Casamento arranjado.

O Plano.

_Temari?

_Sim? _  Acordou de suas lembranças com o garoto olhando-a preocupado.

_Você parece triste. Quer voltar?

_ Ah, não, vamos ficar mais um pouco, ainda está longe do pôr do sol.

_Se você preferir.

As horas passaram rápido demais para perceberem, passaram o dia inteiro conversando como se fossem amigos de infância. 

Temari tinha mais facilidade de conversar com ele do que com os próprios irmãos, Gaara sempre foi muito reservado e quieto por ter medo de ferir alguém e Kankuro é irritante e insiste na mesma ideia que o Kazekage: Temari é uma princesa delicada e frágil dona de toda a delicadeza e graça do mundo, as duas únicas pessoas que nunca a trataram como tal foram Sasori e Shikamaru, por mais estranho que possa parecer o garoto grosso, teimoso, reclamão e preguiçoso de Konoha ficou marcado com perfeição na mente de Temari.

_TEMARI! _ Num pulo Sasori quebrou o silêncio melancólico. 

Temari tomou um susto e em seguida o observou procurando alguma explicação.

_Você quer voltar para Konoha e meu maior sonho é viajar o mundo, certo?

_Sim.

_Entre Suna e Konoha tem uma grande diferença certo?

_Sim.

_Se você quer is para Konoha e eu quero viajar o munso e conhecer pessoas, culturas e lugares diferentes...

_Não, não, não, eu sei onde você quer chegar e é loucura, eu não vou fugir dos meus deveres como uma covarde que não se importa com nada nem ninguém.

_Temari, pense bem, em 19 dias nós vamos estar presos a uma vida que nenhum de nós quer destinados a viver em função dos desejos de nossos pais. Não é covardia, é seguir nossos sonhos e nossas próprias vontades.

Temari tomou uns segundos para refletir. Caso decidisse ficar cada segundo da sua vida estaria destinado à vila e sua família, por outro lado, se fugisse com Sasori para seguirem seus sonhos estaria livre, viveria como uma kunoichi, não como uma princesa, seria independente, veria as pessoas de Konoha, veria Shikamaru mais uma vez, claro que seria muita ingenuidade de sua parte pensar que ele se lembra dela após dois anos, ele não tinha uma vida regrada e entediante como a dela.

_Vamos. Amanhã, meia-noite, aqui nós partiremos. Não vou viver em função de mais ninguém.

_Assim que se fala! Vamos voltar e nos preparar.

 O ruivo deu um sorriso tão puro e cheio de felicidade que a lembrou de quando Gaara ainda era o mais próximo de feliz que já foi, quando não tinha noção do que era capaz de fazer, antes de verem a cena horrível que jamais sairá de suas mentes: Rasa estava furioso, seu rosto vermelho e a voz alta, Karura encolhida no canto do quarto com as mãos na frente do rosto. Rasa segurou os braços da esposa para longe do rosto e desferiu um tapa na bochecha da mulher, saiu do quarto sem notar que Temari e Gaara estavam ali, os irmãos entraram no quarto e abraçaram a mãe que chorava incessantemente.

Chegando em casa Temari foi direto para seu quarto, não fez nada fora do normal, pegou um livro sentou-se em sua varanda e leu até uma das empregadas chamar para o jantar. Desceu as escadas e se sentou.

_Então, Temari, como foi o encontro com Sasori? _ Perguntou Rasa.

_Foi bom, ele não é tão ruim assim.

_Bom, sabia que gostaria dele, é um bom rapaz.

O jantar seguiu com conversas sobre política entre Kankuro e Rasa que insistiam em deixar Temari de fora da conversa apenas por ser mulher, que odiava isso, ela leu todos os livros sobre política e negócios da biblioteca da mansão, pesquisou na biblioteca, fez de tudo para ser aceita nesse mundo que sempre quis pertencer, o mundo dos negócios parecia tão ideal para ela, mas tudo que podia fazer era observar de fora como sua mãe e Gaara, que por escolha própria não participava das conversas.