7 - Veio me visitar

48 10 47
                                    

Chegando novamente no hospital, Melanie estava conversando com Dylan, aparentemente eles se davam muito bem e um compadecia da dor do outro, por terem pessoas amadas hospitalizadas.

Ayla se aproximou, entregou o café e o sanduíche para os dois e se despediu, amanhã ela teria uma prova difícil de química, não podia faltar.

- Eu sinto muito Dylan, mas eu tenho que ir .. - falou calmamente.

- Está tudo bem Aly! - a garota se surpreendeu pelo apelido novo - Eu vou ficar bem, a Melanie está aqui! - se entre olharmos e sorriram.

- Ok, eu vou indo ..

O rapaz e a garota se levantaram e deram um abraço em Ayla de despedida. Melanie estava fazendo muito bem a Dylan, o que confortou o coração da jovem que anteriormente tinha orado em prol da vida de seu amigo.

- Você vai levá-la em casa? - preocupado.

- Vou sim. - respondeu Thomas.

Na volta para casa, a rua estava completamente deserta, restando apenas o proeminente casal que andaram rápido, pois já passava de meia noite e meia e as ruas estavam sombrias.

Chegando no destino, que era a casa mediana da esquina da rua sete, os amigos pararam em frente a porta para se despedirem.

- Obrigado Thomas .. - deu um abraço apertado no rapaz que retribuiu seguido de um sorriso caloroso.

Ayla entrou fazendo silêncio, já estava todos dormindo. Sorridente, porém preocupado, o jovem voltou para casa, quando viu caída no chão uma velhinha de aparentemente setenta anos. Ele se assustou e correu em sua direção na intenção de ajudá-la.

- Está tudo bem? - preocupado.

- Ah, claro que sim meu filho .. - disse com dificuldades em quanto era direcionada por Thomas até um banco de rua para sentar-se.

- A senhora está perdida? Precisa de alguma ajuda?

- Não meu rapaz, eu estou em casa .. - disse sorrindo.

- Então, a senhora mora na rua? - sentou-se ao seu lado.

- Sim, meu querido. Eu moro na rua há trinta e quatro anos. Só ainda não morri por que Ele não deixou!

- Quem não deixou?

- Deus! Ele vem me visitar todos os dias.

- Deus vem visitar a senhora? - Thomas pensou que a pobre idosa estava louca.

- Sim, sim. Ele vem aqui todo santo dia me visitar, conversa comigo e tudo!

- Mas como a senhora sabe que é Ele? A senhora vê Ele?

- Não .. - falou e virou o resto para que o jovem visse que ela era cega - Eu sinto Ele. E é uma sensação tão boa meu jovem, você se sente acolhido, se sente amado, sente que tem mesmo um lar e que alguém se importa com você.

- Ah, entendi .. - o rapaz abaixa a cabeça pois não se lembra de ter se sentido assim algum dia.

- Você nunca teve essa sensação pequeno?

- Não ..

- Quer sentir isso?

- Sim, mas eu não sei como ...

- É simples, converse com Ele! Você não precisa de palavras difíceis e nem nada, só precisa ser sincero. - sorriu.

- Vou tentar .. Ah, eu tenho umas umas sobras que trouxe do meu trabalho, a senhora quer? - pegou uma mochila de suas costas.

- Seria maravilhoso, querido.

Thomas entregou o lanche, se despediu e continuou em direção ao seu lar, na esperança de conseguir sentir o que velha e misteriosa senhora tinha falado para ele, que assim que ficou sozinha, correu para seu barraco que ela construiu com suas pobres e cansadas mãos em baixo da ponte mais próxima e dividiu seu lanche com seu irmão mais velho que também morava li.

- Ele veio de novo? - cheio de alegria e esperança o senhor de oitenta e seis anos perguntou.

- Sim, Deus veio de novo ..

Eles partiram a refeição, deram graças a Deus por ter trazido novamente o que comer e naquela noite e dormiram em paz.

Assim que Thomas chegou em casa, foi para seu quarto, tomou um banho e olhou pela pequena janela de seu quarto. O rapaz olhou para o alto e disse um simples "Oi", que causou uma reação em cadeia, fazendo seu coração arder, mas não era algo ruim, era uma sensação boa, então ele se sentiu em paz e foi dormir.

No dia seguinte Caleb já estava no quarto do hospital, uma anestesia deveria passar em pouco tempo. A cirurgia foi complicada, mas um sucesso, o rapaz quase perdeu a perna direita e a metade da esquerda. Os veículos bateram na lateral, fazendo com que o carro em que Caleb estava capotasse, amassando completamente à parte da frente.

Os médicos têm que colocar ferros, pinos e placas de metal em suas pernas, para que talvez, algum dia ele possa voltar a andar, mas era basicamente impossível para os doutores, elas estavam muito danificadas e fracas.

- Quando ele vai acordar doutor? - perguntou seu irmão preocupado observando-o do lado de fora da porta do quarto.

- Ele deve acordar em duas ou três horas. Caso não acorde, chame uma enfermeira que irá fazer mais exames. - falou o mesmo doutor de antes e se despediu deixando o caçula sozinho.

Já no campus da CJFK, Ayla corre para sua sala. A garota chegou atrasada, perdeu o horário de acordar e ainda perdeu o seu transporte, mas nada iria tirar o sorriso de seu rosto.

Com passos apressados ​​chega em sua sala, se senta e aparentemente uma prova ainda não teria começado. Com um suspiro de alívio, a jovem coloca suas mãos na cabeça e agradece a Deus, sendo interrompida pelo seu professor lhe entregando uma avaliação que foi relativamente tranquila, apesar de Aly não ter estudado muito.

No término, uma garota saiu da sala dando de cara com Thomas.

- Bom dia Thomy! - sorriu inocente.

- Bo-bom dia .. - uma mistura de sentimentos surgiu em seu interior por conta do apelido, que era exatamente como sua mãe lhe chamava, mas no fim das contas, ele até que ficou feliz, dando um tímido sorriso de lado - Você vai ir visitar o Caleb e Dylan? - falou enquanto andava ao seu lado.

- Sim, eu vou, hoje não tenho muitas aulas ..

- Ah sim, hoje está bem puxado pra mim, não posso ir, perdão ..

- Está tudo bem, não precisa pedir desculpas. Eu não vou voltar tarde hoje, até por que hoje tem culto. - disse entre suaves risos.

- Tudo bem. Ayla, a-ah ... eu posso ir na igreja hoje com você? Eu estou de folga na parte da noite, então penso que talvez eu .. - coçou a nuca.

- Mas é claro que você pode! - sorriu animada - Passa na minha casa às sete que vamos com os meus pais e o Theo. - deu pulinhos de alegria.

- Okay .. - ele estava realmente tímido.

Todas as aulas do dia se passaram como um trem bala para a garota que se encheu de animação pelo fato de seu amigo ir à noite com ela para o culto, por coincidência era culto dos jovens. Apesar de ainda não participar do grupo, por ser nova na igreja, ela gostou muito de todos, eram tão animados e felizes.

Menos um dia em um culto semanal que uma das garotas do grupo aparentava estar bem triste e angustiada, as logo se animou pois um rapaz um pouco mais velho lhe deu um abraço bem apertado, eles pareciam ser muito íntimos.

Assim que Alya entra no hospital, se depara com Dylan e Melissa conversando novamente, ele parecia não estar mais tão abalado pelo todo ocorrido com seu irmão, fazendo com que se abrisse um sorriso no rosto da jovem solidária. Então com passos suaves, porém rápidos, logo chega nos amigos que a fornecer com abraços fortes.

- Aly .. - chamou Dylan.

- Oi Dylan .. - virou a sua atenção para o amigo se soltando do abraço de Melissa.

- O Caleb acordou ..

Continua ...

O Time Dos Fracassados ​​[EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora