LUXÚRIA (Completo na Amazon)

04 Capítulo

- Vai ficar de birra comigo até quando? - Babi Pergunta me olhando de soslaio. Reviro os olhos dando de ombros.
Se ela soubesse como estou morrendo de vontade de jogá-la pela janela. Que tipo de amiga é essa que deixa a outra para trás?

- Valentina Miller, pela milésima vez... Eu não te deixei para trás. Quando voltei para o bar você não estava lá, a Barwoman me informou que um amigo se ofereceu para levá-la em segurança e...

A interrompo.

- Claro, Bárbara. Em algum momento nesse seu cérebro de azeitona passou que o tal amigo poderia ser um serial killer, ou sei lá o quê e se aproveitar de mim? - Retruco e me ajeito no assento respirando fundo.

Babi freia o carro bruscamente em um semáforo.

Com alguns minutos de silêncio ela se vira para mim e diz:

- Você sabe que eu nunca faria isso com você Tina, ao contrário do que você pensa eu me importo muito com você. Eu praticamente ameacei todos da "boate" que se você não aparecesse sã e salva colocaria o FBI atrás do tal sujeito.
Ava à Barwoman e Eládio um amigo que trabalha na boate garantiram que o tal barman que te ajudou é muito correto. Conheço o Eládio a bastante tempo, ele não mentiria para mim.

Aos poucos vou soltando o ar e relaxando minha postura.

- Desculpa amiga, só estou... chateada com a situação... Além do mais, quase acertei um abajur nele que só tentou me ajudar e..

- Você o que? - Babi praticamente grita colocando o carro em movimento.

- Oh, meu Deus! Às coisas não poderiam ficar mais interessantes... - Ela diz sorrindo. Reviro os olhos, irritada.
- Quer parar! - peço massageando minhas têmporas.

- Viu? É por essa e outras que me pergunto porque sou sua amiga. - Resmungo para ela que continua com um sorriso irritante nos lábios vermelhos.

- Porque você me ama? - cantarola baixo.

- Ok! Desculpas. - Diz prendendo o riso.

Dou de ombros descansando minha cabeça no encosto do banco.

- Tina? - Chama e lhe envio um olhar de alerta- Não rolou nada entre você e o Barman, não é? - Respiro fundo e a olho com uma sobrancelha erguida.

Ela divide a atenção entre a direção e minha cara de descrença por sua pergunta.

- Quê? É só uma pergunta amiga, nada de mais. Não é como se você fosse alguma virgem.- Murmura encolhendo os ombros.

- Não, Bárbara. Que parte de que eu estava totalmente bêbada você não entendeu? - Resmungo sem paciência.
- A menos que o Barman tenha fetiche por mulheres bêbadas, o que não é o caso dele. Ele foi bem enfático quando disse que nunca se aproveitaria de uma mulher em qualquer estado de vulnerabilidade. - Esclareço.

- É realmente uma pena. Você esteve com o Barman gostoso, tatuado, sonho de consumo do mulherio que vai na boate e não aproveitou. - Diz pesarosa.

Escutando seus delírios meus pensamentos viajam para longe, para um certo moreno envolvido por uma mísera toalha. Na ocasião, meus olhos não tiveram a sorte de desfrutar daquela visão magnífica. Um par de olhos azuis, intensos e provocantes. Lábios desejosos e convidativos, uma barba rala capaz de incentivar a imaginação de qualquer mulher a delirar nas sensações que ela despertaria em seu corpo. Seu peitoral trabalhado, abdômen esculpido. O que dizer da voz rouca, profunda, imponente. Tudo nele é perfeitamente lindo, em sua testa está escrito "perigo, não se aproxime."