Deixa eu ser seu Boy, Junghwan | Dohwan

Cê conhece a Avon?

  Mais uma vez, em menos de um mês, o pequeno Junghwan olhava para a tela de seu telefone com as sobrancelhas franzidas e um biquinho nos lábios rosados. A novidade de seu hyung estar lhe cantando, já estava deixando de ser uma coisa nova.

Dodo hyung ❤️: Bom dia Junghwannie.

cê conhece a Avon?

Avontade de te beijar...

  A cantada daquela manhã havia o feito arregalar os olhinhos e pensar de onde Doyoung tirava aquelas coisas e porque continuava a mandar mensagens que o deixavam profundamente envergonhado. Sentia suas bochechas e orelhas queimarem e seu coraçãozinho se acelerar, enquanto digitava de forma trêmula para o mais velho.

O que vc quer fazer com essas cantadas, hyung?

Vc sabe que eu sinto vergonha...

Dodo hyung ❤️: não queria te deixar envergonhado, bebê

Só estou expondo minhas vontades a vc

E em relação ao que eu quero com isso...

Deixa eu ser seu boy, Junghwan-ah!

Te mimar

encher suas bochechas e esse seu rostinho lindo com beijinhos

ver vc vermelhinho depois que eu te beijar

Dormir agarradinho com vc depois que assistirmos ao seu anime favorito...

Poder falar todos os dias o quanto vc é adorável, sem sentir vergonha ou medo de vc se assustar

Poder dizer q vc é meu meu e meu

Eu só quero ser seu boy

  Junghwan sentia todo o seu corpo tenso, mal conseguia se mover, as batidas em seu peito pareciam ter aumentado de ritmo e sentia tanta ardência em suas bochechas que jurava poder derreter, ou até mesmo fritar um ovo. Estava em choque. Se sentia como nos dias em que ficava com febre, apesar de saber que não estava doente. Kim Doyoung, o seu hyung favorito — não que ele soubesse —, havia se declarado para si, e ele não sabia como reagir.

  O que deveria fazer? Estava confuso sobre o que sentia, e com certeza Doyoung já estava para arrancar os cabelos com a sua demora em responder. Entretanto, enquanto pensava sobre momentos aleatórios que passou ao lado do mais velho, momentos em que sentira seu estômago se revirar e seu coração acelerar-se, podia ter um tantinho de certeza de que sentia o mesmo. Nunca havia sentido tantas coisas ao mesmo tempo, nunca com outra pessoa, a não ser o Kim...

  O moreno havia o conquistado aos poucos com seus carinhos e cuidados consigo, e ele, como um garoto ingênuo no quesito "amor", nem ao menos havia percebido. Bem, pelo menos até aquele momento.

Tudo bem se não quiser, provavelmente vc nem sente o mesmo

Eu apenas queria que vc soubesse

Praça do bairro, em 15 minutos

Nos vemos naquela árvore que íamos depois da aula

Largou o telefone em cima da cama e correu pelo quarto, em eufória, pegando o primeiro moletom e tênis que viu, se apressando em vestir e calçar ambos, logo depois correndo até o andar de baixo e gritando para os pais que iria para a praça a poucas ruas dali. Corria tão rápido quanto um atleta naquele momento, sentido o vento lhe acertar o rosto e ansiedade o consumir junto a adrenalina, que o fazia pensar brevemente o porque de ter feito aquilo e porque apenas não esperou até o dia seguinte, onde se veriam na escola e poderiam conversar com calma depois de terem refletido um pouquinho...

  Porém, ele já nem ligava mais, não ligava se talvez sua mãe o desse uma bronca por sair quase voando sem nem ao menos ter falado consigo direito, não ligava se estivesse parecendo um maluco fugindo da polícia. Ele apenas queria fazer o que seu coração lhe instruía, pelo menos uma vez na vida.

  Parou a alguns metros do grande pinheiro da praça, vendo Doyoung de costas para si, parecendo tão ansioso quanto si, com os pés batucando o chão e sua mão estava elevada ao rosto. Presumiu que estivesse mordendo o canto do dedão, como sempre fazia quando estava ansioso, nervoso ou acanhado. Se aproximou e o abraçou por trás, dando um leve susto no ruivo.

— Junghwan-ah! — levou a mão ao peito e então sorriu, virando-se de frente para o mais novo e pegando seu rosto com as duas mãos, enquanto olhava cada detalhesinho. Junghwan o abraçou forte e escondeu o rosto na curvatura de seu pescoço, enquanto o ruivo ainda sorria bobinho e acariciava seus cabelos curtos da nuca.

— Doyoung-hyung — chamou, sentindo-se em paz no abraço quentinho de Doyoung, este que murmurou um "sim?", acariciando as costas do So. — Eu também quero ser seu boy.

—

Katchau

Mermão, eu fiz duas versões disso aqui, ceis tem ideia?

Tá curtinho, mas tá fofo :)

Quem gosto comenta aqui um "Doyoung boiola":

Espero que tenham gostado teumes/tmakers ❤️

Bye