O Beco Diagonal

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  Os meses pareciam décadas para a ansiosa Madelyn, que ficava sonhando todas as noites o chápeu seletor escolhendo sua casa de Hogwarts, a diferença era que a menina sempre acordava antes da poderosa decisão do chapéu.
Acordara cedo, e com cabelos penteados, roupa passada e bolsinha com várias moedas de ouro, Madelyn usava o Pó de Flu para ir até o Beco Diagonal:
-Diga claramente, minha filha. -falava sua mãe atenta a quantidade que restava do pó
-Deixa comigo. Beco Diagonal! -soltou o pó que logo virou uma chama esverdeada na lareira, transportando-a para o famoso Beco.
Logo depois, com a roupas cheia de pó, sua mãe aparecia e a puxava para irem à procura dos livros. Andando apressadas, acabaram esbarrando com um menino. Parecia nunca ter ido ali, os olhos brilhavam e era acompanhado por um homem enorme e barbudo, Madelyn acabou esbarrando no menino, e logo seus cabelos revelaram quem era:
-Me desculpe. -o menino dizia, meio envergonhado mas notoriamente feliz por onde estava
-Sem problemas! Veio comprar os materiais também?
-Acho que sim, não sei direito onde achá-los na verdade. -ele dizia coçando a nuca
-Venha Harry, o Banco de Gringotes é logo aqui na frente! -o grandão ainda não reparara na pequena de cabelos escuros que impedia o menino de continuar seu caminho -Ah! Olá, veio para o Banco também...
-Madelyn, Madelyn Jonhson! -Ela estendia a pequenina mão
-Sou Hagrid, o guardião de Hogwarts- Ele apertava a sua mão. -Espero que tenhamos a chance de se reencontrar novamente, mas agora eu e Harry estamos apressados! Venha!- o homem chamava Harry enquanto ele acenava de volta para a menina.
Sua mãe voltara com mais 3 livros de alguma loja dentro de seu novo caldeirão. Por último, mãe e filha passaram na loja que, segundo Rebecca, era a mais importante. A Olivaras, onde a varinha escolhe o bruxo.
Ao entrar lá, um velho magro e com barba e cabelos brancos arrumava as varinhas e papéis caídos no chão, alguém devia ter experimentado varinhas diversas:
-Ah! Boa tarde, senhorita Jonhson! -o velho dizia descendo excitado das escadas
-Como sabe meu nome?
-E quem não sabe? -Madelyn olhava confusa, ninguém a conhecia!
-Vamos ao mais importante. -o senhor Olivaras foi ao fundo da loja e pegou uma varinha com caixa cor de vinho seco. -Madeira de abeto com núcleo de cordão de coração de dragão e flexibilidade razoável, 22 centímetros.
Ela pegou a varinha e apontou para cima, talvez esperando que ela brilhasse indicando que a escolhera. Mas na verdade o teto acabou se abrindo e todos os papéis que Olivaras estava guardando caíram novamente:
-Acho que não é essa... -dizia sua mãe, tirando a varinha da mão da filha desesperada que mais estrago acontecesse.
-Que tal: Madeira de sicômoro com núcleo de pena de fênix, bem flexível e 20 centímetros? -entregou a varinha delicadamente à animada menina que mexeu um pouco a varinha e nada aconteceu, com um ar de dúvida, mexeu a varinha com mais precisão e nada acontecia. -Acho que também não seja essa a varinha desta moça. -com um ar de dúvida e mão no queixo, o velho parecia com medo de entregar a próxima caixa. Uma caixa preta com o nome "Olivaras" em dourado, na ponta um espaço também em dourado esperando ser nomeado com o nome de seu escolhido.
-Madeira de sequóia, com núcleo de cordão de coração de dragão e metade de pena de fênix flexibilidade inexistente. Seus parentes escolheram bruxo que fazem e farão história.
-Como assim? Seus parentes?
-Pode-se dizer que... -O senhor chegava perto dela como se fosse contar um segredo de Estado -Seus filhos, foram quem derrotou o Você-Sabe-Quem e ele mesmo.
Ela ficou mais confusa do que antes? Você-Sabe-Quem? Quem o derrotou? E então só de pôr as mão na varinha, que era preta com detalhes como se fossem galhos prateados, uma luz misteriosa subiu em sua cabeça e um vento gelado levantando seus cabelos. A varinha a escolheu.
Nunca sentiu-se tão feliz, a varinha parecia poderosa assim como pretendia ser.

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