Capítulo 2; Ato 7: De volta para casa

25 5 0
                                    

     Dia 2ª de Janeiro de 1883 às 8:23 da manhã. Harry acordou cedo como de costume, levantou-se e pegou seu casaco que estava em cima da cabeceira de sua cama, era uma cama simples, armação de madeira de carvalho e um colchão branco rechado de penas de Ganso-do-norte por dentro. Ele saiu de seu quarto e fechou a porta, porém não a trancou, todos eram de confiança para Harry, mesmo não os conhecendo.

  -Bom dia, macaco bélico- O tom e a forma o qual a pessoa falou "macaco bélico", automaticamente fez ele se lembrar de Elizabeth, o fazendo olhar imediatamente para o lado e consequêntimente fazendo com que ele encontrasse ela.

      -Bom dia, Elizabeth- Disse um pouco supreso.

      Ela estava usando um vestido que ia somente até seus joelhos e o resto das pernas era coberto por uma meia calça, o vestido era marron da cintura para baixo e por cima dele havia seu espartilho vermelho com detalhes preto em baixo que dava uma realçada em seus peitos, mas Harry achou melhor evitar olhar para eles e por baixo uma camisola branca que cobria seu braços. Ela estava fitando seus olhos nas pantufas verdes dele que pareciam ser bem confortáveis e leves, pensou ela. Harry é o tipo de pessoa que presta atenção nos olhares das pessoas e percebeu que suas pantufas estavam sendo observadas por ela. -É um belo par de pantufas não?- Os olhos dela agora mudaram de direção e estavam em foco nos olhos dele, suas sombraselhas faziam uma expressão sarcastica como se estivesse debochando de sua resposta.

   -Ótimo par- Sua voz era sarcastica como um paciente com alguns dias de vida sendo questionado por um médico se estava tudo bem. -De qualquer forma, vá se entrajar de forma mais adequada para receber o macaco mestre

      -Certo, irei agora mesmo.

      Dando meia volta, Elizabeth dirigiu-se para as escadas enquanto ele entrava novamente para vestir algo um pouco mais adequado. Seu guarda-roupas havia uma variedade enorme de roupas para quase todas as ocasiões. Ele escolheu pegar uma camisa lisa de cor cinza, por cima vestiu um colete assimêtrico preto que havia detalhes circulares em forma de plantas com uma tonalidade de cor um pouco menos escura que o mesmo, uma calça preta, um cinto marron e suas botas de couro tingidas de preto. 

       Harry escutou batidas em sua porta,deslocou-se da frente do guarda-roupas e abriu. Catherine era quem estava batendo em frente a sua porta. -Catherine?- Perguntou, confuso pela rápida aparição.

     -Ele está vindo... Vai descer agora Sire?- Sua voz estava ainda mais tímida que o normal, ele pensou ter sido por causa da conversa de ontem a noite, mas descartou a ideia.

       -Sim, sim.

     Ele e Catherina desceram as escadas em direção a sala de refeições. Ao chegar se deparam com Freud, Edison e Tesla. Freud, estava com um simples suspensório marrón e uma calça lisa com um cinto; Edison estava com um terno preto, um colete e por baixo uma camiseta branca com uma gravata e Tesla estava com um terno fechado que impedia de ver qualquer outra coisa por baixo dele além de sua camisa e uma calça preta lisa.

       -Por que vocês estão vestidos como as cortesãs do final da rua mesmo?- Comentou Freud em relação as roupa dos demais homens. Catherine deu uma pequena risada bem baixa por causa do comentário. 

       -Você está falando de Tesla não é?- Disse Edison para tirar sarro dele.

      -Muita boa essa sua piada, você que fez apenas a furtou de alguém?-  Falou tesla fitando seus olhos em Edison.

       -As duas moça já podem parar de brigar- Disse Freud após uma gargalhada.

       Um barulho de porta ecoou na sala, e todos se viraram para a porta, eis Elizabeth e um homem alto, com uma barba mal feita, olhos cansados e com cabelo castanho, pequeno porém bagunçado, tal homem se chamava: Dr. Chronos. Ele fitou seus olhos em Harry, Edison e Tesla.

       -Por que vocês estão vestido como as cortesãs da esquina- Depois do comentário, começoua rir

       

       

O Pássaro de AçoOnde histórias criam vida. Descubra agora