Ato 13: Harry

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      Harry estava em seu quarto se preparando mentalmente para o quê estava a vir. Ficava sentado na cama olhando para seus projetos e segurava-se para não chorar, afinal todo o seu sonho, tudo para que lutou iria ser inútil, sua mão estava tremula e seus pensamentos estavam misturados em ódio e tristeza, parecia um casamento perfeito para a situação, mas não era, sem aguentar todo o seu pesar apenas olhou para o lado observando a ultima vez que veria o céu, pelo menos nessa semana.

      -Harry?- Uma voz gentil de tom baixo estava a clamar por seu nome. -Posso entrar?- A voz era parecida com a de Catherine, notou ele.

       -Pode- Harry falou enquanto tentava recompor-se para falar com Catherine.

       Ela abre a porta fitando seus olhos ao dele, dá um passo a frente e fecha a porta. Ele nota na roupa dela, era uma camisa leve branca de mangas longas, enfeitada com listras finas da linha em que a camisa tinha sido tecida, usava uma saia longa como de costume, tinha detalhes de engrenagens, então provavelmente deveria ter sido tecida a pedido ou comprada em uma loja especializada em padrão "Steampunk".

      -Harry, você está bem?- Catherine estava a falar sério fitando seus olhos nele.

      Harry virou a cabeça, andou até a cama e sentou-se. -Sente-se, Catherine.- Ela foi em direção a cama e sentou-se ao seu lado fixando os olhos ainda nele.

      -Milady, quando criança o exército causou alguma dificuldades em minha vida.- Harry estava desconfortável, mas como poderia ser suas ultimas palavras ele precisava contar para alguém sobre sua história. -Meu pai assim como eu, era um engenheiro bélico, arrisco dizer que era o melhor do mundo. Uma guerra que estava preste a começar, seria o motivo de sua morte não heróica, mas injusta.- Harry estava a olhar no momento para sua gaveta de projetos. -O rei insistia sobre a posse dele sobre uma arma forte o suficiente para derrubar qualquer veículo, poderia ser aéreo, marítimo ou terrestre ela a derrubaria segundo ele, mas meu pai recusou ter posse de tal equipamento.

      -Mas ele o possuía?- Perguntou ela o interrompendo.

      -Eu ainda vou chegar aí, tenha calma.- disse ele virando seu rosto novamente para ela. -O rei fez uma proposta para ele, ou ele criava tal equipamento ou sua família iria pagar com sangue, meu pai desesperado por nossas vidas, minha e da minha mãe, começou a fazer a arma fixa mais potente que existiria no mundo, "O fim", foi o nome que ele designou para ela. Depois de sua criação meu pai arrependeu-se de ter criado aquela arma "amaldiçoada", como ele dizia, então disse que não entregaria a arma, mas não pretendia nos ver mortos, então ele criou um plano para nossa fuga, eu e minha mãe pegaríamos o trem para a cidade de Pobys junto com o projeto da arma, enquanto ele ficaria para morrer pela ordem do rei, era isso ou a gente, mas de alguma forma ele soube de nosso plano e enviou uma tropa para interceptar o trem, sem ter o que fazer, meu pai se ofereceu para nossa liberdade e faria quantas armas eles pedissem e mentiu dizendo que não havia nada, depois de um mês, recebemos a noticia que ele havia se matado sem produzir uma única arma que funcionasse.- Harry olhou para Catherine fitando seus olhos no fundo dos dela. -Eu estou com "O fim" e não pretendo acabar como meu pai, eu irei fugir, vocês e os outros podem ir com ele, mas eu não vou.-

      -Como se eu fosse servir a esses lixos humanos!- Catherine gritou com Harry enquanto serrava os dentes, suas sobrancelhas estavam em total ódio sobre as palavras finais dele, apesar de sentir-se mal pela o quê ele passou, ela não podia esquecer a raiva por eles. -Não ache que você é o único a quem os militares causou problemas, eu nunca! Nunca servirei a eles!- Gritava com Harry. Depois de suas palavras ele deu um sorriso olhando para ela.

      -Então vamos ter que fugir juntos.

      No momento que ele terminou de pronunciar sua fala, sua porta foi chutada no ferrolho fazendo com que quebrasse e fosse abaixo. Dois homens do exercito estava afora e um deles apontou para Harry enquanto o outro segurava um papel com selo do rei e assinatura do almirante da marinha aérea.

      -Harry Vincent, você está preso por porte da planta das armas de seu pai, Higor Vincent, estamos levando-lhe preso pelo porte da planta bélica que ameaça nosso reino denominada de "O  fim".

      -Se eu deixar vocês o levarem, deixarão-me em paz?- Disse ele com um sorriso malicioso na cara.

      -Claro! Sem o porte das plantas, não a o porquê de te prendermos não é?- Falou o marinheiro da frente dando um sorriso malicioso também.

      -Então deixe-me pega-la.- Harry moveu-se em direção ao guarda roupas e abriu as portas.

      -Harry! O quê você está!?- Ela foi interrompida por ele quando levantou a mão para ela calar-se.

O Pássaro de AçoOnde histórias criam vida. Descubra agora