Quando seus pés bateram no chão Sam soltou sua respiração por seus lábios meio abertos e suas axilas e região lombar ficaram molhadas de suor. Fazia uma semana que ela estava ali e tanto pela falta do que fazer tanto por se sentir bem resolveu voltar à rotina de malhação. Sam adquiriu gosto pela malhação de modo tardio, mas era bom para extravasar sua raiva, era fácil ficar relaxada seja correndo numa esteira ou pedalando. A sensação de usar o seu corpo era boa. Seus pulmões gritaram com ela, seus músculos chegaram ao seu limite e mesmo assim ela fez uma promessa em silêncio para si mesma: mais uma hora.
Enquanto se exercitava começou a pensar em Freddie, como tem feito com frequência.
Seu cérebro lembrou-se e catalogou um milhão de fatos a seu respeito. O calor de quando ele envolvia seu corpo em volta do seu durante a noite, a batida forte de seu coração em suas costas enquanto ele adormecia sua curiosidade enquanto ele a observa andar pela casa como se gostasse de vê-la em seu espaço. Tinha algo nisso também. Ela se sentia livre da preocupação constante com Melanie. Claro que ainda pensava muito nela, em seu tratamento, e rezava para que ela ficasse bem, mas uma parte sua gostava de não ter que enfrentar isso todos os dias.
Apesar de seu silêncio e um pouco de indiferença em relação a ela, havia várias pequenas coisas sobre Freddie das quais ela estava começando a gostar. Sua voz grossa e forte ao acordar, a maneira como ele deixava uma xícara e um pires separados para o seu café da manhã antes de ir para o trabalho, o pequeno movimento de sua boca quando ele raramente lhe dava um pequeno sorriso. Ele não era um homem super ansioso e desastrado. Ele era decidido, prevenido e forte. E, para ela, isso era incrivelmente sensual. Ao se lembrar da sensação suave de sua boca na sua nas poucas vezes em que ele a beijou, e na maneira confiante como ele a tocou fez todos os músculos abaixo de seu umbigo ficarem rígidos e ela tentou manter controle.
Embora ela saiba que não deve deixar sua mente viajar até lá, ele não era como nenhum dos rapazes que ela tinha se envolvido na adolescência, deliquentes, com mãos desastradas e confiança abalada. Ele era confiante e seguro ao tocá-la. Magnético, carismático e charmoso. Uma combinação irresistível, da qual ela não conseguiria se defender, se algum dia fosse necessário.
Mesmo sem entender esse homem, ou as razões que o fizeram levá-la até ali, ela gostava da ternura inesperada que ele dedicava a ela. Sua situação poderia ser muito pior e ela era grata a ele e ao dinheiro responsável por oferecer à sua irmã uma chance de lutar pela vida.
Um pequeno sorriso formou-se em seus lábios quando percebeu que malhou mais do que planejou. Com os pensamentos em Freddie para lhe distrair, o resto de seu treino foi bastante suave.
Sam terminou seus exercicios seu rabo-de-cavalo que já estava meio solto acabou caindo e pegou, sentando-se no primeiro degrau da escada, mas enquanto estava lá sentada tentando recuperar seu fôlego sentiu-se observada.
— Oi, Sammy. — A voz suave de Freddie roçou sua pele corada e ela olhou para ele. Ele estava encostado no batente da porta com um pé cruzado. Sua camisa estava desabotoada na altura do colarinho e ele parecia feliz e relaxado.
— A malhação foi boa? — Perguntou ele com as covinhas à mostra.
— Ahã. — Sam respondeu balançando a cabeça, ainda sem fôlego.
Ele entrou na sala, aproximou-se dela e franziu a testa ao ver os tênis de treino que ela tirou dos pés. Sam havia pedido para Pam lhe enviar algumas coisas de casa que ela precisaria. Basicamente esse tênis e seu iPod, para que ela pudesse malhar. Ele chutou um dos pares, virando-o, franzindo os lábios carnudos.
Ele chutou o outro par do tênis.
— É isso que você usa para malhar?
Ele olhou para ela para ver sua reação e balançou a cabeça de novo.
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Upside Down -Seddie
Storie d'amoreSam nunca achou que passaria por isso. Sua vida virando de cabeça para baixo. Mas por sua irmã ela faria qualquer coisa. Quem diria que um contrato mudaria sua vida? ... Freddie nunca teve sorte no amor. Seu ultimo relacionamento foi um fracasso, ma...