Tento não me agarrar nessa cena fofa e olho ao redor vendo que algumas pessoas ainda choravam e outras estavam tão assustadas que não tinham reações faciais.

As lojas estavam sendo saqueadas com facilidade por não ser um shopping de grande porte como o central que é um grande prédio com vários andares.

- CHEFE, SUJOU, SUJOU!! ESSE FILHO DA PUTA TAVA ESCONDIDO E CHAMOU A POLÍCIA. – um dos integrantes da quadrilha se aproximou carregando uma grande mala de mão e apontava uma arma para um homem vestido com o uniforme da segurança do shopping.

- PORRA!!

Em toda minha vida não imaginei que veria uma pessoa morrer em minha frente de forma tão violenta, o pobre segurança havia levado um tiro na cabeça, o vermelho carmesim manchava o piso branco.

Mais gritos surgiram e eu ao menos conseguia me mexer observando o corpo já sem vida em minha frente.

- Giovanni, por favor, olhe para mim, olhe nos meus olhos. – Maria Helena segurava meu rosto, desviando minha atenção do homem caído.

A voz dela parecia estar longe demais, meu coração estava acelerado, minhas mãos suavam, meu corpo parecia não estar mais sob meu controle, eu tremia e tudo ao meu redor não se passava de enormes borrões, a única coisa que eu escutava era um chiado chato.

Meu estômago rodava e rodava me dando ânsia de vômito e dor se intensificou, senti que estava morrendo.

Mas de repente eu pude escutar uma vozinha me chamando, entrando sorrateiramente em minha mente bagunçada.

Amor Por AcasoOnde histórias criam vida. Descubra agora