O abalo na família Duncan

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Depois da reunião entre Samantha, Gregory e Alexa, os dias passaram voando e logo era sexta-feira.

Uma reunião já estava marcada, junto com uma nova sessão de fotos reais e seria a primeira vez que Mika falaria em público. Tudo seria televisionado, então apenas repórteres estariam presentes.

A primeira coisa que fizeram foi a fotografia. Como sempre Alexa e Gregory nos tronos, Mika pela primeira vez estava sentado em outro trono próximo, mostrando ser o próximo a governar, Samantha estava em pé entre o irmão e a mãe, Erin e Thomas estavam em pé ao lado do pai.

Eles vão dando os toques finais, na sala do trono apenas uma pequena equipe de fotografia, Bruce Moon e outro segurança, Ophelia e a família Garvey.

Como de costume várias fotos são tiradas, mas quando estava chegando no final todo clima da sala muda, os Garveys e Ophelia ficam olhando para tela do celular e para família real, mais especificamente para um membro. Erin.

— O que está acontecendo? — questiona Alexia, em tom autoritário.

Ninguém ousou se mexer, quando a rainha se preparou para falar novamente, Leanna foi mais rápida e se aproximou dela, entregou o telefone e esperou.

Outra matéria na revista local.

" A traição real"

E abaixo desse título estava uma foto de Erin e novamente com um click Adam e Amanda conseguiram desestabilizar a família real.

Os repórteres que já tinham conseguido entrar estavam ansiosos para tentar conversar com algum membro da família, mas todos foram mais rápidos e se afastaram. Novamente o duque Julian assumia o controle e toca a entrevista dali.

O segredo de Erin tinha sido vazado, sua intimidade estava exposta para o mundo, ela nunca tinha sido o alvo e tentou se manter calma e não dar importância.

Mesmo com esse princípio de confusão se formando, a nova empreendedora de Winpine tinha que seguir com sua agenda. Os protestos para ela não ir aconteceram, afinal a última viagem dela aconteceu no meio de um crise como essa e não terminou muito bem. A jovem insiste e tentando mostrar para o mundo que o fato de Erin ser bastarda, não iria mudar a vida deles, ela consegue viajar.

Dylan preparou o avião e eles partiram, pousaram no aeroporto de Sungum e um mar de repórteres já estavam lá. A princesa sentiu um pouco de receio, lembrava do acidente, mas tinha que ser a garota propaganda da família, esse cargo era de Erin, mas no momento sabia que deveria assumir.

Saiu com Dylan em seus calcanhares, e uma enxurrada de perguntas iniciou, aquilo a assustou, mas ela tinha que proteger sua irmã.

— Por que mentiram, princesa?

— Por que mentiram sobre a identidade da princesa Erin?

— Não mentimos, apenas omitimos! Precisamos protegê-la, ninguém merece ser exposto assim, ela é uma duncan e sempre vai ser uma duncan. Nada muda.

— Se nada muda, por que sua família já se afastou?

— Não estamos afastados, não vamos abdicar ou nada! Apenas queremos pensar por um momento... Nossa vida foi exposta de maneira imensurável nesse ano, por culpa de vocês. urubus! — por um momento ela se recompôs — Tudo que sair da boca ou das mãos do duque Julian, podem ter certeza que foi passado pelas mãos do rei.

Outras muitas perguntas, principalmente sobre como Erin estava e sobre a verdadeira mãe dela. Samantha sabia que precisava falar sobre essas coisas e era melhor vir dela do que de Erin, respirou fundo e parou de andar.

A princesa tomou fôlego, estava se sentindo como sua mãe e não gostou muito disso.

—Assim que Erin nasceu sua mãe acabou falecendo e como minha mãe estava grávida, meus pais decidiram apresentar os dois como gêmeos. Erin não merecia passar por todo assédio, coisa que vocês estão fazendo agora. Ela sempre soube de tudo e como eu disse nada muda. Erin pode não ser gêmea de Thomas, mas foi criada do mesmo modo, continua sendo nossa irmã e filha do rei e da rainha deste país.

Samantha finalizou e logo voltou a andar entrou no carro junto com Dylan. O rapaz a olhava de boca aberta.

—O que foi?

— Você foi perfeita, uma ótima princesa!

Samantha riu, ficou olhando os detalhes da festa de inauguração de sua loja durante o tranquilo caminho. Sungum era seu lugar preferido e saber que constantemente teria que ficar ali era muito bom, longe da bagunça de sua família. Além de saber que está criando algo fora de sua descendência real, se libertando disso. Os sonhos dela estavam se tornando realidade a cada dia.

Mas no palácio de Peony o clima não estava muito bom, mesmo com a declaração de Samantha tirando um pouco da afobação sobre a última fofoca, as coisas continuavam estranhas. Durante o jantar era possível ouvir apenas os talheres batendo no prato, nenhum dos cinco falavam ou se quer se olhavam. Mas Gregory deveria ser o primeiro a quebrar o silêncio e assim o fez.

— Erin. — chamou, um grunhido saiu de sua garganta, fazendo falhar o chamado. Os outros olhavam dele para loira. — Eu sinto muito, queria poder fazer tudo isso acabar.

— Papai, está tudo bem. Samantha até que ajudou, as pessoas estão perdendo o interesse. — assumiu, ela soltou um suspiro. Realmente estava tudo bem, ela já sabia que um dia isso iria acontecer. — Todos vocês já estão acostumados em ser o centro das atenções, chegou minha vez. — brincou dando de ombros, ela sorriu para o pai, tentando afirmar que está bem.

—É que...

Gregory parou de falar, parecia estar se engasgando. Todos o olharam preocupado, Ophelia e Bruce se preparam para socorrê-lo. Logo seu rosto ficou vermelho, seu corpo tremia, ela levou a mão direita para o peito e o pressionou.

— Ai meu Deus! — exclamou Alexia, jogando o guardanapo na mesa e se levantando — Gregory! — chamou, correndo até o marido.

— Ophelia, chame ajuda! — ordenou Mika.

Todos já estavam envolta do rei, tentando socorrer ou entender o que acontecia. Logo uma enfermeira, que sempre ficava no palácio para alguma emergência, começou a realizar os primeiros socorros, enquanto Ophelia ligava para o médico da família.

— Ele está tendo um ataque cardíaco. — avisou a enfermeira.

A mais de 3.000 km de Peony, o celular de Samantha tocava.

Ela desceu do carro e viu que era o irmão mais velho.

— Olá irmão, acabei de chegar em Sungum — avisou, enquanto subia as escadas.

— Pa-pa... Samantha....

— Mika a ligação está cortando, sabe que aqui o sinal é ruim — lembrou cortando o irmão. — Estou entrando no palácio. — avisou sorrindo para uma empregada que abriu a porta. — O que você disse? — perguntou, agora com o sinal bom.

— Papai teve um ataque cardíaco. — informou, sem rodeios.

Samantha sentiu o mundo rodar, não era a primeira vez. Mas agora Gregory estava mais velho.

— Estou voltando! — finalizou.

Ela saiu do palácio correndo, viu Dylan subir as escadas na mesma velocidade, provavelmente indo avisa-lá, eles trocaram um olhar e ele já entende.

— Ligue o carro, vamos voltar! — avisou para o motorista e já correu para dentro do veículo. — Carmela, ligue para o aeroporto e mande preparar o jato. — ordenou, colocando a princesa no carro.




Notas finais nos comentários.   

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