É como dizem, quem tá vivo sempre aparece. Acho que nesse ponto os grandes atrasos já são rotina então vou pular essa parte.
Muito Obrigada para todas as pessoas que adicionaram à lista de leitura, comentaram e votaram isso me motiva muito a escrever cada vez mais. Sem mais delongas boa leitura e aproveitem o capítulo.
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Na manhã que se seguiu Sasori acordou achando que ainda sonhava, com o rosto de Ameno virado para o seu ele sentia como se estivesse completo, era isso, isso que ele queria quando pensava em viajar o mundo, era isso que- um estrondo alto vindo da cozinha interrompeu seus pensamentos.
As garotas acordaram e levantaram-se rapidamente, seguidas por Sasori.
Temari foi na frente, chegando no corredor pode ver Harumi caída no chão desacordada, e voltou para o quarto discretamente, na sua pequena mochila trazia dois leques de metal e assim que os pegou os outros dois entenderam o que acontecia. Ameno pegou uma kunai e algumas shurikens enquanto Sasori procurava algo pelo quarto que pudesse usar. Temari e Ameno correram para a cozinha deixando o garoto para trás.
Ao lado do corpo da senhora haviam dois jounins com as bandanas de Suna, assim que o mais alto avistou as duas jovens ele avançou para cima de Ameno com uma katana em cada mão, e partiu para o ataque. Ameno bloqueava uma das katanas com a kunai enquanto a outra mão estava coberta de um chakra quase líquido para bloquear a segunda katana e desviava agilmente pela estreita cozinha subindo nas bancadas e mesa. Enquanto isso o mais baixo dirigiu-se à Temari com um kusarigama (arma ninja que consiste em uma foice com uma corrente e um peso de metal na ponta) em mãos, assim que ele começou a girar a arma o mais alto gritou:
_Lembre-se que temos de levar a princesa ainda viva!
Temari já havia imaginado que eles não poderiam a machucar mas ainda sim, é uma grande vantagem ter confirmação. Ameno estava com a mão de chakra lesionada e teria que apelar para outra estratégia, a ninja médica tomou distância do inimigo e rapidamente largou a kunai e formou duas longas pinças de água com seu chakra, mirando em pontos estratégicos para causar dormência no corpo do ninja que bloqueava com as katanas. Temari bloqueava a foice com um dos leques e com o outro atacava formando finos filetes de vento, às vezes chegando a fazer cortes com o próprio leque. Ameno chegava perto de seu limite pelo uso extremo de chakra e tinha de acabar logo com confronto ou não aguentaria mais, notou então que uma das katanas de seu oponente estava mais gasta, quase sem corte, com algumas rachaduras e claramente prestes a quebrar, ignorando a outra espada ela avançou determinada a quebrar a mais frágil, num raio a katana fragilizada havia quebrado e a outra estava no braço de Ameno, Temari velozmente fechou o leque e deu um golpe forte no pescoço do adversário fazendo o mesmo cair inconsciente e foi ajudar a amiga que estava no chão sangrando pelo profundo corte no braço e num último segundo posicionou-se entre a katana e ameno com os leques fechados formando um X, bloqueando o que poderia ser o golpe final naquele combate.
_Parece que o velhote não larga o osso! _ Debochou Temari.
_Perdoe-me princesa, mas ordens são ordens.
A loira preparava o contra-ataque quando o outro ninja que estava despertou e se arrastou o suficiente para agarrar a perna de Temari e tentar desestabilizar a mesma. Temari perdeu o equilíbrio e Ameno fez um último esforço para proteger a amiga, afastando o ninja que se arrastava com seus "braços" de chakra, desmaiando em seguida.
Temari se via encurralada, estava prestes a ceder quando uma faca de cozinha foi atirada em direção ao braço do ninja com a katana, recobrando os sentidos a loira notou uma fina linha azul indo até as pontas dos dedos de Sasori que estava posicionado no final do corredor, em sua frente flutuavam também três agulhas de costura e dois pedaços de tesoura que foram desmontados para formar adagas.
Temari sabia que o garoto não era um inútil em batalha mas não esperava que a mesma habilidade de Kankuro fosse presente em Sasori, mas viera em boa hora. Sasori não parecia perceber a gravidade da situação até que notou Ameno caída atrás de Temari, medo era visto atrás de seus olhos, e assim que os olhares dos "noivos" se cruzaram deu-se inicio à uma dança mortal em volta do ninja da katana, de um lado Temari que retomou a postura e agora com leques abertos formava os filetes de vento cortantes e Sasori fazia uma nuvem de agulhas revestidas em chakra que passavam arranhando as costas do oponente que rapidamente caiu no chão bloqueando a porta de entrada. Adrenalina ainda correndo nas veias de ambos que se encaravam ofegantes, ainda tentando processar o ocorrido.Temari correu até o corpo de Ameno e checou o pulso com medo de não voltar a ouvir a voz da amiga que tinha a acompanhado por tantas coisas, e uma lágrima escorreu por seu rosto. Sasori que estava de pé ao seu lado perguntou:
_Ela... está viva?_ Perguntou temendo da resposta.
Segundos de silêncio se fizeram, os quais pareciam horas.
_Ela está viva, só está exausta _ Lágrimas de alívio escorriam dos olhos de Temari e Sasori soltou a respiração que nem notou ter segurado.
Sasori olhou para o lado e lembrou-se da senhora Harumi, a simpática idosa que mesmo sabendo que eles estavam mentindo para ela e fugindo de algo os acolheu, essa idosa que tinha uma neta que estava fora de casa e chegaria esperando o abraço confortável da avó, e o que ela veria? Sasori começou a chorar olhando para o corpo agora sem vida da senhora que o lembrava de sua própria avó que apoiou sua fuga e até ajudara o neto a escapar.
_Sasori eu vou levar Ameno para o quarto para ela descansar e de- _ Temari começou, mas foi cortada._Temari, o que nós fazemos com a senhora Harumi?
_Eu imagino que devemos fazer um enterro e deixar algum tipo de bilhete para a neta não é?_Eu queria poder esperar pela neta, seria muito insensível só... deixá-la aqui para sofrer sem saber o que houve, ela merece saber e eu preciso me desculpar, de certa forma a culpa foi nossa.
Uma ideia surgiu na mente de Temari._Sasori, eu tive uma ideia.
_Qual?
_Você pode ficar para esperar pela neta da Harumi e ficar aqui com Ameno, que precisa descansar, enquanto eu faço o resto da viagem sozinha.
_De jeito nenhum, e se você for atacada de novo?
_Pela distância das vilas eles só vão mandar outro grupo dentro de dois dias sem notícias e até eles chegarem aqui já se passaram mais dois, então no mínimo só em três ou quatro dias teremos mais problemas, que eu acho ser tempo suficiente para eu chegar em Konoha e Ameno estar recuperada.
_Como você consegue pensar em tantas coisas rápido assim?_ Temari deu de ombros e Sasori pensou por um tempo._ Está bem, eu cuido de Ameno e se em três dias a neta de Harumi não estiver de volta nós partimos em direção à Konoha para encontrar você.
_Certo. Até o terceiro dia eu vou esperar vocês ao pôr do sol nos portões de Konoha. Agora temos que arrumar tudo.
Ameno foi deixada repousando na cama enquanto Temari e Sasori tentavam arrumar e limpar tudo o máximo possível, ao terminarem o sol já estava a pino e eram cerca de duas da tarde. Sasori e Temari procuraram pás para cavar a sepultura de Harumi e começaram a trabalhar.
Ao pôr do sol eles estavam enterrando a senhora e prestando suas homenagens, mais nenhuma lágrima caiu mas o ar ainda era pesado. Ao final do enterro foram colocadas flores encontradas num vaso com água em cima do túmulo e foi feita uma lápide improvisada com uma pedra e letras esculpidas com kunai.
Mesmo que estando escuro Temari despediu-se de Sasori e de Ameno, mesmo que a amiga ainda desacordada, e partiu seguindo a estrada de terra que estendia-se até os portões de Konoha indicando que a jornada já estava próxima do fim. Não havia tempo a perder.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Minha primeira cena de ação que eu já escrevi, por favor me digam o que acharam, qualquer opinião será ouvida e tentarei melhorar, obrigada por lerem <3

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Casamento arranjado.
Hayran KurguTemari é a princesa de sua vila e tem que cumprir com seus deveres e se casar com um desconhecido, sem problemas, se suas memórias de Konoha e de um certo moreno não a invadissem tão frequentemente.