6. Desespero

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Olá, pessoal

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Olá, pessoal. Estou de volta. 

Já que terminei Peregrina, posso agora me concentrar bem em Enganada.

Espero que gostem

Beijão EJ!

6. Desespero

Cada pedaço de mim quer correr para ele, me jogar em seus braços e matar a saudade que vem corroendo meu peito por um mês inteiro. No entanto meu corpo reage de outra forma, congelando no lugar.

Meu corpo entendeu antes que eu pudesse perceber. Derek estar em terra é uma ameaça. Eu já havia decidido voltar à noite, mas ele não me deixaria. Ele foi enviado para me levar de volta.

Diversas vezes eu imaginei como seria o meu reencontro com Derek. Me imaginei como uma heroína de filmes clichês para adolescente. Onde eu correia para ele na chuva e ele me pegaria no colo e daríamos aquele beijo espetacular que faria o mundo ser visto em câmera lenta, ou melhor, tudo desaparecessem e só restaria a gente.

Muito infantil da minha parte, eu sei, percebi quando me viro na direção oposta e começo a correr.

Não faria sentido fugir correndo. Derek é mais rapido do que eu, mas foi o que meu instinto me instigou. Não demorou muito para que ele me segurasse pelo braço e me amparasse em seu peitoral.

Ele me abraça bem apertado com os braços em volta dos meus ombros. Ele desce a cabeça bagunçando o meu cabelo apenas para falar no meu ouvindo.

— Você estava tentando fugir, June? De mim? — Escuto o seu sorriso e ele me aperta mais forte. — Pensei que o nosso reencontro seria diferente, acho que as lágrimas quando nos despedimos me deu essa impressão.

— Pare com isso. — falo segurando sua jaqueta com força. Eu quero passar meus braços em sua volta e abraça-lo, quero muito, mas a imagem dos meus pais desolados passa diante dos meus olhos e eu não consigo aproveitar esse momento.

Mesmo assim meu coração dispara e se alegra por Derek ainda ser ele, ainda ter o mesmo cheiro de mar. Não faria sentido ele mudar muito em apenas um mês, mesmo assim é reconfortante saber que na loucura toda que minha vida havia se transformado, há alguém seguro.

— Senhor, se afaste dela. — Escuto a voz de Bruno soar ao meu lado, sua voz soa ameaçadora e bem baixa, mas não consigo vê-lo. Sinto a cabeça do Derek se levantar e ele olha para a esquerda.

Derek me solta devagar, mas assim que tira os braços de perto de mim, Sebastian o puxa para longe e Bruno entra na minha frente. Eu nunca havia visto eles deste modo antes. Sempre são bem contidos e sérios, mas agora pareciam ameaçadores de verdade.

Olho para Sebastian. Suas sardas parem mais vermelhas do que nunca, seu cabelo está um pouco bagunçado, seus olhos castanhos, ainda encaram o Derek.

— Está ferida, senhorita Andrew? — Olho ao redor, algumas pessoas param para observar.

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