Cecília
Sentada encarando meu lanche ouvindo sussurros irritantes sobre ocorrido no meu armário, aperto firmes minhas mãos ao vê meu ex grupos de amigas passando enfrente a mesa que estou em que Angelina fez questão de soltar uma risada debochada, não acredito que chamei essa coisa de " melhor amiga " por acaso eu grudei chiclete na cruz? Pra merecer tudo isso.
Sinto uma presença sentar na mesa, ao encar ser reviro os olhos quando Harry abre um sorrisinho escroto que é ignorando por mim, sem esperar embuste rouba minha maçã que reclama imediato.
— Devolve! – puxo sua mão.
Antes de recuperar minha maçã Harry dá uma mordida me deixando indignada com sua ousadia.
— Você sabe quem fez aquilo no seu armário – isso tecnicamente não foi uma pergunta, então não preciso responder.
— ... – meu silêncio diz tudo.
— Nos sabemos quem foi – levanto olhar a ele.
— Importa agora? – encara meu lanche.
— Sim, vai deixar por isso mesmo? – ele ainda continua COMENDO minha maçã.
— Sim, não quero confusão com uma louca – sustenta meu olhar com seu – agora vai embora antes que meus amigos apareçam
Não quero mais confusão mais antes de Harry responder voz de Igor se faz presente.
— Velho vaza daqui – senta do meu lado.
Pedro senta do outro lado em silêncio.
— Igor você sabe quem fez aquilo né? – leva olhar pro Igor.
— Claro – Revira os olhos.
Quem nessa escola não sabe.
— Qual é sua? – Pedro se manifesta. Era visível irritação na sua voz.
— Conversar – seu olhar se mantém em mim.
Isso já tá ficando desconfortável.
— Não existe conversa com você – Pedro é grosseiro.
— Cecília se não dá um basta, ela continuará – avisa.
— Não me diga – como eu amo minha ironia – você sentando comigo não ajuda muito – olho pra trás.
Encontro olhar de Angelina encarando nossa mesa com semblante sério, se pudesse resumir seu olhar em uma palavra seria " Ódio " por eu ter atenção de Harry.
— Entendo – levanta sem olhar pra mim.
— Por que ele quer ser íntimo agora? – Pedro continua irritado.
— Culpa – sussurro.
Igor ri baixo por escutar o que acabei de dizer.
— Harry se sentir culpado? – ele continua rir – Xuxu aquele ali não se importa com os outros além de si mesmo – morde seu sanduíche.
— Igor tem razão – Pedro concorda com meu amigo.
Depois desse momento bizarro comemos em silêncio o que me perturba, Igor é muito comunicativo significa que não para de falar um segundo se quer, enquanto Pedro sempre puxa assunto aleatórios que conseguia me envolver na conversa, agora estamos aqui os três no silêncio mortal.
Sinal toca indicando término do intervalo. Levanto rápido junto com os garotos jogando resto do lanche fora seguindo pra sala de aula quando minha bexiga dá sinal de vida.
— Preciso ir no banheiro – corro às pressas arrancado risadas dos garotos.
Lavar às mãos encarar meu reflexo no espelho arrumo meus cachos e coloco um sorriso no rosto, desligo torneira e saio do banheiro. Ao entrar no corredores dos armários acabo encontro Harry bem próximo de Angelina que está com a postura rígida, aproximo com cautela pra poder ouvir melhor conversa de ambos.
— Seus gostos recaíram – voz irritante da ruiva me causa náuseas – Harry uma gorda – sabia que era de mim que falavam
— Ah! – Harry suspira – Angelina quer mesmo colocar essa questão na conversa? Por que pra mim não importa mais – vejo aproximar de Angelina – Cecília ama seu corpo do jeito que é, além do corpo gostoso do caralho a garota tem uma alma limpa, diferente de você que é podre por dentro e fora. – encaro Harry – apontar para os erros dos outros e humilha-los é fácil, mas olhar para si mesmo e assumir os seus próprios erros, não encontra coragem, né?
Harry sempre foi ousado, não é agora que ele vai ser gentil.
Em segundos vejo mão de Angelina ir de encontro ao rosto do Americano. Ele tava merecendo a tempos.
— Que erro? – grita que ecoa pelos corredor.
— Deixar eu estragar amizade de vocês, caralho – como ele pode está calmo?
— Amizade – sua reação foi rir – nunca fui amiga de verdade dela, apenas usei como muleta – fecho punho.
Odeio admitir mais Harry está certo em relação a Angelina.
— Assume que é uma puta do caralho – ele perde paciência.
— Tão lerdo, logo você docinho – sério que ela tá usando deboche.
— Você não merece amizade de Cecília. Putz! Angelina não sabe o quando irá se arrepender de está fazendo tudo isso – Harry mantém voz calma – eu estarei vendo tudo de camarote – provoca.
— Harry e você? Sempre insultou Cecília, deixa claro a ela o seu peso, colocando apelidos " Gordinha ", " Gorduchinha ", " Gorducha ". Agora quer dá lição de moral? – ela ri.
— Eu não sou uma pessoa perfeita. Pra ser bem sincero, estou longe disso – Harry ri – já magoei pessoas que amava e que nunca imaginei magoar um dia. Também já tomei atitudes sem pensar na dor que elas poderiam causar – suspira – já feri, já gritei, já irritei, fiz inúmeras coisas que, não vou dizer que me arrependo, porque tudo vira aprendizado depois de virar dor, mas que em outro momento, conhecendo as consequências, eu teria feito diferente – será que Lee está falando das garotas que ele partiu corações. Por que a lista é enorme – porque essa é a parte mais extraordinária em cometer erros – ele ri – ter a oportunidade de parar, pensar e decidir o quanto aquilo pesa no seu crescimento – encara ruiva – então, se você erra, se você olha para trás, se você busca melhorar – encerra seu discurso.
— Quase chorei aqui – limpa uma lágrima imaginaria.
— Caralho como eu pude te achar gostosa? – pergunta pra si – tô sem tempo pra ficar dialogando com você ruivinha, tenho aula – deixa Angelina sozinha no corredor.
O que foi isso? Harry dando uma lição de moral sem ele ter moral? Não entendi nada.
Hi my girls!! Sorry pelo capítulo pequeno, é que estava louca pra postar ele e deixar vocês doidas por eu sempre terminar capítulo com um ponto de interrogação em vocês, prometo não fazer mais isso kkkkkk.
Por favor meus amores podem dá biscoito nas minas duas outras histórias postadas? Sim ( ) ou Sim ( ).
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Be Mine
Teen FictionA sociedade tem a mania de julgar os outros. Muito magra, muito gorda, muito baixa, muito alta. Nada é o suficiente pras pessoas. Mas quer saber? Não tem que ser mesmo. Ninguém tem nada haver com a vida de ninguém. Se eu me sinto bem do jeito que eu...