Ato 12: O Amor pela paz

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      Depois de checarem cada canto de todo o Pássaro de Aço, o único defeito encontrado foi nos cabos que saiam do gerador, feito por Tesla e Edison, até as hélices estabilizadoras na parte inferior no barco. Ao termínio das checagens cada um foi para seus quartos, Harry estava checando o projeto das outras três armas que seriam colocadas na lateral.

      vez em quando ele visava uma nova oportunidade para melhorar seus equipamentos e os fazia. Eram dois canhões e uma arpão longo, os canhões possuíam variedades entre si, um conseguia arremessar um projetil pesado de formato arredondado a uma ótima velocidade e consequentemente a uma grande distância, o projetil seria usado para quebrar cascos de outros barcos, mas só seria útil se o casco fosse revestido de metal porque o projetil iria criar uma brecha enorme para que o outro canhão o devastasse. Com um bico longo e fino, o segundo canhão dispara munição explosiva, quando usada em conjunto do primeiro, os efeitos negativos sobre os barcos seriam enormes, dependendo do tipo de casco e do tamanho, ambas as armas teriam poder suficiente para parti-lo em duas metades e caso o barco fosse semelhante ao pássaro, com um motor interno, ele seria destroçado e depois entraria em estado de combustão e começaria a queimar o barco de dentro para fora sem dar oportunidades de reparos. Graças a inventos como esse, ele se considerava um engenheiro excelente e criativo.

      A terceira arma que seria um arpão, penetraria no casco de um adversário independente de seu material, com uma ponta de chumbo e o resto de aço a saída do canhão no barco era elevada para que o projetil fosse atirando para cima ganhando força em sua descida e perfurando ou o casco ou o balão, mas precisaria ser atirado a grandes distâncias para ser efetivo, diferente da maoria dos arpões e ganchos esse não havia corda, seu objetivo não era puxar o inimigo, mas desestabilizar-lo. Ele diferente dos outros que funcionavam a partir de reações com pólvora negra, este funcionava com ar comprimido que daria a pressão necessária para seu lançamento.

      Enquanto observava seus desenhos técnicos sua porta ecoa um som rápido de batidas de forma afobada. Ele vai com passos rápidos em direção a porta e a abre e se depara com Freud olhando para ele seriamente, coisa que ele nunca havia visto.

      -O exército está na sala e querem nossa ajuda- Disse Freud de forma séria. Harry estava assustado porque o exército a muitos anos atrás já havia causado problemas para ele e sua família. Harry balançou a cabeça afirmando que iria e desceu as escadas junto com Freud.

      Ao descer as escadas se deparava com dois homens vestidos com a farda da marinha aérea, era um casaco grosso de cor branco para climas de extremo frio em que carregava no peito um brasão da silhueta de duas águias voando. Ambos os homens tinham corte de cabelo militar e um deles que estava a esquerda da porta estava com papeis na mão.

      -O nosso país precisa de vocês para a construção e treino com fins militares de proteção- O homem falava de forma rígida com um tom frio em suas palavras. -Dr. Chronos, precisamos de seu serviço e da sua equipe na área de montagens e construção de barcos voadores militares.- Ele olhava para um lado e para o outro observando as reações da equipe de Dr. Chronos, mas todos pareciam quetos com exceção de Harry que parecia está sucumbido a uma extrema raiva em seu olhar. -Catherine Cook, precisamos de sua assistência para uma classe de pilotos novatos, afinal a senhorita é a melhor pilota e mais precisa em todo o continente norte.- Harry estava se segurando para não começar a falar com os homens, pois para ele tudo que eles haviam dito não passava de abobrinha. -Harry Vincent, seus serviços na área de construção bélica para proteção do vosso país.- Harry fitou o militar no fundo de seus olhos com a expressão de total desgosto a presença dele e quando o homem estava a abrir a sua boca para citar o nome de mais alguém, Harry deu um soco de punho fechado na mesa em que o som ecoou por toda a sala.

      -Proteção!? O quê está nos propondo a fazer não é para a proteção do país e sim pela queda de outro!- Vozeou ele focando seus olhos dos dois homens.

      O soldado que estava a falar apontou o dedo para Harry. -E o quê você sabe sobre essa guerra que está prestes a começar!? Estamos no defendendo!- Falou o homem em total desprezo a ele.

      -Matar inocentes de outro país não é defesa!- Mais uma vez vozeando contra o militar enquanto todos ao redor estavam apavorados. -A guerra nada mais é que a destruição entre Potências!

      -Que tipo de cidadão é você que defende o outro que o próprio país?- vozeava o guarda enquanto continuava a apontar para ele.

      -Sou o tipo de cidadão que não gostar de ver inocentes mortos de ambos os lados por causas desnecessárias além de lucro!- Após Harry falar isso o militante ficou calado por um tempo ele estava sem palavras organizadas para falar porque ele nunca esperaria por esse tipo de resposta.

       -Eles começaram essa guerra!    

     -Se você briga com um conhecido seu, você o mata ou tenta conversar come ele?

     Mais uma vez o homem ficou calado, quase chegou a duvidar do seu próprio papel, ou se aquela guerra era certa e para evitar esses pensamentos apenas tomou os papeis do outro marinheiro aéreo e os jogou na mesa. -Vocês tem uma semana para decidirem preencher ou irão presos.

       -Então me prenda agora, antes minha vida apodrecendo em uma cadeia que criando instrumentos de derramento de sangue inocente.- Disse Harry novamente fitando seus olhos em desafio ao homem.

      Ele se virou com fúria em seu olhar. -Você é um engenheiro bélico! você cria instrumentos para matar! Você cria armas!- Gritava ele com ódio em suas palavras.

       -Senhor- Disse Harry totalmente calmo dessa vez. -Eu crio armas, isso não nego, quando usada por pessoas sem ética e moral e se tornam instrumentos de morte, acredito eu.- Pausou sua fala olhando para os seu companheiros em volta. -Que nenhum dos meus companheiros as utilizaria para tirar a vida de um inocente em nome de poder nenhum.

      O homem com total desprezo sobre todos que estavam ali, se virou puxando seu aliado e saíram, fechando a porta com tanta força que quase a quebrou. Harry virou-se e olhou 

O Pássaro de AçoOnde histórias criam vida. Descubra agora