O tempo foi passando e aquela amizade foi ficando mais que especial. Os dois viviam tão grudados que até Alya já estava com ciúmes. Uma tarde os quatro amigos combinaram de ir ao cinema, mas Alya se aborreceu com Nino e eles não foram. Então Mari e Nathaniel foram sozinhos. Estava passando o filme Lancelot, o primeiro cavaleiro. Era um romance e, Marinette como era muito emotiva, deixou uma lágrima cair no final. Nathaniel se preocupou em confortar a amiga e passou seu braço sobre seu ombro, puxando-a para um abraço acolhedor. Eles se entreolharam mas permaneceram assim. O filme acabou e foram a uma lanchonete. Lá Nathaniel falou um pouco mais de como era sua vida em Paris e dos seus dois irmãos mais velhos. Disse que seu pai relutou um pouco em permitir aquele intercâmbio, mas que seu irmão Luka o incentivou, seria bom para o seu amadurecimento.
Marinette também falou mais de si mesma, e chegou a confessar que nunca tinha tido um namorado. Nathaniel ficou espantado: Mari era uma moça muito bonita e era difícil imaginar tal coisa.
Mari:_ Aqui na China os rapazes são muito ousados...nunca encontrei alguém com quem eu pudesse conversar amigavelmente sem que houvesse segundas intenções...acho que primeiro as pessoas devem formar uma amizade e se conhecerem bem, pra depois isso se transformar em algo mais...
Nathaniel:_ Nossa...é incrível como pensamos parecido...eu também nunca tive uma namorada séria em Paris...já fiquei com algumas garotas, mas nunca foi além disso...acho que não encontrei nenhuma disposta a me ouvir...
A conversa se estendeu mais um pouco e depois os dois amigos foram embora. Chegaram ao apartamento e foram ver tv. Sentaram-se juntos no sofá e Marinete acabou adormecendo no ombro do amigo. Nathaniel já olhava a amiga de um jeito diferente. Mari era doce, gentil e eles tinham uma sintonia muito boa. O ruivo começou a pensar se aquilo poderia se transformar em algo mais, mas ao mesmo tempo, não queria comprometer sua estadia ali como intercambista.
O telefone tocou e era Alya. Marinette acordou assustada e atendeu. Sua amiga estava chorando porque tinha brigado com o Nino. Mari falou com Nathaniel que ia na casa da amiga para confortá-la. O rapaz concordou e disse que ia ligar para o Nino. Os dois já tinham formado amizade e se davam bem, dessa forma ele e Mari poderiam ajudar na reconciliação.
Assim o fizeram. Mari ligou pro ruivo avisando que ia dormir na casa de Alya. Nathaniel já tinha falado com Nino e o convenceu de ir até a morena no dia seguinte pela manhã para fazerem as pazes, afinal tinha sido uma briga boba e eles se amavam. As meninas conversaram e, depois que Alya desabafou tudo o que precisava, ela perguntou a sua amiga como estava o relacionamento dela com seu francês...
Mari:_ Como assim, relacionamento? somos só amigos, Alya...
Alya:_ Sei...amigos que não se desgrudam? Nem nós duas que somos amigas há 15 anos somos assim...tem certeza de que não tem nada mais que amizade rolando entre vocês?
Mari:_ Eu gosto dele, me sinto bem em sua companhia. Sinto falta quando não estou com ele...mas não sei se isso é suficiente para ser algo mais...
Alya:_ Então por que você não se arrisca para descobrir?
Mari:_ Sei não...não quero perder o que temos...e se ele não sentir o mesmo?
Alya:_ Amiga, você só vai saber se tentar...
Aquela noite sozinho serviu para que Nathaniel refletisse sobre seus sentimentos em relação a Marinette. Ele então decidiu que falaria com ela, queria saber como ela se sentia. No outro dia, que era um sábado, Alya acordou com o som da campainha. Não eram oito da manha e Nino chegava com um buquê de girassóis ( era a flor preferida de Alya). A morena nem falou nada e logo o beijou. Mari saiu de fininho para deixar o casal à vontade.
Chegou em casa e Nathaniel já a esperava com o café pronto. Sentaram-se à mesa e o rapaz tomou coragem.
Nathaniel:_ Sabe, Mari, ontem à noite estive pensando em umas coisas. A vida é muito curta pra gente ficar esperando o momento certo das coisas acontecerem. Quando duas pessoas se entendem, riem juntas, se escutam e se respeitam; quando uma sente falta da outra mesmo que só por uma noite longe ou quando uma lágrima boba dói mais em você do que nos olhos que a verteram...acho que é nesse momento que a gente descobre que está apaixonado...
Mari:_ O que você está querendo dizer com isso?
Nathaniel:_ Estou dizendo que acho que estou apaixonado por você.
A menina sentiu seu coração acelerar e suas bochechas queimaram. O rapaz segurou sua mão e falou baixinho:
Nathaniel:_ Que tal se a gente tentasse para ver no que vai dar? Prometo que se não der certo, nossa amizade vai continuar acima de tudo.
Mari sorriu e inclinou-se para beijar o ruivo. E foi bom, foi muito bom. Sentiu algo que nunca experimentara antes. Aproveitaram o sábado para sair como um casal, praticamente um encontro. Foram a praia e depois almoçaram. À noite, já em casa, cada um foi para o seu quarto. Nathaniel não queria forçar nada com Marinette. De repente a porta do seu quarto abriu bem devagar e uma linda jovem em uma camisolinha curta perguntou se podia entrar.
Nathaniel corou e disse que sim. Seu coração estava acelerado, mas ele tentava manter-se no controle. Mari se aproximou e se beijaram.
Nathaniel:_ Você tem certeza disso? Não quero forçá-la a nada. Podemos esperar mais um pou...
Mari:_ Eu não estaria aqui se quisesse esperar...
E os dois passaram sua primeira noite juntos. Nathaniel era muito carinhosos e prestava atenção a cada som que Marinette fazia. Queria satisfazê-la ao máximo, queria que aquela noite fosse especial. Marinette correspondia e deixava o ruivo nas nuvens. Foi uma noite perfeita! No dia seguinte, saíram juntos para comprar uma cama maior para o quarto da garota e o ruivo levou algumas de suas coisas para lá.
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Três corações e uma história
RomancePerder um grande amor é devastador...perder um grande amor pela segunda vez é quase mortal...Será possível se recuperar e seguir adiante? E se o passado voltar para te assombrar? Vamos ver o que acontece ?