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— Eu não vou ao baile.
O baile ocidental é o assunto do momento.
Após suas arrecadações anuais, feitas através de pequenos sorteios ou divulgação de bilhetes românticos em anônimo, os formandos do terceiro ano preparam um baile, separadamente das atividades escolares, para comemorar o final do ano letivo e, consequentemente, das suas conclusões no ensino médio.
É uma cerimônia pequena e simplória, realizada com o único intuito de ceder alguma diversão àqueles que durante tantos anos foram expostos à pressão de selar com êxito essa etapa importante da vida; embora definitivamente exaustiva.
Cada formando tem o direito de convidar, pelo menos, dois participantes para o baile, como acompanhantes ou mesmo para proporcionar uma ínfima parcela de excitação àqueles que ainda precisam de certa coragem e incentivo para concluí-la.
Eu consigo facilmente me imaginar em pleno contentamento, participando de uma noite como essa, desde que eu estava no primeiro ano do ensino médio; quiçá desde que comecei o ensino fundamental.
O problema é justamente essa afirmação que acabo de lamentavelmente ouvir.
Ter orelhas do tamanho das minhas é evidentemente um fardo, como pode ver.
Acho que me engano somente na parte em que uso, com tanta convicção, o substantivo problema no singular, porque esse é, na realidade, o primeiro deles.
O segundo é que quem fala isso é Yeonjun.
Sim, e não tão surpreendente como achei que seria, estou extremanente decepcionado porque ele, em especial, acaba de dizer que não planeja ir ao baile ocidental. O que, como resultado, também significa que não pretende, ora alguma, me convidar como seu acompanhante.
O terceiro problema é que não me lembro quando, em meus desejos mais profundos, desconsiderei completa e consicientemente a possibilidade de Yeonsun ser o cara a quem devoto todas às minhas expectativas para algo romântico do gênero. Muito menos como, em meu estado mais são possível, Yeonjun foi a minha primeira opção para tal.
É simplesmente... surreal.
Inesperado, precisamente.
Mas não parece tão ruim quanto achei que seria, caso algum dia, antes desse, tivesse ponderado sobre essa remota — agora não tão remota assim — chance.
O quarto e último problema é que, ainda assim, eu continuo... indiferente.
Não me importo de estar me sentindo assim, na verdade, porque é tão bom que não acho brechas para entrar em uma intensa crise ou duvidar veemente dos meus sentimentos, seja lá quais forem.
Do contrário, eu quero aproveitar ao máximo que posso enquanto há tempo, enquanto as coisas não desmoronaram.
— Concordo, Jun. É uma besteira que os adolescentes criaram para saciar seus desejos românticos ou amenizarem suas solidões. — Taehyun subitamente confessa, mas após segundos, ele gira até estat de frente para Hueningkai e fala, esperançoso: — Mas se você quiser ser besta comigo, eu não vou recusar, não.
— Eu tenho quase certeza que você não é do terceiro ano ainda, Tae — Hueningkai contesta, com óbvia confusão no tom.
— É um detalhezinho. Podemos pensar sobre isso depois que você disser sim.
Hueningkai abre um grande sorriso, que por sorte não se torna uma alta, exagerada, e entusiasmada risada, capaz de se alastrar pelo refeitório, atraindo atenções indesejadas para nossa mesa.
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pick a man ¡! yeonbin
Fanfiction[CONCLUÍDA] Choi Soobin nunca foi tão perdidamente apaixonado e dedicado por alguém como era por Choi Yeonsun, líder do clube de arte. Porém, para conseguir se aproximar do garoto que amava, ele tinha que conhecê-lo sem que sua timidez fosse um obst...