Capítulo 1

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Em cima do telhado, de uma casa grande e alta, me agacho cuidadosamente e coloco o capuz da minha capa escura, para tentar esconder um pouco o meu rosto.
Ao observar a rua de longe, minha visão passa por um homem um pouco alto, no estilo, de terno da cor cinza claro e sapatos bem polidos; Meus olhos brilham ao notar suas jóias de valor e perceber que ele tem berries o bastante para sustentar uma família inteira, debaixo de seu terno. Sabe como é, né?! Esse cara emana cheiro de berries, de longe, e eu percebo isso não só pelo cheiro, mas também pelas suas roupas e pelo seu jeito de andar. Acho que está na hora de agir! Penso nisso enquanto desço do telhado disfarçadamente, com um sorriso maléfico nós lábios. Desço em um beco sem saída, agradeço aos céus por não ter ninguém no beco; ando mais a frente para chegar à rua principal. Escondida, avisto o homem olhando para um jornal, enquanto anda, fumando um cachimbo. Descaradamente, chego mancando exageradamente até ele, lentamente. Finjo tropeçar em uma rachadura na rua, caindo sem querer, querendo, em cima dele. Por sorte ele deixa o jornal de lado e me segura rapidamente.

-Ei! Olha por onde anda! - o homem fala com irritação no tom de voz.

-M-me desculpe, Senhor! É que estou..... Muito machucada.... Não consigo andar direito.... - digo, com a voz doce e ao mesmo tempo, falha. - Por acaso... O senhor não teria algo..... Para comermos?... Não tenho dinheiro, e preciso alimentar minha.... - Coloco o punho na frente da boca e tusso sem muito esforço. - .... Minha filha de dois anos....

Ele se recompõe passando a mão direita nos cabelos, hesitante.

-E-eu..... Eu sinto muito.... Não tenho comigo comida alguma, me desculpe! - ele gagueja.

-A-ah sim..... Eu entendo... Então acho que vou voltar a..... Procurar comida nos lixos e.... Ver se consigo achar alguns berries... Perdidos nas ruas.... - falo, de cabeça baixa, fingindo estar triste. - Agradeço por me ouvir, muitas pessoas não são.... Como o senhor é....!! - Ao passar por ele, viro minha cabeça em sua direção e sorrio. Volto a andar mancando em direção oposta da direção em que o homem estava indo.
Por saber atuar muito bem, eu sei perfeitamente que ele caiu nessa, porque ele vai falar em 3,... 2,... 1!

-Senhorita, espera! - chama o senhor, atrás de mim.

Me viro lentamente em sua direção.

-Olha, eu posso até não ter algo para comer comigo.... - ele diz, mexendo no bolso interior de seu terno. - .... Mas posso te dar alguns berries para comprar algo para comer! - ele diz, tirando sua mão cheia de berries, de dentro do bolso.

Preciso me controlar e não babar pelos seus berries, então se acalma e respire fundo! Penso, de olhos fechados, me controlando o máximo para não estragar o disfarce o roubando na cara dura. Ele pega minha mão direita e coloca só dez berries na palma de minha mão. SÓ ISSO?!!! MINHA ATUAÇÃO VALE MUITO MAIS DO QUE ISSO, SABIA??!! Penso, tentando esconder a irritação em meus olhos.

-N-não! Não precisa se preocupar! Nós vamos conseguir algo! - digo, fingindo não concordar com sua atitude.

-Eu insisto!! Aliás, doar dez berries não é nada para mim! - Ele diz, sorrindo, fechando a minha mão, me dando os berries.

Eu olho para os berries em minhas mãos e sorrio, fingindo choro de alegria.

-Eu não sei como vou pagar um médico para mim... E para a minha filha, mas muito obrig-......!! - ele não me deixa terminar de falar.

Ele me dá mais berries.

-Não! Não precisa, já é o suficiente dez berries! - nego o dinheiro que ele me oferece.

-Pegue!! Eu insisto!! - ele diz, insistindo, ainda com um sorriso nós lábios.

Ele me obriga a pegar os berries de sua mão. Eu o olho, admirada pelo tipo de homem que ele é, e não pelo que eu pensei que ele era. Tenho até pena dele.... Espera um pouco... Não!! Eu não tenho!!

Eu Odeio Te Amar, DonQuixote Doflamingo!Onde histórias criam vida. Descubra agora