capítulo 2

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Joshephine estava deitada sobre o banco que ficava em baixo da janela do seu quarto agarrada a uma almofada decidindo se iria ou não pedir perdão a Júlia. Josephine tinha um orgulho muito inflamado para pedir perdão, e ela se recusava a aceitar que estava errada. Joshephine sentia calafrios só de imaginar se confessando que estava errada. Certamente, aquela seria uma questão que levaria horas para ser resolvida, e obviamente a resposta ainda seria não.

Eu não teria que passar por isso se não fosse ela que tivesse começado, mas na verdade fui que eu comecei, mas quem começou não importa, o que importa é quem tem razão, e de fato sou eu com certeza, mas talvez eu tenha que ser um pouco como Don Quixote, É isso! Obrigada do Don Quixote_pensou Joshephine retirando o livro da estante ao lado e dando lhe um beijo.

- Te amo tanto Don Quixote!_ Disse Joshephine em voz alta

- Olha só isso! Também amo tanto esse livro, lembro do dia que eu ganhei esse livro_ Disse Jenna arrancando o livro da filha.

Caralho! Ela tinha me escutado, há quanto tempo ela tava aí!?

- A quanto tempo você estava aí, hein!? No seu mundo não existe a palavra privacidade, que saco!_ Disse Joshephine revirando os olhos

- Relaxa garota, não se preocupe, eu tenho muito mais o que fazer do que ficar escutando o que minha filha rebelde fala_ você lembra do dia que eu te dei esse livro?_ perguntou Jenna nostálgica.

- Infelizmente lembro daquele dia idiota_ Disse Josephine revoltada.

- Foi no natal na casa da sua vó, quando você tinha 6 anos_ você estava tão alegre naquele dia, nem parecia você.

- Foi a porra da magia do natal, no natal todo mundo fica alegre_ Disse Joshephine obrigando-se ser cordial.

- Você estava tão feliz brincando com seus primos, tava tudo indo tão bem, até você ter feito o seu primo Joe comer pimenta dizendo para ele que era cereja.

Por que mães tinham que ficar lembrando de coisas tão aleatórias?.

- Ele falou que o papai Noel não existia, e se existisse, ele não iria me dar presente porquê eu era uma uma garota mal criada!_mas eu tive minha vingança_ Disse Josephine se vangloriando

- E sua tia Jaelyn ficou a comemoração inteira com raiva de mim_ Mas cá ente nós, foi bem feito o que você fez.

É óbvio que foi bem feito!

Josephine estava gostando de conversar com a mãe, ficou surpresa por até ter só xingado porra, o que para ela não era nem palavrão, era adjetivo de intensidade.

- Aí Meu pai chegou enganando todas as crianças vestido de papai Noel, o que fez aquele merdinha do Joe ficar boquiaberto._ Disse Josephine alegre.

- Aí ele te deu o meu livro Don Quixote que foi um presente que minha mãe tinha me dado quando tinha sua idade_ com uma cartinha dizendo que eu tinha pedido a ele que te desse esse livro.

- Ainda guardo essa cartinha_ Disse Josephine nostálgica.

caralho! o que eu tinha falado!

- foi bem especial para mim mãe!_ disse Josephine emocionada.

Meu Deus o que foi que eu tinha falado, só falta ela querer me abraçar.

- Vou sair_ disse Josephine recompondo-se

Em resposta Jenna tinha ficado calada, sabendo que a filha odiaria se ela lhe desse um abraço, ou perguntar aonde ela iria. Jenna já tinha ganhado o universo por ter conversado com a filha durante três minutos, e só ter xingando porra, ela mal via a hora de avisar ao Joseph, mas o  trabalho esperava por ela.

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