o paraíso

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Harry estava nervoso, suas mãos suavam enquanto sentava na cadeira de sua casa em Londres. Levantou, caminhando em círculos, só para se sentar de novo, será que estava pronto para isso? Se tratava de algo tão sensível, tinha medo de estraga tudo. Foi até o grande espelho que tinha ao lado da porta principal.

-Calma Harry – disse passando as mãos pelo cabelo – vai dar tudo certo.

O homem escutou o tilintar das chaves, o que significava que eles tinham chegado, respirou fundo mais uma vez, se preparando. Foi quando a porta abriu, Louis passava por ela, plantando um beijo nos lábios de Harry, normalmente aquilo já prendia a atenção total do mais novo, porém, agora, Harry nem fechava os olhos, espiando o menino que se agarrava na barra das calças de Louis.

-Fica tranquilo – sussurou Louis, agachando, segurando a pequena mão de Freddie – Freddie, esse é o Harry, não precisa ficar com vergonha, vocês já se conhecem – disse pegando o filho no colo- você só era muito pequeno quando se viram pela primeira vez, por isso não lembra – explicou Louis com paciência, Harry amava vê-lo dessa maneia.

-Muito prazer – disse Harry sorrindo para a criança que retribuiu a risada, estendendo a mão, Freddie a apertou, Louis riu.

O mais velho pôs a criança no chão, se ajoelhando novamente, Harry o imitou, vendo que Louis também estava nervoso, segurou sua mão.

-Então Freddie – começou Louis – Harry é da antiga banda do papai, você lembra né, daqueles cds que você gosta de escutar? – a criança acenou com a cabeça – o papai ama o tio Harry dês que nos conhecemos, mas por causa de algumas pessoas ruins, não podíamos ficar juntos – Freddie prestava atenção em cada palavra que Louis dizia, e Harry se segurava para não chorar – mas agora, tudo isso passou, o papai ama muito você e a mamãe também, e daqui algum tempo, Harry vai te amar exatamente da mesma maneira, ok? – Freddie acenou novamente – tudo bem, você pode ir agora, quer brincar lá fora? – perguntou levantando, conduzindo o braçinho novamente para a porta.

Freddie não respondeu, Harry sentia que seu coração poderia sair pela boca, não sabia se as coisas tinham ido bem ou não. Foi quando Freddie soltou a mão e Louis e caminhou até Harry. O pequeno o encarrou, chegando perto, e abraçando a perna de Harry por alguns segundos. Louis fechou os olhos aliviado. A criança se desvencilhou de Harry, voltando para perto de Louis, o puxando para a rua, cobrando a brincadeira que seu pai tinha prometido.

Harry e Louis se olharam, aliviados.

- Não chora, não queremos associar choro com isso, lembra o que a Dra. Sam nos disse – disse Harry, sussurrando.

-Eu não ligo – disse Louis – tudo está no seu devido lugar, finalmente.

-Antes tarde do que nunca – Harry disse, abrindo a porta e caminhando até o pátio, sabendo que finalmente, tinha chegado no seu paraíso.

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