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Nesse exato momento (dia seguinte do evento) estou com Josh, Any, Sabi e Bailey na minha casa —casa da minha tia — e Emma está no quarto dormindo.

— Quem é o pai da Emma? — Do nada o bendito do Bailey pergunta.

— O Noah — digo sem pensar e quando percebo o que falei, tampo rapidamente minha boca.

— QUE? — Sabina discreta do jeito que é, dá um grito.

— Aí Sabina! — Any reclama.

— COMO ASSIM O NOAH? — Josh diz indignado — ELE NUNCA ME DISSE NADA! AH MAS ELE VAI VER SÓ O QUE EU VOU FAZER COM AQUELE ROSTINHO BONITO.

— Calma Josh, eu te entendo mas não precisa de tudo isso, ele já teve castigo o suficiente, se é que isso é um castigo pra ele.

— o que S/n? — Bailey diz.

— Eu proibi ele de falar com a Emma, se ele se aproximar pode nos fazer sofrer, fazer ELA sofrer.

— Isso serve, mas eu ainda vou dar uma bronca nele por causa disso! — Josh fala bravo.

— Por que você está tão irritado Josh? — Any pergunta.

— Porque ele não assumiu! — ele responde.

— Como você sabe? — ela pergunta.

— Em algum momento você o viu com ela? Você já viu ele falando por telefone com ela?

— Não — responde.

— Então! Ele não assumiu!

— Ataaaa — Any diz. A bichinha é lerda igual eu.

— Que desgraçado! — Sabi fala irritada também — Como ele teve coragem? Por que ele fez isso?

— Ele disse que estava começando a carreira dele e que uma criança ia atrapalhar tudo — digo.

— Filho duma égua! — Any diz brava — Olha Josh, se você quiser dar uma surra, um murro, um soco, ou qualquer outra coisa na cara do Noah, eu te apoio E ajudo — dá ênfase no "E".

— EU TAMBÉM! — Sabina fala, ou melhor, grita.

— S/n — Bailey me chama e me viro para o mesmo — Por que ela se chama Emma? Não é o nome da sua melhor amiga?

— Sim — respondo e sinto vontade de chorar — é uma homenagem à ela, porque ela... ela... ela morreu.

— O QUE? — Sabina grita novamente.

— É sério Sabina, grita mais UMA vez assim pra você ver o que eu faço com você — Any ameaça com a mão em seu ouvido.

A campainha toca e eu vou atender. Quando abro, vejo uma figura conhecida, de olhos verdes e cabelos castanhos claros, igual a minha amada filha, a diferença é que ela não é uma escrota como ele.

— Podemos conversar? — pergunta. Como ele tem coragem de vir aqui?

— Não — digo fechando a porta mas ele coloca o pé para não fechar — Você tá de brincadeira com a minha cara né? Não é possível que uma pessoa possa ser tão insuportável assim.

— Quem é que tá na porta? — Any diz vindo até a porta e vê Noah.

— Oi Any! — ele diz e logo depois recebe um tapa na cara, olho pro lado e vejo que foi Any.

— Como você pôde? — Ela diz e volta pra sala.

Quando o Noah volta a olhar pra frente vejo que o local onde Any bateu está vermelho, tipo BEM vermelho.

— Tá tudo bem? Doeu? — Pergunto à ele só por educação.

— Mais ou menos — responde.

— hm — respondo seca — Só isso que veio fazer aqui? Tá bom! — tento fechar a porta novamente mas ele impede— O QUE QUE VOCÊ QUER NOAH? — estou sem paciência.

— EU QUERO FALAR COM MINHA FILHA! — ele grita de volta.

— ELA É MINHA FILHA, NÃO SUA E VOCÊ NÃO VAI FALAR COM ELA NOAH, NÃO VAI!

— EU TENHO ESSE DIREITO, SOU O PAI DELA!

— VOCÊ PERDEU ESSE DIREITO A PARTIR DO MOMENTO EM QUE NOS LARGOU! E VOCÊ NÃO É PAI DELA, PAI É QUEM CRIA A CRIANÇA, AJUDA A CUIDAR, QUE FAZ PARTE DA VIDA, VOCÊ NÃO ESTEVE PRESENTE EM NENHUM MOMENTO NOAH! NENHUM! ENTÃO EU PEÇO QUE SAIA DAQUI AGORA!

— Mas eu quero ser esse pai! Que participa da vida dela!

— PROBLEMA SEU! — fecho a porta com tudo na cara dele e começo a chorar. Vejo que todos escutaram a briga e eles vem me abraçar.

— Tá tudo bem S/n! Ele mereceu! — Any diz me abraçando.

— Mamãe — olho pra frente e vejo Emma na escada — o Noah é meu papai?

Emma Urrea | Filha de Noah UrreaOnde histórias criam vida. Descubra agora