Amor Por Acaso

🌸Capítulo 33🌸

Boa leitura!!!
Leiam as notas finais, por favor.
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Andrew Duarte

Meu orgulho estava em seus níveis mais altos, posso não ter agido por meios, digamos “lícitos”. Mas ver a felicidade de Patrícia ir arrumar nossas malas para partirmos para Londres assim que pegamos o pirralho dela, era o suficiente.

Olho ao meu redor, a decoração vitoriana do escritório, as mais caras garrafas de vinhos, tudo em mim esbanjava luxo e dinheiro. Fixo meu olhar no pequeno copo em minha mão esquerda e o cigarro na direita, nada melhor que um bom whisky e um cigarro caro.

Eu particularmente não gostava de crianças, tanto que em meus 52 anos, não tive algum filho, minha falecida esposa com quem fiquei casado por 10 anos, era doida com crianças e esse foi um dos maiores motivos de briga entre nós. Quando conheci Patrícia tantos ela quanto eu não tínhamos mais idade para ter filhos e nenhum dos dois queria, só saí ganhando.

Relaxo minhas costas no sofá de couro já pensando no trabalho que terei com aquele garoto, Patrícia tem sorte que eu a ame muito, se não fosse isso eu negaria até o fim.

Nosso plano era simples, já havíamos despedido os funcionários que trabalhavam aqui em casa, nossas malas já estravam quase prontas e meu apartamento em Londres estava a nossa espera. Era apenas pegar o garoto e finalmente nos livrar daquela gente.

Reviro os olhos em descontentamento quando meu celular começa a vibrar na mesinha a minha frente me fazendo largar o copo de whisky, o nome do meu advogado brilhava na tela do aparelho me fazendo ficar em dúvida, já tínhamos acertado tudo hoje e só nos veríamos amanhã no orfanato.

- O que você quer? – atendo sem a mínima paciência.

- Onde você está Andrew? – ele pergunta ofegante, tiro o celular da orelha e olho para tela com indignação.

- Quer saber para que? Olha só incompetente fala de uma vez o que quer antes que eu desl....

- Me deixa falar Andrew, eu sou muito bonzinho então vou te alertar, os Bittencourt entraram com um processo contra você e aquele juiz com cara de idiota. Já vieram atrás de mim e minha sorte que não deixaram policiais me vigiando. Daqui a pouco devem estar chegando ai na sua casa com uma intimação. – ele fala tudo em uma velocidade incrível, minha mente só raciocinava a parte do “processo” e “Bittencourt”.

- Merda, você não está pensando em fugir está? – levanto do sofá largando o copo de qualquer jeito em cima da mesinha e saio em direção ao meu quarto.

- É claro que vou! – ele dá um risinho debochado. – Minha esposa não pode nem imaginar uma coisa dessa, minha sorte é que ela não está no Brasil. Aliás, tchau senhor Andrew Duarte seu grande pau no cu, obrigado pela quantia de dinheiro que me deu para pegar esse caso, por que cá entre nós,  só sendo subornado mesmo para dizer que você e sua esposa tem condição de criar uma criança, uma velha caduca e um velho achando que tem o rei na barriga. – assim que terminou de falar a linha ficou muda, por uns segundo fiquei parado em frente a porta do meu quarto encarando meu celular.
Ódio, era a única coisa que eu sentia. Em um ato impensado jogo o celular no chão com força espatifando-o.

No mesmo instante a porta do quarto se abre e Patrícia aparece com os arregalados.

- Meu Deus Andrew o que foi isso? – ela pergunta se aproximando de mim apertando meus dois braços.

- Aquela gentinha abriu um processo contra nós dois, e tudo por causa daquela criança infernal, Patrícia se tem uma parte lúcida sua aí dentro, PELO AMOR DE DEUS, VAMOS FUGIR. – acabo me exaltando no fim, e vejo os olhos dela se arregalarem.