40. Encrencas

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- Candy, eu já disse que te odeio?- resmunguei.

- Já, e podia parar. – ela rolou os olhos. - Minha bunda já está ficando dormente. Essas cadeiras da sala de espera podiam ser mais confortáveis.

- Candy, seus pais estão lá dentro nesse momento, conversando sobre nosso mau comportamento e você está preocupada com a sua bunda dormente?

Ela assentiu.

- É, também acho essas cadeiras desconfortáveis. Da outra vez, fiquei um dia inteiro com a bunda latejando. Geralmente as cadeiras da diretoria são mais confortáveis. – concordei.

- Você geralmente vai muito à diretoria?- ela perguntou.

- Digamos que eu sou a convidada de honra dos diretores.

- Vocês falam demais. – uma voz reclamou na ultima cadeira.

Nico estava esparramado na cadeira, todo de preto e um olho roxo.

- Você não devia estar aqui. – rolei os olhos.

- Não devia mesmo. – Candy concordou.

- Entrem agora. – Uma freira apareceu na sala. – O reverendo vai ter uma conversa com vocês. – vi no sorriso dela que nos daríamos mal.

Marchamos para a sala nervosos, prolongando a tortura. Eu não estava tão nervosa, mas estava triste. Eu seria expulsa. Ficaria sem escola para frequentar em Manhattan. Desapontaria minha mãe novamente.

Abri a porta e espiei lá dentro, congelei no mesmo momento. Em uma cadeira de frente para o diretor estava sentado um homem loiro e bonito, bem parecido com Candy, e na outra um homem meio grisalho, de olhos azuis-elétricos, bem bonito também. Ambos de terno.

- Podem entrar, Srta. Fleury e Zelguer. Seus pais lhe esperam. – chamou o reverendo, vendo a ponta do meu nariz na porta.

Amaldiçoei e entrei, forçando uma expressão séria. Fiquei atrás de Zeus, mantendo certa distância.

- Pai!- Candy correu para abraçá-lo, mas ele lhe lançou um olhar duro, recuando.

- Você me desapontou de novo, Candy.

Os olhos de Candy começaram a brilhar, mas ela não deixou que as lágrimas caíssem.

- Meu pai não veio. – conclui Nico meio triste.

- Eu não o chamei. – disse o reverendo.

- O que?

- Não vi necessidade. Você pode ir embora.

Nico obedeceu cabisbaixo.

- Bom, - o reverendo se virou para nós. – nos contem exatamente o que aconteceu. Eu deixei vocês duas por último, porque foram o motivo da briga.

- Não fomos só nós!- eu protestei.

O reverendo fez um sinal com a mão para que eu parasse.

- Sim, sim. A Srta. Ganji e a Srta. Portlove já foram devidamente castigadas por sua diretora. Agora é a minha vez de castigá-las. Contem-me tudo.

- Bom...- eu comecei. – Nós estávamos no jogo, fazendo nossa coreografia de animação, e ai elas chegaram...

- E chegaram nos olhando feio. – Candy completou.

- E ai, elas começaram a fazer umas coreografias

- Umas bem feias.

- E a capitã, a Vaca Ganji...

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