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Bailey May
Orange, domingo - 15:24.
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As pequenas gotículas de água caindo no chão indicando um grande temporal nessa tarde fria em Orange que me impediram de passear com meus cachorros, que lindo, terei de ficar preso em casa, - reviro os olhos com esse pensamento.

Desistindo de ir passear, entreguei os cachorros aos empregados e subi batendo os pés com raiva para meu quarto.

- Merda de chuva! - grito nervoso e bato a porta com força sem me importar com o que meu pai vai dizer, me jogo na cama e pego meu celular, abro a galeria à procura de uma foto boa para postar no Instagram.

Me deparei com uma foto da minha mãe. Vanessa, minha linda Vanessa. Infelizmente ela partiu com uma doença que assola à muitos hoje em dia, o câncer. Ela esteve com câncer no pulmão, já estava avançado e não tinha tratamento que resolvesse, e hoje fazem 2 anos que ela se foi.

- A senhora não devia ter partido e me deixado sozinho nesse mundo, mamãe. - digo já lacrimejando.

- Papai não sabe conversar sobre as coisas da vida mãe, - choro. - Não precisava ter partido!

Choro por alguns tristes minutos, eu sinto tanta falta dela, ela me ajudava com tudo, era a melhor pessoa que eu já conheci na vida, ela tinha uma forma de ver o mundo que até hoje eu nunca conheci ninguém igual. Como já dizia ela: "A vida é feita dos momentos importantes, sejam eles bons ou ruins, e sabe por quê? Porque eles fazem parte da sua história, e não importa o quão ruim seja esse momento, basta saber que tudo isso é apenas um aprendizado e que um dia, no futuro, iremos olhar para trás e rir nos lembrando dessas coisas que pareciam impossíveis no passado".

Derrepente, ouço o som de uma batida na porta do meu quarto.

- Senhor May? - disse a gentil empregada entrando no quarto, - seu pai está te esperando em seu escritório.

- Diga à ele que eu já estou indo, agora feche a porta. - digo seco, um tanto grosso. Ela assentiu e saiu do quarto.

Limpei as lágrimas, levantei e fui até a o escritório. Bati na porta.

- Entre. - disse seco, como de costume.

- O que é que você quer? - pergunto me sentando na cadeira.

- Quero que você tenha mais respeito com os empregados eles são pagos para cuidar da casa, não para aturar desaforo seu, Bailey. - disse sério.

- Se aquela empregada veio me.. - fui interrompido pela voz do meu pai.

- Ela não veio me dizer nada, esqueceu que consigo ouvir seus berros? - disse arqueando uma sobrancelha, me encarando.

- Era só isso? - perguntei impaciente.

- Não. - disse fechando o notebook onde estava resolvendo assuntos da empresa, tirou o seu óculos e me encarou. - Sabe que um dia a May's Company será sua, e para ela ser sua, você terá de ser mais responsável.

- Coisa que você não é, - disse ironico sorrindo de leve, nossa essa realmente machucou.

- Obrigado pela parte que me toca. - disse irônico.

- Falei para sua mãe não te mimar tanto, olha só no que deu agora, não tem nem respeito com seu próprio pai. - disse meio nervoso.

- Quer respeito? Dê respeito.

- Enfim Bailey, não vou entrar em discussão com você agora, voltando ao que estávamos dizendo. Eu não confio minha empresa à você, porquê você é um irresponsável e mimado.

Eyes Blue - ShivleyOnde histórias criam vida. Descubra agora