Meu Noivo De Mentirinha| Drarry

Eu nunca ri tanto assim na minha vida

CAPÍTULO 2

Eu nunca ri tanto assim na minha vida

– Quero que finja ser meu noivo. – Falei direto e sem rodeios, na lata.

O Potter engasgou ao ouvir o tal favor, e meio que deu uma morrida de leves de tanto que tossiu, mas eu o entendo, não é todo dia que você escuta, da boca do seu arqui-inimigo de infância, que ele quer que você seja seu noivo.Eu também ficaria surpreso. Na verdade, eu pensaria que o outro estava louco da cabeça e chamaria o hospício. Mas como eu disse, isso a gente releva.

– Como? – Perguntou pasmo, só para ter certeza de que havia ouvido certo.

– Isso mesmo que você ouviu, Potter. Eu preciso que você finja ser o meu noivo. – Falei calmamente, para ver se ele entendia que, por mais que este meu pedido fosse absurdo – até mesmo para mim – eu estava falando sério.

Mas o mesmo só me olhou embasbacado, como se ainda não acreditasse nessa blasfêmia toda.

– Malfoy você está drogado? – Perguntou, realmente sério, parecendo ponderar a ideia.

– Não. Eu estou falando sério. – Tentei novamente, com um ar mais sério.

Mas o menor apenas me olhou parecendo genuinamente confuso e incrédulo. Acho que o que eu falei era tão extremamente bizarro e absurdo, que ele nem sequer conseguia debochar da situação. Porque, sério, se fosse em outro momento em que eu o estivesse pedindo ajuda, ele apenas tiraria sarro da minha cara que eu sei.

– Então por que está me pedindo isso? – Perguntou. – Porque olha, o único motivo plausível que eu encontro para você me pedir uma coisa dessas, é só se você estivesse desesperado demais. Ou isso, ou você finalmente enlouqueceu. E eu sinceramente espero que seja a
segunda opção, porque daí eu posso mandar o hospício te levar e me livro de você. – E tava demorando para ele fazer uma piadinha sobre o assunto. Tive que me controlar muito para não revirar os olhos de novo.

Suspirei novamente e então comecei a contar tudo o que aconteceu no jantar com a minha mãe, e o motivo pelo qual eu estava o pedindo este bizarro favor. Quando terminei, Harry me olhava com uma cara bem inexpressiva e indecifrável, eu realmente não sabia o que o mesmo pensava e seu silencio também não me ajudava em nada.

E ele só me encarava, sem dizer absolutamente nada ou se mover. Ele parecia uma estátua.

Aquele silencio mórbido já estava me deixando nervoso. Eu não sabia que reação esperar do Potter. Podia ser qualquer uma! Desde rir da situação e da minha cara a ficar furioso e me
expulsar de sua casa aos pontapés.

Mas então o mesmo começou a rir. Isso mesmo, rir. Feito um maníaco. Ele estava rindo escandalosamente da minha cara.

Certo, agora quem não sabia como reagir era eu. Eu devia ficar sem graça pela situação, ou com raiva dele estar rindo da minha cara e da situação?

– Ai Draco, você é idiota, burro, ou o que? – Perguntou, após suas risadas cessarem um pouco, mas ele ainda ria e me olhava divertido, como se o que eu houvesse acabado de contar fosse a melhor piada que o mesmo já escutou.

Certo, acho que raiva é uma boa reação. Porra, ele acabou de me ofender só porque eu fiz uma leve cagadinha num momento de desespero! Poxa, não precisava fazer isso, as pessoas não pensam bem quando estão desesperadas. Não é minha culpa!