Cecília
Sentindo água morna entrar em contato com minha pele fazendo meus músculos relaxarem, encaro meus dedos que se encontram enrugados por passar horas no chuveiro... Minha demora tem uma explicação e ela se chama " Harry " não estou afim de pagar a boa moça na frente do seus pais, nem de amiguinha do Americano. Desligo registro sem mínima vontade, me enrolo na toalha azul bebê assim saindo do banheiro onde paro enfrente ao meu guarda-roupa buscando uma roupa confortável ao mesmo tempo apresentável, optei por um short jeans e uma camiseta larga manchada e nos pés calcei minhas lindinhas havaianas, minhas madeixas as deixei soltas como sempre.
No último degrau da escada ouço risadas dos mais velhos vindo da sala me direciono cômodo os todos estão reunidos, antes de entrar na sala coloco um sorriso falso no lábios assim entro no ambiente.
— Oi, senhor e senhora Miller – aceno.
— Oi Cecília – Sra.Miller sorri simpática.
— Oi minha jovem – Sr.Miller acena brevemente com cabeça.
Após esse pequeno diálogo eles retornam conversa animadora sobre casa de praia.
— Ei – alguém me cutuca. Viro meu rosto encontro Jonathan irmão menor do imbecil me olhando – vamos sair daqui, podemos brincar lá fora? – pergunta.
Pobre criança está entediado com os assuntos dos adultos.
— Sim – me levanto chamando atenção de todos presentes – eu e Jonathan vamos tomar ar fresco – pego na mãos do menor.
— Vamos Harry – solta minha mão e corro pra agarrar a do irmão babaca.
Antes do Harry protestar menor o puxa levando para área externa da casa.
— Meninos sem briga – Sra.Miller eleva um pouco voz.
— Pode deixar mãe – Harry da um joinha com polegar.
Peço licença aos adultos e sigo para área externa da casa onde encontro Harry jogando bola com seu irmão, Americano conseguiu achar bola de futebol do meu pai que velho nem encosta a décadas. Observo diversão entre os dois, Harry solta gargalhadas todas as vezes que Jonathan erra chute fazendo o menor inchar as bochechas em sinal de irritação me fazendo sorrir, quando pequeno chama meu nome.
— Vem brincar – corre até mim.
— Não sou boa nisso – invento uma desculpa qualquer.
— Harry também não – após essas palavras ouve reclamação do Americano.
— Ele também não é bom em outras coisas – alfineto um pouco.
— Tia Ceci – sorri com apelido vindo do menor – vem – loirinho me puxa.
Sem estrutura pra negar um pedido vindo de um ser tão pequeno e amável que fez carinha de cachorro abandonado.
— Sabe chutar? – pergunta sarcástica do embuste é direcionada a mim.
Um sorriso maldoso surge nos meus lábios quando bola se encontra no meu pé esquerdo, sem delongas chuto na direção de suas bolas que acerto em cheio. Como em câmera lenta vi Harry bater seu rosto no gramado com semblante de dor e ao mesmo tempo dizendo " você me paga ".
— Aí – menor segura risada – ela sabe irmão – então ele deixa gargalhada preencher ambiente.
Ouvimos grito da minha mãe avisando que almoço está pronto. Ando até Harry que controla respiração de olhos fechados onde possa parar dor.
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Be Mine
Teen FictionA sociedade tem a mania de julgar os outros. Muito magra, muito gorda, muito baixa, muito alta. Nada é o suficiente pras pessoas. Mas quer saber? Não tem que ser mesmo. Ninguém tem nada haver com a vida de ninguém. Se eu me sinto bem do jeito que eu...