Boku No Hero Academia - Uma nova história

Prática

Com as duas primeiras batalhas, os alunos sabiam que havia várias coisas a se considerar na hora de ser avaliado. Os heróis precisavam encontrar a arma e derrotar os vilões dentro do tempo determinado. Já os vilões precisavam esconder a arma e um bom candidato para defendê-la — se os dois não ficarem para o mesmo — e, se houver conflito, ficar atento a tal fita de captura que pode acabar com a luta em segundos. E os dois times precisavam ter cuidado com os danos no prédio e com a arma. 

Era o segundo dia e já dava para ver que treinamento de heróis não é algo fácil, principalmente o melhor deles. Quem achou que seria simples não estava pensando direito. 

Apesar disso, eles poderiam estar mais ansiosos.

— Você acha que vai ser muito difícil? — Hope virou para sua dupla, segurando a planta do prédio e batendo o pé repetidamente.

Ela e Megan estavam já na frente do edifício da sua batalha, esperando pela permissão para entrarem.

— Depende — Megan respondeu, olhando para cima. — Pode ser uma luta do nível da primeira, que foi um completo caos, ou da segunda, que dois minutos e acabou. 

— Com a gente ganhando ou eles?

Hope com certeza estava nervosa com o treinamento, e duvidava que colaboraria muito para ganharem. Caso o outro time for muito forte, ou por um acaso estivesse um centímetro a frente delas, estariam ferradas. Se depender dela, perderam.

— A individualidade da Akira é Medo, com certeza nos afetará o suficiente para que ela arranje algum jeito de nos capturar no tempo que estivermos sob os efeitos dela — Megan refletiu, sem ter como responder à pergunta de Hope, e analisou um pouco a cópia da planta do prédio na sua mão — A do Sirius eu não tenho ideia.

As duas pensaram por alguns segundos, deixando cair o silêncio. 

— Luz Estelar — Hope lembrou de repente. — Eu ouvi eles conversando no vestiário, mas só prestei atenção agora.

Megan a encarou.

— Uau, level dois da fofoca — ela debochou, e voltou a olhar para frente. — E como Luz Estelar funciona?

— É tipo chama verde, só que mais forte — repetiu, lembrando a conversa que superficialmente ouvira enquanto se trocavam. Se não fosse relevante, ela nem teria reparado. — Só isso que eu sei.

— Ok, acho que é o suficiente. Ele provavelmente usa ataques de longa distância, mas eu posso estar errada — Megan avisou, guardando a planta do prédio em um bolso no short do traje. — Se eu conseguir tocar no Sirius, posso enganar a Akira e chegar perto o suficiente da arma para recuperá-la, mas a gente precisaria separar os dois primeiro. Não tem como saber o que eles vão fazer. 

— A minha individualidade é tinta, tem 12 cores, cada uma com um efeito. As que eu acho que dá para usar é a rosa, azul, branco e amarelo, vermelho, verde, roxo e cinza. Como cada uma é uma personalidade diferente, eu preciso mudar antes. Esse intervalo da aproximadamente um minuto, então pode ser um problema — Hope explicou, esperando que a amiga pudesse criar uma boa estratégia com aquelas informações.

— O que essas cores fazem? 

— A rosa faz um buraco no chão, que serve como areia movediça, e quando chega a altura da cintura vira concreto. A azul forma linhas quase inquebráveis ao meu controle. O branco é como um raio, que apaga a pessoa por uns dez minutos, funciona melhor com o amarelo, que é tipo um arco e flecha, e pode causar dano. O vermelho vira matéria grudenta. O verde é pra defesa, forma um escudo quase inquebrável. A roxa faz formas compactas de tinta. E o cinza é como grafite, tudo o que eu desenhar com aquela vem pra realidade.