Cap 5

2.4K 317 223
                                    


Boa Leitura 💚🐦


Pov Roseanne Park

Estava encostadas no nosso carro, no estacionamento minhas irmãs e as Manobans esperando Jung e Somi, quando Katinha se aproximou.

“Oi.” Ela cumprimentou sem jeito.

“Oi” Jennie e Mine cumprimentaram simpáticas. Nenhuma das Manoban respondeu. Estavam todas de cara fechada.

“Então Rosé, podemos ir agora? Eu sei que seria só mais tarde, mas achei legal irmos agora.” Ela perguntou sem graça.

“Claro!” respondi sorrindo. “Pode deixar que eu levo ela pra casa em segurança.” Katinha disse à minhas irmãs que assentiram simpáticas.

Ouvi Lalisa bufar debochada assim que ouviu a frase, então puxei Katinha pela mão e fomos caminhando até seu carro. Senti o olhar de Lalisa me queimar e me virei pra encara aquelas orbes castanhas, fodidamente sexys, que estava num tom escuro, se pudesse matar com o olhar, Lalisa já teria me matado.

Voltei a olhar pra frente, segurando na mão de Katinha fomos caminhando até seu carro. O caminho até a sorveteria foi tranquilo. A garota tinha ligado o rádio em uma estação qualquer e as vezes até cantarolava a música que estava tocando, enquanto eu a admirava.

Katinha era linda, mas minha mente martelava pra saber qual era o motivo dela e Lalisa se odiarem tanto.

“Você quer sorvete de que?” Ela perguntou assim que chegamos à sorveteria.

“Morango com chocolate. É meu favorito.” Expliquei sentando na mesa.

“Então acho que vou provar seu favorito hoje.” Ela disse sorrindo.

Katinha era do tipo perfeita. Abria a porta do carro, empurrava a cadeira, nunca me deixava pagar quando saiamos e outras coisas fofas que reparei nela nesse tempo todo em que estávamos saindo. Nunca uma garota me tratou tão bem quanto ela me trata.

Sorri observando ela pegar nossos pedido. Algumas vezes ela olhava pra trás e sorria mim, me fazendo sorrir mais largo ainda. Desde nosso primeiro encontro, duas semanas atrás, nos encontrávamos praticamente todos os dias. Ela foi muito gentil e fez questão de me mostrar toda a cidade, Era fácil gostar dela, e aos poucos eu me encantava.

“Aqui está seu.” Disse me entregando um potinho de sorvete, quando voltou pra mesa. “Eu não sabia qual calda você iria querer então eu trouxe todas.” Ela disse sorrindo sem graça. Isso era tão fofo.

“Está perfeito.” Achei graça do seu nervosismo.

“Eu gosto de te impressionar.” Disse tocando minha mão e sorrimos uma pra outra.

Ficamos a maior parte do tempo conversando sobre coisas aleatórias como sempre fazíamos, mas minha mente me pressionava pra perguntar o que havia acontecido entre ela e Lalisa.

“Então.” Comecei “Qual o problema de verdade entre você e Lalisa Manoban?” não consegui ser discreta.

“Oh!” Ela disse surpresa “Você notou.” Suspirou pesado abaixando a cabeça e eu assenti. “Certo, vou te contar. Mas quero que isso sirva de exemplo pra você ficar longe daquela garota.” Eu assenti confusa. Eu não sabia que era tão sério.

“O que houve?”

“No ano passado eu namorava uma garota chamada Britt, eu a amava e sabia que ela me amava também. Tínhamos feito planos juntas do tipo ir pra mesma faculdade, dividir um apartamento e começarmos uma vida juntas. Só precisávamos esperar até o fim do ensino médio e ficaríamos juntas pra sempre, mas nesse meio tempo Britt e Lalisa se tornaram amigas e as coisas começaram a ficar... estranhas.

“Estranhas como?” A incentivei a continuar, segurando sua mão. Ela parecia querer chorar e isso estava partindo meu coração.

“Britt começou a ficar agressiva e aparecer bêbada na minha casa de madrugada. Ela saia pra festas com a Lalisa e voltava pela manhã. Não ligava mais pra nada, começou a tirar notas ruins e ainda aparecia chapada na escola. Aquilo me assustou. Lalisa sempre teve fama de que se metia com esse tipo de coisa, mas Britt não era assim, eu sabia que isso era tudo culpa dela.” Dava pra sentir a dor e a raiva na voz dela. Ela apertava minha mão enquanto algumas lágrimas rolavam por sua bochecha.

“Continua.” Pedi tentando passar força pra ela.

“Um dia eu segui Britt e Lalisa até uma dessas festas.” Ela continuou “Vi Britt entregar dinheiro pra Lalisa e em troca ela deu um pacotinho com um pó branco. Acho que você pode imaginar o que era.” Ela riu debochada enquanto as lágrimas raivosas caiam. “Eu fiquei destruída, Minha namorada tinha tanta vida, era uma pessoa tão feliz e Lalisa a transformou num tipo de monstro viciado, magro e com olheiras profundas.” Ela limpou as lágrimas do rosto com ódio. “No dia seguinte eu fui falar com Lalisa. Fui pedir para que ela parasse, que deixasse Britt em paz, mas ela estava descontrolada, como se estivesse drogada, e me deu um soco no nariz. No mesmo dia minha ex sogra achou os saquinhos de pó nas coisas Britt.”

“Minha nossa! E o que aconteceu com Britt?” Perguntei em choque.

“A mãe dela a mandou pra um reformatório.” Disse suspirando triste. “Sinto falta dela. De quem ela era.” Admitiu. Eu não sabia o que dizer.

“Rosé” Ela disse chegando mais perto e se aproximando do meu rosto. “Eu não quero cometer o mesmo erro que cometi com Britt, com você. Eu sei que pode parecer impulsivo, a gente se conhece só há algumas semanas, mas eu realmente gosto de você, e só quero seu bem. Eu quero muito que você seja minha namorada, quero muito cuidar de você.”

[...]

O pedido repentino de Katinha me assustou. Quero dizer, nos conhecíamos há duas semanas, foi tudo muito rápido. Eu sabia que gostava muito dela, mas não sabia se queria um relacionamento logo agora.

Depois de ter dito que iria pensar no assunto, Katinha me deixou em casa dizendo que iria esperar ansiosa pela minha resposta. Ela podia ser a pessoa perfeita pra mim, mas eu não estava pronta pra aceitar um pedido daquele, não depois de toda aquela história, que ainda estava me assustando.

O dia terminou com um monte de perguntas das minhas irmãs sobre o meu encontro, como sempre faziam quando eu voltava com Katinha. Elas gostavam da garota e surtaram quando contei do pedido de namoro. Não demorou muito pra dar a hora de ir pra cama. Tomei um banho e fui direto pro quarto. Já eram quase duas da manhã e eu não conseguia dormir pensando no que a mais velha havia contado, Pensei em contar pra Mine, mas Katinha me fez prometer que não contaria pra ninguém e eu cumpriria essa promessa por ela.

Fiquei pensando em tudo o que a maior passou com Britt, e no quanto deve ter sido difícil. Mas parecia que algo não batia nessa história, quer dizer, se Lalisa vende ou vendia drogas como é que nunca nem notamos? Ou como nunca ninguém notou? Será que Jisoo, Palisa e Somi sabiam disso? Será que elas a ajudavam?

Ouvi o barulho conhecido dos carros das Manoban e fui olhar pela janela. Vi o portão da casa da frente abrindo e dois carros saindo por ele. Era óbvio que um era o de Lalisa e o outro era o de Palisa, mas onde diabos elas estavam indo essa hora? Vi um vulto passando pelo portão e correndo pro lado do carona do carro de Pali. Era Jisoo? São duas da manhã!

Onde elas estavam indo a essa hora? De qualquer jeito, era tudo um pouco suspeito. Elas pareciam não querer serem vistas, já que nem os faróis estavam desligados. O carro da Lalisa saiu na frente e os dois seguiram pela rua até sumir de vista.

Deitei na cama desconfiada do que tinha acabado de ver. Será que elas estavam indo...?! Deuses. Essa história estava começando a me assustar.

👀

Esse capítulo é importante lembrem dele.

Street Racer 🏁 Chaelisa versionOnde histórias criam vida. Descubra agora