Amanhecer | p.o.v. Edward Cullen

Verdade

Estávamos na Ilha Esme por quase duas semanas e era hora de eu caçar. Eu poderia ter adiado, mas depois do desejo poderoso que eu senti pelo sangue de minha esposa na noite anterior, parecia mais sensato não esperar. Bella decidiu que queria ficar mais algumas semanas, então eu poderia muito bem ir mais cedo ou mais tarde.

Havíamos passado um dia ativo do lado de fora. Caminhamos pela selva para ver os pássaros coloridos, então eu a carreguei pelo penhasco nas minhas costas e nadamos nas ondas da praia de areia branca. Nós descansamos ao sol até a hora do jantar de Bella, quando voltamos para a casa e eu me ofereci para cozinhar algo para ela. Todo o tempo que eu passei aprendendo a cozinhar frango Marsalha e linguado florentino e outros pratos gourmet foi completamente desperdiçado porque Bella apenas desejava ovos. Ela comeu uma grande omelete, na qual eu coloquei um pouco de carne e vegetais. Ela não estava louca pelos acréscimos, mas estava com tanta fome que comeu mesmo assim e bebeu dois copos de gemada. Ela estava cheia e com sono então e quando eu a segurei em meus braços no sofá com um filme passando, ela rapidamente cochilou.

Depois de um cochilo de uma hora, Bella acordou se sentindo alegre. Ela se virou em meus braços e puxou as almofadas de baixo das minhas costas para me deitar. Então ela se esticou em cima de mim e começou a beijar meu peito e garganta, subindo até meus lábios. Com a experiência, aprendi como não destruir Bella ou os móveis agarrando e apertando o estofamento macio para manter minhas mãos seguras. Com nova confiança, eu deixei Bella ter seu momento comigo bem ali no sofá. Ela queria me beijar,beijar tudo de mim,e felizmente me sacrifiquei para o prazer dela.

Mais uma vez, Bella entrou em coma depois de fazer amor. Eu a carreguei para o quarto e a coloquei na cama. Se a última semana fosse qualquer indicação, ela não acordaria por pelo menos dez horas. Eu queria caçar e voltar antes que ela acordasse, para que ela não tivesse tempo de se preocupar ou mesmo de sentir minha falta. Escrevi um bilhete explicando onde estava e o deixei no travesseiro ao lado dela antes de sair.

Para tornar a viagem o mais eficiente possível, liguei para Carlisle para perguntar onde encontrar a caça mais próxima.
Ele fez uma pesquisa rápida e descobriu, para sua consternação, que desde a década de 1970, quando toda a família havia permanecido por um longo tempo, o número de espécies selvagens em qualquer lugar perto do Rio havia diminuído para praticamente nenhuma. Ainda havia caça para ser encontrada na floresta amazônica e na região pantanosa ocidental do Brasil, o Pantanal, mas o Brasil é um país enorme, e ambas as áreas estavam a pelo menos 2.000 milhas do Rio.

O Rio de Janeiro reside na chamada zona de Mata Atlântica, mas 90% das árvores foram cortadas.
Simplesmente não havia espaço para um animais selvagens grandes sobreviver. As espécies maiores que permaneceram na região estavam em perigo ou quase em extinção - o jaguar,urso andino, o macaco-aranha e mico Leão dourado. Achei que não conseguiria me alimentar dos dois últimos, mesmo que eles não estivessem quase extintos. Caçar primatas simplesmente não era uma boa ideia para um vampiro vegetariano.

Existem muitas ilhas no Atlântico, mas elas são vulcânicas, no lado árido, e abrigam apenas pequenas espécies de mamíferos. Não conseguia me ver drenando cinquenta ratos; mamíferos marinhos não eram uma opção; e, de acordo com Carlisle, mesmo os maiores tubarões não tinham sangue suficiente para fazer o esforço valer a pena. Parecia que junto com as espécies animais, os vampiros vegetarianos logo estariam extintos na região também. As presas humanas eram mais do que abundantes e o Rio de Janeiro tinha muitos membros de gangues de criminosos que realmente mereciam mortes prematuras, mas aquela parte da minha vida - caçar criminosos - já passou.

Felizmente, pela internet, Carlisle encontrou um lugar que ainda tinha alguma caça. Uma ilha brasileira chamada Trindade, a nordeste do Rio, tinha uma pequena população de cabras selvagens, descendentes de rebanhos que haviam sido trazidos para a ilha no século XVIII. Os brasileiros vinham tentando erradicá-los porque dizimaram a flora da ilha e causaram forte erosão. No século 21, parece que os Cullens eram seu único predador natural. Essa caçada exigiria um longo mergulho, o que ainda seria muito mais rápido do que pegar o barco.