Prólogo

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Ar puro é tudo o que eu preciso!



Mais um plantão extenso se passou, como diretora eu deveria estar atrás de dezenas de papéis para assinar. Mas não sou acomodada, estudei e me dediquei durante dez longos anos, para salvar vidas, não posso simplesmente sentar em uma cadeira e assinar papeladas.




Me estiquei toda indo em direção a minha sala, que muito provavelmente deve estar uma completa bagunça. Não sou do tipo "relaxada" mas ultimamente ando sem tempo para esse tipo de serviço.



Entrei na sala e vi Ino deitada sobre a mesa. Ela vive me ajudando, tenho certeza que passou a noite toda aqui. Mas do jeito que é teimosa, não vai sair até terminar tudo.



Fui até ela e toquei delicadamente em seu braço, não quero assusta-lá.



— Mais cinco minutos. — resmungou.



— Acorda logo porca, vai dormir na sua casa, estou te dando uma semana de folga. — Ino levantou o rosto todo "amassado" e ajeitou o cabelo.



— Não amiga, estou bem! — Sinceramente nunca pensei que ela recusaria uma folga dessas. Olhei para Ino atentamente e percebi sinais de exaustão em seus olhos.



— Ino! Não abuse do seu limite, eu sei que o término com o Sai foi difícil, mas não é por isso que você vai se acabar no trabalho. Tira essa semana de folga, passa lá em casa mais tarde que eu entrego a chave da casa de praia dos meus pais. — Falei alto, vi sua face se entristecer.



— Tudo bem testuda, obrigada por cuidar de mim, sei que estou parecendo uma ridícula por sofrer tanto por homem. — fungou o nariz e se levantou ajeitando o jaleco.



— Quem sou eu para te julgar porquinha? Sofro até hoje por um imbecil, estamos juntas nesse barco. — A puxei para um abraço.



— Falando em imbecil, como anda as coisas com o Sasuke? Faz tempo que não o vejo por aqui. — Perguntou como quem não quer nada.



— Sasuke anda ocupado, mas os negócios com o hospital estão melhores do que nunca, aquele baka pode ser irritante, mas não posso negar que é um ótimo empresário. Ah Ino, Naruto está voltando de viagem amanhã, ele vai dar uma pequena festa para comemorar, e obviamente estamos convidadas. — Andei até o armário e peguei minha bolsa.



Ino abriu um enorme sorriso e saímos do hospital conversando. Vi que ela estava sofrendo e decidi fazer uma festinha do pijama. Sei que tenho 30 anos, mas algumas coisas nunca mudam.




Liguei para Konan, Hinata e Temari e combinei com elas, todas nós estávamos precisando de uma boa conversa entre amigas.



   (...)


Já havia arrumado todo o quarto e as meninas já haviam chegado. Konan como sempre estava conversando com o namorado, Hinata estava fazendo os doces, Temari conversava com Ino sobre como o namoro com Shikamaru é "problemático". Me senti deslocada nos assuntos, não que eu seja desesperada por homem, não é isso, mas as vezes me sinto sozinha. Meu último relacionamento não foi um dos melhores, o cara me traiu e foi embora sem nem me explicar o que havia acontecido. Posso não ser a mulher mais linda da cidade, mas tenho os meus charmes. Ô se tenho.




Me sentei perto de Konan que finalmente desligou o celular e prestou atenção em nós. Desde que conheço a azulada, nunca tinha a visto tão apaixonada, o relacionamento com Yahiko fez muito bem para ela.


My two confusionsOnde histórias criam vida. Descubra agora