Por Acaso, Juntos

Capítulo 17- Som Das Memórias

Oi gente! Tudo bem com vocês? Eu pensei em fazer vocês chorarem mais um pouco kkk. Não me cancelem pvfr <3
De novo: o cap pode conter gatilho então fica pela conta de vocês.

A MESMA FIC NO SPIRIT É MINHA ENT POR FAVOR SEM DENUNCIA PORQUE OS DIREITOS AUTORAIS NÃO FORAM VIOLADOS.

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pov Draco

Tudo estava branco... E vazio. Eu gritava por Harry mas parece que não saía nenhum som. Estava assustado e com frio. Eu então decidi andar pelo vazio para ver se eu encontrava algo. E eu avistei uma porta. Uma porta grande larga e vermelha muito vermelha. Como não tinha nada para pensar ou fazer, decidi entrar. Sentia algo me puxando para a porta. Não sei explicar... Quando passei eu vi que era mais um espaço branco. Mas dessa vez a Murta estava lá. A mesma voz aguda, calma e reconfortante de sempre. Parecia que ela estava esperando por mim. Observo murta se aproximar de mim e me abraçar dizendo:

- Seja bem vindo Draco. Você prefere ir ou ficar com os que ama?

- Ma-ma-mas como assim Murta? Eu morri? - Perdi as palavras quando vi o jeito que ela me olhava. Do jeito que eu nunca havia visto ela olhar para alguém. Ele me mirava de cima a baixo e balançava a cabeça em um sinal afirmativo com os olhos marejando. A ficha ainda não tinha caído que eu morri. Espere... Se eu morri, quem vai proteger Harry? Eu não posso deixar ele. Falando assim parece que ele é uma criança. Eu o amo. E se Murta continua semi-viva, eu também poderia continuar olhando por ele. Sempre estava cheio de alegria. Mas o jeito que ele me olhou enquanto eu entrei em seu sonho... Me partiu o coração. Acho que eu nunca vi ele parecer tão mal. O jeito que ele bagunçava os meus cabelos loiros sem parar de olhar para meus olhos. Quando me beijava, ele punha as duas mãos em minha nuca atrás da cabeça e deixava os cotovelos soltos. Quando dormia, tinha uma mania irritante de por o queixo para cima deixando a mostra o seu maxilar maravilhoso com os lábios entreabertos. E assim que a cabeça de meu menino voltava a ficar no lugar, ele se recostava ou em mim, ou na parede e sorria inconciente. Quando ele estava chateado porque eu ganhei dele em algum jogo, ele costumava olhar para baixo, para cima e revirou os olhos verdes. Era oficial. Eu estava apaixonadinho em Potter. Já passou um tempo desde comecei a lembrar dele e eu decidi parar de babar e prestar atenção no que Murta estava falando.

- Eu quero ficar Murta.- Disse decidido olhando para ela. Iria proteger Harry mesmo sendo um fantasma. Um fantasma de Hogwarts.

- Ei... Você tem certeza? É um caminho sem volta e você não vai poder passar por isso novamente.

- É tão assustador assim?

- No começo é um pouco. Mas eu vejo que você tomou a sua decisão Draco. Vamos.

Ela pegou na minha mão e me guiou pelo vazio. Vejo Murta sorrir tímida para mim e me levar pra mais uma porta. Dessa vez era maior que a vermelha e marrom. Parecia com as portas das salas. Porém bem maior e mais limpa. Quanto mais pra perto íamos, mais apavotrado eu ficava. Até que a única coisa que eu conseguia lembrar era o brilho nos olhos cor-de-esmeralda de meu moreno.

- Chegamos- Ela me diz com um sorrisinho de canto e um olhar vazio. Eu já sabia o que aquilo significava. Ela abriu a grande porta bem devagar. Do mesmo jeito que alguém fazia quando entrava no banheiro dela. E eu me deixei render. Não enxergava nada. Mas eu conseguia sentir Harry ali. O cheiro de nossas memórias e do perfume dele. Cheirava a mel, caramelo, polimento para vassoura e hortelã.. - Draco Malfoy, Você confia em mim?- Ela me pergunta falando baixinho com a voz arrastando.

- Confio Murta.

E então eu senti um leve empurrão em meu ombro e outro em minhas costas. Instantaneamente fiquei todo arrepiado. Meus sentidos apuraram e eu não sentia mais os meus batimentos. Tudo mudou. Mas de alguma forma tudo continuava igual. Não fiz nada. Apenas me deixei levar. Não sentia mais o rubor em minhas bochechas. E nem o toque de minhas mãos em meu corpo. Quando minha visão se ajusta e eu percebo que não tenho mais pés, vejo que me juntei a uma nova família. A legião de fantasmas de Hogwarts. Eu estava como Murta. Meio transparente e sem cor. Escuto um rugido d'água e me deixo levar pelo som das águas do lago negro. Eu estava nas masmorras. No mesmo lugar onde eu havia beijado Harry em sonho. A sensação foi a mesma como se tudo fosse real. Mas aí o tempo dele acabou e eu escapei por seus dedos. O mesmo lugar que eu deixei o amor da minha vida totalmente rendido. Completamente arrepiado e imóvel. Me lembro direitinho de cada segundo daquele momento. A visão dele voltava aos poucos a medida que os seus lindos olhos se acostumavam com a falta de luz. E eu, que via perfeitamente admirava Harry ali. Tão perto de mim. Quando eu percebi que o moreno já conseguia enxergar um pouco, eu o puxei para um beijo. Minhas mãos estavam em seu ombro e maxilar, apesar de ter vontade de ir além. Eu me lembro que Harry deixou que eu ditasse o ritmo que iríamos. E eu decidi que iríamos depressa. Porque o tempo dele ali era curto. Nenhuma parte de mim não queria que acabasse. Aquele beijo foi algo que eu nunca tinha experimentado antes. Nunca senti tanto calor na minha vida. Estava totalmente concentrado em prestar atenção em cada detalhe daquele grifnório perfeito. Eu comandava tudo e ainda sim soltei uma risadinha quando eu fiz algo que sempre quis fazer. E parecia que era a hora certa. Eu vi que Harry se contorceu de susto quando eu apertei a sua bunda o puxando mais para perto de mim. Harry sorriu de leve e eu gostei. Eu amo quando ele sorri. O cheiro doce de Harry pairava no ar. E o beijo era tão doce quanto aquele cheiro. Me lembrava canela e chocolate. Eu deixei Harry muito rendido e arrepiado. Me lembro de sentir um misto de sentimentos ao mesmo tempo. Todos juntos, mas ao mesmo tempo todos separados. Podia distinguir todos. Felicidade, Amor, Paixão, Euforia, Calor. Me sinto preso. Eu estava prensando o moreno contra a parede comandando tudo.

Eu me lembro da sensação perfeita que era poder sentir as delicadas e macias mãos de Harry Potter em contato comigo. Explorando cada pedacinho que ele sabia que podia explorar. E eu não fiquei para trás. Fiz o mesmo. O ambiente estava cada vez mais quente. E eu prendi as mãos de Harry acima da cabeça dele e parei com o beijo. Eu olhei Harry nos olhos, e disse:

- Eu te amo sabia?- Nisso eu, colei nossas testas o que era o meu jeitinho de demonstrar afeição máxima. E eu nunca havia feito isso.

Sentamos no chão e conversamos sobre o tudo e o nada ao mesmo tempo. Era como se aquele beijo nunca tivesse acontecido. E eu tentava ao máximo voltar a atenção sempre dizendo que eu o amava mas ele parecia não entender o motivo.

Voltei a realidade com Murta me chamando.

- Draco? Você está bem?

- Estou sim Murta. É só coisa demais pra assimilar.

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Foi isso gente. Mais pra vcs verem que o Draco não vai sumir assim.