02 || new rules

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🌈

— Eu ainda não acredito que eu estou mesmo fazendo isso! — eu lamento pelo que sei ser a décima vez só hoje.

Mesmo tendo achado o plano de Beomgyu bem bolado e com uma porcentagem alta de sucesso no final, ainda não consigo acreditar que eu estou mesmo desesperado ao ponto de me submeter a algo tão ridículo quanto um plano para me dar bem com o garoto por quem sou apaixonado.

Eu sou um trouxa.

Porém, nesse momento, estou me referindo a especificamente ter Choi Yeonjun como parte essencial do plano, porque esse garoto é simplesmente insuportável.

— Meu deus, gato, você reclama demais! Eu estou tão feliz com essa situação quanto você. — Yeonjun fala, estourando a bolha de chiclete que está mascando desde que chegamos, mas apesar de seu comentário, ele não parece tão preocupado assim.

Nós dois estamos na quadra, na arquibancada, enquanto assistimos ao jogo de Yeonsun, que é jogador de basquete.

Eu já o vi jogar várias vezes, e sempre foi maravilhoso, mas, dessa vez, só parece cansativo, porque não estou aqui apenas para admirá-lo. Estou aqui com ele.

Yeonsun é tudo o que eu preciso. Líder do clube de arte, jogador de basquete, um aluno dedicado e com uma personalidade admirável. A perfeição em pessoa, eu diria.

O seu irmão, por outro lado...

Eu olho de esguelha para Yeonjun, que está sentado em uma posição desleixada, com as mãos apoiadas atrás do seu corpo, na arquibancada, e uma perna por cima da outra, cruzadas, enquanto continua mastigando esse maldito chiclete que, sinceramente, está me dando nos nervos.

— Que sonso. Eu sei que você está amando me ver com raiva assim. — acuso, irritado. — E adora saber que você é a causa, não é?

Yeonjun me olha, e nem tem a decência de negar a minha teoria. Então, aos poucos, ele vai abrindo aquele mesmo sorriso, com a pecinha de metal no seu lábio inferior brilhando sob a luz do sol nessa manhã.

E esse sorriso, meu deus, eu o odeio.

Não consigo dizer exatamente o motivo para isso, e às vezes até considero a possibilidade de que o faço apenas porque seu dono o usa apenas para me provocar.

Mas eu sei que é bem mais que isso.

— Bingo, gato — ele diz com esse sorriso provocativo, dando uma piscadela.

— Para de me chamar de gato. Que saco. — peço, irritado. — Não te dei essa liberdade.

Yeonjun dá de ombros, indiferente.

Voltando a olhar para a quadra, onde Yeonsun está jogando com seu time, então, ele faz outra bolha com o chiclete, que logo é estourada. Em seguida, ele fala:

— Está bem, gatinho.

— Gatinho também não.

— Gatão?

— Hyung! — eu o repreendo, enquanto ele se diverte às minhas custas. Irritante.

— Tudo bem. Não vou mais te chamar de gatinho nem de gatão, gato. — ele promete.

Eu suspiro, derrotado, balançando a cabeça de um lado para o outro por pelo menos a vigésima vez nesse dia. Até que pergunto, deixando ele vencer:

— Você vai fazer do seu jeito, não é?

— Acertou de novo, gato. Você é bom nisso. — ele provoca. — É algum tipo de dom?

Dessa vez, decido ignorá-lo, porque Yeonjun já tinha decretado que seria sob as suas condições, e essa deve ser uma delas, porque desde que o plano começou, ele não para de me chamar dessa forma, de gato.

pick a man ¡! yeonbinOnde histórias criam vida. Descubra agora