VII

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Tive um desentendimento com meu pai depois que ele me magoou e mais tarde ainda fez pouco-caso

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Tive um desentendimento com meu pai depois que ele me magoou e mais tarde ainda fez pouco-caso. Disse a ele que não iria ao seu casamento, que aconteceria em breve. No dia da cerimônia, mandei uma mensagem de boa-sorte, que ele respondeu, e eu ignorei. Depois disso não nos falamos mais, sobretudo porque éramos igualmente teimosos. Seis meses mais tarde eu estava ao lado de sua cama enquanto ele morria de uma hemorragia cerebral. Não me arrependo de não ter ido ao casamento. O que lamento tremendamente é não ter tido mais contato com ele depois, e vou morrer com esse arrependimento.
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Isso foi depois de eu ter tomado um vidro de comprimidos e mandado uma mensagem dizendo que não era culpa dele, para ele não pensar  isso caso as coisas acabassem do jeito que eu havia planejado naquela noite.
Namoramos por três anos. Ele foi meu primeiro amor, meu primeiro tudo. Sinto saudade de quem ele costumava ser. Amável.
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Depois disso parei de tentar, mas continuo sentindo a falta dele todos os dias.
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Enviamos essas mensagens exatamente ao mesmo tempo. Eu, a de cima, e ele, a de baixo. Nenhum de nós falou mais nada.
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Essa foi a última conversa que tive com a minha mãe antes de ela morrer por complicações de um acidente que havia sofrido algumas semanas antes. Ela só tinha visto minha namorada duas vezes antes de morrer, mas sabia que éramos feitos um para o outro. Minha mãe morreu em janeiro de 2011; fiz o pedido de casamento em dezembro daquele ano. Casamos e tivemos uma filha. Não há um dia que eu não deseje que minha mãe estivesse aqui para conhecer a neta. Minha mãe sabia. Ela simplesmente sabia.

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