June Andrew (Alana) finalmente conseguiu sua liberdade, de volta ao mundo humano por um prazo muito curto, que nem mesmo ela sabe quando irá expirar. Em seu pouco tempo ela precisa dar um adeus definitivo a todos que conhece e ama, o relógio está co...
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Olá, pessoal!
Não é que estou conseguindo postar toda semana. O que um cronograma não faz?
Estão gostando?
Estão gostando de Enganada Também?
Postei outro capitulo hoje, e esse é inédito. Acabou de ficar pronto rsrs
Me contem o que estão achando.
Beijão EJ!
3. Jantar
Pego meu celular e o seguro delicadamente em minha mão. Talvez essa seja a hora de contar a verdade, partes da verdade, uma versão da verdade, não sei, mas com toda certeza é hora de falar com eles, falar de verdade.
— A Senhora Andrew não vai ficar nada feliz com isso. — Bruno me olha pelo retrovisor e franze a testa para mim.
Eu sei. Sei que minha mãe vai surtar com isso. Mas eu não consigo mais. Sentar lá e contar a mesma mentira diversas vezes, está me enlouquecendo.
Olho pela janela novamente. Quanto tempo eu ainda devo ter? Duas semanas se passaram e não fiz nada de realmente produtivo. Não fiz nada além de pensar no Derek e me sentir mais presa do que na ilha. Ágata não me deu um prazo, um cronograma, nada. Ela apenas me deixou ir. Isso é bem pior do que ter um cronograma restrito para seguir. Ironicamente me sinto jogada novamente sozinha em um lugar hostil, rodeada de pessoas que não me conhecem, a única vantagem que tenho, dessa vez, é conhecer as pessoas.
Se a versão que eu contei aos meus pais não foi o bastante eu poderia dar mais detalhes. Detalhes da verdade para não ter que lembrar da mentira depois. Eu teria que preparar o que vou ter que falar a Mila de todo modo.
Durante o jantar seria o melhor momento. Estaríamos relativamente sozinhos e eu poderia responder todas a suas perguntas calmamente, mesmo que sejam muito parecidas com a do terapeuta eu não iria precisar passar por isso duas vezes por semana.
— Bruno, eu quero comprar um presente para os meus pais. — Eu poderia fazer qualquer coisa aparecer na minha frente, mas não teria desculpas para dizer de onde saiu.
Bruno olha para mim pelo retrovisor e achei muito profissional da sua parte não me chamar de louca como está fazendo com o olhar.
— Não tenho permissão de leva-la a nenhum outro lugar, senhorita Andrew. — Ele fala o meu nome com respeito, mas tem um sinal de advertência.
— Eu precisava ao menos perguntar. — Coloco meu celular no banco do motorista pensando seriamente em deixa-lo, mas isso não seria certo. Coloco ele de volta em minha bolsa. Logo Bruno vai fazer uma curva e mais à frente vai ter um sinal. Fica apenas alguns metros do shopping, se o sinal estiver vermelho vai ser minha chance.
Arrumo bem meus óculos de sol, mudando de lado, ficando atrás do banco do passageiro. Eu só preciso de um pouco de sorte para que o sinal fique vermelho no momento certo.