CAPÍTULO 5

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sábado
02:30

Ellen

baile tava lotado demais, nunca vi um igual, quase 03 da madruga e o baile assim

Luísa e eu preciamos duas loucas dançando pra caralho, desde 21:00 hrs a gente tá nessa

umas horas ela se cansava e eu também, ficamos sentadas tomando água ou até mesmo whisky

tava sentada no barzinho esperando minha caipirinha, senti uma mão na minha cintura e logo virei dando de cara com joaozin

Ellen: que susto filho da puta - ele soltou minha cintura e sentou do meu lado-

Joaozin: tá devendo Ellen? -falou e deu um gole na bebida-

Ellen: é da tua conta não -minha caipirinha chegou e eu agradeci ao bar man me levantando- tchauzinho aí pra ti

ele me puxou pela cintura quase derrubando minha caipirinha olhei feio pra ele que só sorrio beijando meu pescoço

confesso que joaozin era uma tentação, um gostoso do caralho, mas tinha que me manter direita pelo menos na frente dele

fechei os olhos e mordi meu lábio inferior, ele desceu o beijo até o meu decote e deixou um chupão ali

empurrei ele devagar que riu e saio da minha vista, neguei com a cabeça e fui ao encontro da Luísa que tava parecendo uma doida dançando

ela olhou ora mim e o olhar dela desceu até meu decote e eu fiquei meio assim e coloquei a mão em cima dele

Luísa: que chupão é esse aí dona Ellen? -perguntou levantando o olhar até meu rosto e eu desviei o olhar- pode me explicando bora

Ellen: joaozin fia -falei dando um gole na caipirinha- chegou dando essas mas tenho certeza que foi flerte

Luísa: e tu caiu direitinho, né?! -olhei feio pra ela prendendo o riso e continuei bebendo ali com ela-

esses tempos divertidos que passo com a Luísa são os melhores que eu tenho, está com ela me anima muito, principalmente quando a gente tem uma tarde das garotas mais o Davi

depois de horas lá no baile eu e Luísa resolvemos ir pra casa, juinin levou a gente, ele é muito da hora em relação a gente

entrei em casa logo indo pro quarto, entrei nele e me deitei na cama tirando o salto

quando tava quase dormindo senti um peso nas minhas costas, olhei por cima do ombro e vi Davi sorrindo pra mim, logo retribui o sorriso

Davi: ta cansada ellen? -perguntou saindo de cima de mim e deitando do meu lado me olhando-

Ellen: só um pouco, pensei que tu tava dormindo - falei bagunçando o cabelo dele-

Davi: não Ellen -tirou minha mão do cabelo dele e se sentou- cortei semana passada com o juinin po

Ellen: ta cheio das gíria em Davi, te orienta - falei me sentando e olhando pra ele-

Davi: mas a lu deixa eu falar - ele abaixou o olhar e eu já estranhei porque ele sempre fica olhando nos olhos quando tá conversando com alguém-

Ellen: o que houve? -perguntei virando o rosto dele pra mim- conta pra prima

Davi: o grego bateu na mamãe de novo - ele abaixou o olhar denovo e eu já senti uma fúria subir pra cabeça-

não aguentava mais vê a tia Isabel apanhando do grego, a gente pede pra caralho pra ela se separar dele e ir embora com a gente, mas vocês escuta? porque ela não

olhei pro Davi que tava com o olhar pra baixo e levantei o rosto dele e ele logo me olhou

Ellen: nem pense em contar isso pra lu, tá entendendo? - falei olhando nos olhos dele e ele só assentiu me abraçando forte-

Davi só tinha 5 anos poxa, ele não merece um pai igual o grego e ele nunca chamou o grego de pai, o que deixa o grego puto

o que o grego mais quer é colocar o Davi pra comandar o Morro mas o menino tem apenas 5 anos cara, ele traí e bate na mãe dele na cara do menino, eu não aceito é nunca vou aceitar isso

virei o rosto pro Davi e vi que ele dormiu, peguei ele no colo colocando ele na cama dele e cobrindo ele

olhei pra ele e alisei seus cabelos o que ele odiava e eu adorava fazer isso

logo vi uma lágrima cair do olho dele mesmo fechado ela caiu

ele tava chorando.

aquilo partiu meu coração, vê uma criança chorar pelas atitudes do pai, um pai, que deveria ensinar ele a ser um garoto perfeito, mas não ele ensina a bater e trair

um dia Davi disse que ele nunca na vida dele vai trair ou bater em uma mulher, porque isso é coisa de quem não presta e ele disse que presta sim, isso deixou a lu tão orgulhosa dele

ele mesmo sendo marrento e chato, ele é um uma criança perfeita, eu e a lu fazemos de tudo pra dar tudo de bom pra ele

deixei ele ali e apaguei a luz ligando o ventilador, olhei mais uma vez pra ele e saí do quarto

desci pra sala e vi a Luísa de cabeça baixa, deduzi que tava chorando mas me enganei por incrível que pareça

ela me olhou e deu pra perceber que ela tava com raiva, uma raiva que eu nunca tinha visto antes

Luísa: ele bateu nela de novo -falou se levantando- bateu nela na frente do Davi, Ellen

Ellen: ele me disse -falei desviando o olhar do dela- a gente precisa tirar ele daqui lu

Luísa: eu vou tirar ele daqui nem que seja a última coisa que eu faça -falou indo em direção a porta- e ainda vou levar minha mãe junto

falou e saiu batendo a porta, me sentei no sofá e fiquei ali por umas horas

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