Capítulo 2

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Ainda sorrindo, ele se senta no banco a minha frente e descansa suas costas no encosto do assento, ainda me encarando. Cruzando suas longas pernas, ele apoia seu cotovelo esquerdo no apoio do assento.

-O que você quer?! - pergunto em um sussurro de vergonha.

Sinto os olhares de todos que estão no restaurante. Tento me acalmar.

-Nada demais! Eu só quero os berries que você roubou daquele gordo! - de um grande sorriso, passa a ser uma cara séria.

-Sinto muito, mas quando berries param nas minhas mãos, em um piscar de olhos, eles somem! - cruzo os braços, encostando as costas no banco, abrindo um sorriso contra a minha própria vontade.

Sem pensar no que estou fazendo, pego a faca que está a minha frente, sobre a mesa e começo a fazer malabarismos com ela entre os meus dedos, por impulso, com a mão direita, enquanto apoio o cotovelo do braço esquerdo, em cima do encosto do banco, ainda sorrindo, sem motivo nenhum. Ao olhar para ele, arregalo os olhos de medo. Seu olhar quase me sufoca.

-Ei! Ei! Espera aí! Eu posso arrumar o dinheiro! Só preciso de tempo, ok?! - com nervosismo e ansiedade pela sua resposta, seguro a faca com o punho contra a mesa

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-Ei! Ei! Espera aí! Eu posso arrumar o dinheiro! Só preciso de tempo, ok?! - com nervosismo e ansiedade pela sua resposta, seguro a faca com o punho contra a mesa.

Sua expressão melhora, parecendo mais pensativo. "Pelo menos, acho que ele não vai me matar..." Ele se inclina para frente e apoia seus cotovelos na mesa, virando seu rosto na minha direção; consigo ver meus reflexos nas lentes de seu óculos.

-Me encontre na frente deste restaurante! Você tem só até amanhã, ao meio-dia, em ponto, para me entregar a mesma quantia que você roubou daquele homem!! Se passar um minuto se quer, eu vou atrás de você, não importa onde esteja... Eu vou te achar!! - ele diz, em tom de ameaça, quase afundando meus olhos dentro da minha cabeça, de tanta pressão que ele coloca, em uma só frase.

Ele se levanta, me encarando, e sai do restaurante, como se nada tivesse acontecido. "Okay! Por que eu fui me meter com a família DonQuixote?!" Encaro a mesa, com pavor, pensando em chegar cinco minutos antes, para não correr o risco de ser morta.

Dia Seguinte

São exatamente 11:58 AM, estou esperando aquele psicopata desde às 11:50 AM, por pavor mesmo. Também, é impossível não sentir pavor, depois de ser ameaçado daquele jeito. Dá até arrepio, só de pensar. Sinto vergonha ao ouvir minha barriga roncar, não tão alto, mas também não tão baixo assim. "Sossega aí! Daqui a pouco vou te alimentar! Só tem que esperar aquele cara chegar logo." Penso, olhando meu estômago. Levanto a cabeça e olho ao redor, noto uma barraquinha que vende salgadinhos. "Não!!! Você não pode sair daí!!" Cruzo os braços, olhando para o outro lado, fazendo bico e erguendo a cabeça, com raiva. Ao perceber que são 11:59 AM, minha barriga ronca mais alto. Começo a babar, enquanto penso em comida. "Mas é rapidinho!!" Penso, olhando a barraquinha. "NÃO!! Você vai ficar aqui!!" Cruzo os braços novamente, me virando para trás. "Mas se eu for rápida, vai dar tempo, e além disso, é só para entregar a quantia de berries, não é um encontro... Quer saber? Eu não tô nem aí! Eu vô lá, ficando ele com raiva ou não! Minha barriga é mais importante!" Me viro bruscamente, me chocando contra uma "parede" a minha frente, me fazendo cair de costas no chão.

Eu Odeio Te Amar, DonQuixote Doflamingo!Onde histórias criam vida. Descubra agora