O dia

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O dedo do destino está sempre sob nós.

Moldando e mudando tudo aquilo que vemos e acreditamos ser a mais tola coincidência.

Eu tenho uma teoria de que a nossa vida é pré escrita exatamente da forma que ela deve ser. Sim, pré escrita porque eu gosto de fingir que temos algum direito de escolha durante o nosso caminho, mesmo sabendo no fundo que não existe um passo que não seja dado sem que algo maior que nós mesmos já não tenha consciência.

Um esbarrão, um sorriso, um beijo, tudo pré definido antes mesmo que nos existíssemos.

Tudo acontecendo exatamente da forma como tem de acontecer.

Porém, como temos de fingir acreditar que estamos no controle  de nossa própria vida em algum momento, vamos voltar para onde as coisas fazem sentido, ou onde você pelo menos acha que faz...

Enquanto meus dedos brincam despreocupadamente com uma pequena...

espere um pouco... acho que já estivemos aqui antes...

Voltei de mais?

Tudo bem, recomeçando...

As vezes me pego pensando em quantas pequenas dicas foram deixadas aqui. Quantas pequenas provas de que na verdade, nós não temos controle absoluto de nada e apenas seguimos o que achamos ser a nossa tola intuição.

Eu tenho uma teoria que diz que pequenas coisas, podem ser grandes se vistas com os olhos certos.

Eu poderia deixar passar, poderia jamais ter bebido o suficiente para gastar meu dinheiro naquela noite, mas ainda assim, eu o fiz.

E aqui, agora, eu assumo.

Não existe um momento da minha pequena existencia em que eu me arrependa.

Não se engane, este não é um capítulo apenas de um final feliz. Este é sim o final, mas ainda faltam algumas coisas antes da suposta felicidade.

E muitas delas eu acho que você sequer imagina.

Para começarmos a grandiosa explicação:

Eu sou um paradoxo.

Tudo parte do princípio de depender de uma pequena ação minha e esta ação ser fundamental para todo o resto.

Tudo girando em torno de uma decisão mal pensada que na verdade não poderia ter acontecido jamais de forma diferente.

O curioso é pensar que ainda assim, nesse exato momento, sem ainda saber da realidade dos fatos, eu possuía apenas duas questões na cabeça.

Eu acreditava que Harry Styles voltaria a viajar para outra realidade? Sim.

Eu esperava que Harry Styles iria atrás de mim? Não, definitivamente não.

Então, vamos ao exato momento que paramos anteriormente.

Finalmente.

— você viu... — respondi sem levar meu olhar diretamente a ele.

— claro que vi. — sorriu pequeno concordando levemente com a cabeça. — eu precisava mesmo ver com os meus olhos, Tomlinson. Ou eu jamais acreditaria.

— eu entendo. — respondi sincero. — depois de muito pensar a respeito nesses meses, eu percebi que não importava o que eu fizesse, era você quem precisava ver. E dado as atitudes inconsequentes que eu tive, não me admira você ter provavelmente me achado um maluco.

— é pra falar a verdade? — questionou risonho.

— Harry... — soltei dando uma risada.

Another reality// L.SOnde histórias criam vida. Descubra agora