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Droga! Eu iria me atrasar e eu odeio atrasos

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Droga! Eu iria me atrasar e eu odeio atrasos.

Eu sabia que não devia ter aceitado e prometido a Annie que passaria na Instituição para tomar café da manhã com ela, mas como dizer não quando se tem dois olhos azuis brilhantes implorando?

Quando cheguei, Annie já estava no grande salão onde são servidas as refeições. Assim que seu olhar azul encontrou o meu, eu sorri imediatamente e meu coração se encheu. Ela estava linda em um vestido rodado azul que combinava perfeitamente com seus olhos.

Ela correu em minha direção e a abracei apertado.

— Henri! Você veio! — Sorriu radiante.

— Eu prometi que viria, não prometi?

— Sim, vamos, está quase tudo pronto, vou chamar todo mundo. — Ela entrelaçou nossas mãos e me puxou para o centro do salão.

Cumprimentei a todos que já estavam por lá, enquanto Annie chamava os outros. Encostei-me no balcão perto da grande janela que dava para o jardim, observando os funcionários trabalhando e logo fui preenchido pelo sentimento de felicidade e dever quase cumprido.

Minha mãe fundou esta Instituição pouco antes do câncer tirá-la de mim. Desde que o descobriu, mamãe sempre o encarou como um desafio que ela poderia vencer, foram alguns anos de luta, eu a vi enfraquecer a cada dia, eu a vi lutar ainda mais mesmo assim, eu a vi sorrir para cada paciente com câncer no hospital e dizer que tudo ficaria bem, eu a vi dar a luz, tudo que restava de si e principalmente muito amor à essa Instituição.

Mamãe dedicou seus últimos meses a esse lar que acolhia pacientes com qualquer tipo de câncer, principalmente aqueles que mais necessitavam, aqueles que não tinham como pagar seus tratamentos, aqueles que moravam longe e não podiam se deslocar para o hospital.

A Instituição acolhia, ajudava e lutava junto com cada um que fazia parte da nossa grande família.

A última fala da minha mãe antes de partir foi: "Cuide deles por mim, filho. Eu sei que você irá fazer isso muito bem, tens um coração de ouro maior que todo o universo. Eu deixo em suas mãos, estarei em paz com isso. Eu amo você. Sempre!"

Desde então me dediquei a isso, a Cancer Hayes Institution era uma parte de mim.

Annie... bem, Annie tinha apenas 4 anos quando chegou aqui, ela veio de um orfanato do sul do estado diretamente para cá, atualmente tem 7 anos, ela está conosco a três e nesses anos eu vi o quanto essa garotinha levou rasteiras da vida e o quanto se levantou ainda mais forte de todas elas. Annie tem um tipo de câncer raro no sangue, o tratamento é bem agressivo e mesmo com tudo isso ela está sempre com um sorriso no rosto, ela foi e ainda é meu suporte desde quando mamãe morreu.

Pelo menos três vezes na semana eu tomava café da manhã ou jantava com ela, era o nosso trato.

Meu tempo acabou ficando corrido demais, pois além da Instituição, a empresa da família também tinha ficado para mim. Em três anos eu não tinha vida, em três anos eu trabalhei sem parar e cuidei da Instituição, raramente dormia, raramente comia, pensei que não conseguiria tomar conta de tudo, mas agora, finalmente, eu posso respirar fundo, dei uma boa alavancada na empresa no último ano, contratei uma grande e confiável equipe que cuida de uma boa parte de tudo e na última reunião com investidores, resolvemos expandir nossa empresa.

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